domingo, 28 de dezembro de 2014

2015 vem aí! No pós-Unimed, um novo tempo.

Sem a Unimed, o Fluminense fecha seu 2014 cheio de desafios para seu presente e futuro: hora do tricolor.


Oi, pessoal.


Chega um momento que a página vira, a vida muda e as mudanças pedem atitude e ... mudanças. Quando chega esse momento é natural - e instintivo - sentirmos certo medo e insegurança. Esse momento chegou para o Fluminense.


Tratado como um clube que só cresceu e conquistou títulos graças ao patrocinador, a Unimed, chegou a hora que todos aqueles que, não simpatizam e até ironizam o Fluminense, aguardam, contam e apostam em seu declínio, como nos anos 90.


O momento não poderia ter sido pior - para a saída da Unimed. Mas quem acompanha o Fluminense, conhece sua história rica de superações e vitórias sobre grandes adversidades, sabe que é nossa tradição vencer os maiores problemas nos piores momentos.


Pelas ruas do Rio, tricolores assistem ao jogo juntos.


Independente de sabermos da inabilidade do atual presidente do clube, Peter Siemsen, na gestão do futebol, incluindo a péssima relação com o presidente da ex-patrocinadora, Celso Barros, sabemos também que economicamente nossas empresas sofrem com a recessão econômica, o que retira um pouco da conta do presidente do clube a saída da patrocinadora.



A Unimed não deverá quebrar, mas está quebrada. Como assim? Simples: a empresa pode se recuperar, mas hoje, não é mais um bom negócio pagar contratos de imagem para jogadores, ainda mais depois que a FIFA proibiu, esse ano, que empresas e empresários tenham participação nos direitos federativos e econômicos. A Unimed tem. Assim, para obter certo retorno com o que gastou, a empresa de saúde precisará vender esses atletas para recuperar o que der, nos próximos três anos.


Nesse caos, o Fluminense teve que agir rápido e correr atrás da possibilidade mais certa, a Viton44, que é uma empresa que busca uma crescente, dentro de um mercado (de bebidas) que consegue manter-se. Todo esse cenário faz com que os R$ 14 milhões de reais assinados horas depois do anúncio da Unimed, traga alívio. Com o Brasil vivendo forte recessão e a economia, altos cortes de gastos, ficou dificílimo substituir a Unimed por outra Unimed.


Considerada a mais bonita festa já feita por uma torcida: final da Libertadores, 2008.


Por tudo isso, ter um novo patrocinador foi maravilhoso, mas, para muitos, os valores não são ainda suficientes para que o Fluminense mantenha-se no nível de competitividade que alcançou, o nível "top". Como o único clube carioca que nos últimos anos entra nas competições apontado como um dos favoritos, já sem as rodinhas na bicicleta, chegará para 2015?


A resposta passa muito mais pela diretoria que temos do que pelo dinheiro da ex-patrocinadora. Ela é a causa da minha maior preocupação, medo e insegurança diante dessa mudança.


Pelas ruas, os tricolores espalham alegria e orgulho.




Sai diretor, entra diretor, é a mesma cara do "sem cara", o presidente Peter. Evasiva. Esquiva. Ainda permite que o tricolor seja torturado com as especulações de fim de temporada que, nesse ano, apostam num desmanche do time, através de notícias que, por exemplo, colocam o maior e mais genuíno ídolo dos últimos anos e um dos melhores jogadores em atividade no país, Dario Conca, no Corinthians...



Bem, cabe questionar: quando tivemos uma diretoria boa nos últimos 25 anos ? E mais: em qual clube se vê uma grande diretoria, atualmente ? São apenas umas piores, outras menos piores... Assim como nossos técnicos, nossos dirigentes são horrorosos. Ambos são dinossauros que não querem largar o osso...



Tricolores comemoram o Tetra!



No Flu, lembro de Fabio Egyto... Ele deixou o clube sem dívidas mas sem time. Cuidou como ninguém das piscinas e quadras de tênis, mas sua administração, que fez pouco caso do futebol, foi determinante para os terríveis anos noventa. A seu favor pesa o fato de que não tínhamos Unimed nem o torcedor podia ajudar o clube, como hoje pode.


No Fluminense de Peter Siensem, tudo parece girar, igualmente, em torno do pagamento de dívidas. Louvável. Mesmo com Unimed, Roberto Horcades multiplicou a dívida do clube. Agora Peter não tem mais Unimed, e diante de um orçamento reduzido, precisa ser nos dois próximos anos do seu mandato, o que não foi nos últimos quatro anos: bom gestor de futebol.


Muita confraternização nos últimos anos entre os tricolores.


Precisaremos de sorte. Porque vai ser difícil Peter acertar. Só que não podemos contar somente com ela. Precisamos de algo concreto, que ajude, que se antecipe, que segure a barra de fato.


Nesse sentido, aposto na Torcida do Fluminense. É ela a razão de ser desse clube. É ela a beleza estonteante que vem encantando a todos nos últimos anos com festas maravilhosas nos estádios. Ela tem agora, ao contrário dos anos 90, a faculdade de colaborar, ajudando a manter o clube no topo.


A solução está nas mãos, na voz, na paixão, no simples existir, mas também, por que não, nessa nova realidade, no bolso do tricolor. É tempo de mudar a mentalidade, tornar-se um torcedor associado, como acontece no maior centro do futebol no mundo, o europeu.


Torcida Tricolor invade as Laranjeiras.

E não vou ser imbecil de mencionar torcedores de países de primeiro mundo que é covardia por conta da renda per capita, mesmo que falemos de um Brasil que conta, por baixo, com mais do dobro da população.


Mas, por exemplo, citarei Portugal, que é um país familiar culturalmente e que possui mais ou menos o tamanho e a população do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, vive às voltas com crises econômicas.


Pois bem, o Benfica tem mais de duzentos mil sócios-torcedores! O Sporting, que passa por administrações terríveis, que foi engolido pelo Porto como segunda maior força do país, ganha um título, quando ganha, a cada dez anos somente... e sabe quantos sócios o Sporting tem? Mais de noventa mil ! 


Eu não posso crer que o Fluminense não consiga atingir os cem mil desejados!  Eu não acredito que ficaremos na marca de pouco mais de vinte mil sócios! Eu conheço esse torcedor. Eu sou dessa torcida. Eu acompanho esse clube há quase trinta anos.


Por isso, dirijo um singelo apelo, pela certeza que a solução, desta vez, também passa por nós. Eu, que já contribuo, peço, humildemente, o seu esforço, a sua colaboração para que, antes da queda, demos juntos o pulo do gato. 


O Horto Mágico fez da Torcida uma atração a parte nas transmissões televisivas.


Não é "jogar dinheiro fora" porque nossa realidade econômica nunca nos permitiu esse luxo. É apenas para manter a beleza e grandeza, a alegria, a cumplicidade, as tardes de domingo, as noites de quarta-feira, tão magníficas quanto inúmeras vezes foram nesses últimos anos. 


Para que, mesmo sem Unimed, mesmo sem uma diretoria que nos inspire confiança e cumpra seu dever de viabilizar nossa paixão, mesmo com esse ou sem aquele, possamos garantir a identidade de vida que o Fluminense nos representa, equipando nossa nova realidade para a certeza que repetiremos, JUNTOS, NOVAMENTE, aqueles dias e noites e manhãs inesquecíveis.


No Bar do Tricolor, explosão de alegria : Flu é Tetra-Campeão brasileiro.

  
Não é por R$ 29,90 reais, é pelo prazer e bom orgulho de ser Tricolor e viver todos esses momentos de alegria e glória ao lado dessa torcida linda.






Eu sei que não há na terra um torcedor do Fluminense que diga que todos aqueles momentos... as festas, a beleza, a alegria, os títulos, a nossa comunhão nas arquibancadas, nas ruas, nas redes sociais, no dia-dia de nossas vidas, não valham o esforço de R$ 29,90 por mês, agora que não temos mais a Unimed.


Por tudo isso, eu peço, humildademente, associe-se. Clique Aqui  

Se você já é sócio, peça, carinhosamente, um amigo tricolor que ainda não seja.

MAS VALE RESSALTAR, REGISTRAR, PARA NUNCA ESQUECERMOS: nenhum tricolor é obrigado a viabilizar o Fluminense. Isto é dever da diretoria do clube. Nós fazemos por carinho e apreço e, especialmente, porque está dando financeiramente.

Um tricolor que não puder ser sócio, não é menos tricolor que eu. Desconheço suas razões particulares para decidir não se associar e jamais o julgarei mal por isso, ainda mais porque conheço todo o seu valor por ser tricolor como eu.

Ajudamos o clube, sim. Unimed nos patrocinou porque somos tricolores. O Viton44 saiu do Botafogo, da FEERJ para nos patrocinar porque conhece a força, o valor e a importância da torcida tricolor. Os canais de TV falam de nós porque somos atração, somos milhares.

Nunca me permitirei o despeito, o desrespeito de considerar meu carinho e apreço pelo Flu maior do que de quem não se associou. Nunca. Porque não é um dever; é apenas um direito.

POR FIM, O QUE É MESMO IMPORTANTE... eu amo ver esse video, ouvir essa música, cantar com ela, ver tricolores reunidos fazendo festa, em comunhão. Lindo. Limpo. Belo. Por isso, haja o que houver, onde quer que eu vá, comigo vou levar as cores que herdei: verde, branco e grená.






Abraços,
com votos fraternos de um Feliz 2015,
Crys Bruno.


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

2015: o ano para a redenção do Peter.

Presidente do Fluminense, Peter Siensem, chega ao segundo mandato com mais erros que acertos.



Oi, pessoal.


Fim de mais uma temporada. Outra que se não foi melancólica como a de 2013, beirou o ridícilo. Entre vexames, como as goleadas sofridas em pleno Maracanã para times como América-RN (rebaixado para a Série C) e Chapecoense, e atuações e declarações vergonhosas dos principais jogadores do time, como Fred e Sóbis, 2014 só não repetiu o calvário do ano anterior porque passamos longe do Z4.



Para 2015, com os cortes necessários no orçamento por parte da Unimed, que ainda não assinou a renovação e rumores pipocando pelas rede sociais da vinda do Bradesco e da TIM (essa última, praticamente confirmada), o Fluminense vive um momento que definirá seus próximos anos. As decisões estão no colo do presidente.


Peter soma, nos seus quatro anos de gestão, altos e baixos e muitos "mais ou menos." Seu ponto alto é nas áreas jurídicas e financeiras (sua formação profissional), no entanto, seu ponto fraco vem sendo justamente a razão de ser do clube, o futebol. 


Com menos dinheiro, a margem de erro terá que ser bem pequena. O Fluminense entrará numa etapa que jogadores pagos pela Unimed serão poucos e decidirão sozinhos cada vez menos. É preciso montar um time. Isto que o clube não faz há muitos anos. E Peter nunca soube fazer. 


Com o melhor patrocínio do Brasil, o Fluminense conquistou apenas três títulos importantes em 13 anos de Série A, ainda assim, de forma sofrida, apertada. Tudo isso porque falha e, falha feio e constantemente na avaliação técnica de jogadores, desde os "formados" em Xerém (cada vez mais campo de empresários) aos que foram contratados. Os erros foram enormes, mas as piores consequências deles foram salvos pelos grandes jogadores da Unimed, como Conca e Fred, e o time manteve-se na crista da onda.



Presidente em campanha nas Laranjeiras: os próximos anos do clube passam por suas escolhas para 2015.



2015 esses erros grotescos não poderão se repetir. O clube terá como maior desafio montar um time. A margem de erro será pequena. Para que tudo dê certo, Peter terá que formar uma diretoria de futebol com gente que entenda de futebol, aquele jogo entre dois times com onze rapazes para cada lado, uma bola que deverá ultrapassar uma linha da baliza...


Não adiantará nomear "balconistas" ou "brokers": meu apelido para Rodrigos Caetanos, Felipes Ximenes... profissinais que intermediam a relação do clube com empresários. O Fluminense precisa inovar, precisa de pessoas inteligentes e que entendam a diferença de características, funções e espaço no campo do Cícero para o Wagner, do Biro-Biro para Sóbis. 


Por que não pensar num ex-jogador dessa última geração, como o Deco, antenado, atualizado e que entende de futebol para diretor? Para dar um exemplo. Por que não arriscar e criar uma comissão, um "staff" com ex-jogadores que tiveram o mínimo de talento e que têm laços com o Fluminense? Se Deco é um nome internacional e pouco difícil financeiramente, por que não o Roger (o meia e o lateral)? Gente nova, com identificação com o clube e experiência internacional.


Certo é, para mim, cada vez mais claro - não é à toa que quem manda nos principais clubes europeus são seus ex-jogadores e talentos - que o Fluminense é capaz de montar uma equipe para dirigir seu futebol de muita qualidade.


Trazer esses "brokers" que só têm pose será cair no mesmo erro. O futebol brasileiro e o Fluminense precisam resgatar os boleiros o mais rápido possível. Se Peter apostar nisso, ao invés do mais do mesmo dos últimos anos de sua gestão, poderá marcar a redenção de sua passagem pelo clube e, como muitos esperavam, escrever seu nome como um dos melhores presidentes, o que, até agora, não está acontecendo. Sua gestão tem sido no máximo razoável.


FALANDO NISSO...

Se for verdade o que Wagner declarou, é um absurdo a diretoria não falar com os jogadores. Pode não dar maiores explicações mas, ao menos, falar que não pode falar, não é? Gente estranha. Parece que tem medo de embates.


@@@
TOQUES RÁPIDOS:

Permanência de Cristóvão:

Técnico deverá renovar com o Flu para 2015.


Cristóvão fez coisas inacreditáveis durante os jogos, especialmente, nas suas substituições. Até ontem, contra o Cruzeiro, deixou o time sem zagueiro - deve ter sido para levar a virada cruzeirense, como ocorreu - e, novamente, tirou o Conca. Meu Deus, proíbe esse senhor de tirar o Conca! 

Bem, só que os nomes em pauta seriam do recente rebaixado Ney Franco - técnico que consta sempre na lista de Peter - e do retranqueiro do Enderson Moreira, uma espécie de genérico do Celso Roth. 

Assim, prefiro manter o Cristóvão por duas razões: 

- primeiro, ele foi o único treinador que passou no clube nesses últimos novecentos anos que fez esse time jogar um futebol ofensivo, técnico, atraente. Depois,com a volta do Fred, o time perdeu a infiltração dos meias e volantes e passou a "chuveirar"  na área e passou a ser um técnico comum e, portanto, ruim.

- segundo, ele montará o Fluminense já sabendo os jogadores que têm, o que o time precisa. Um tecnico novo, não saberia. Então, para contratar gente do mesmo nível, deixa ele lá, como ano passado poderia ter deixado o Dorival que salvou o Fluminense do rebaixamento também. É bom não esquecer.


FRED E SEU " DISSE QUE DISSE"...

Fred , artilheiro do Fluminense e do Brasileirão 2014.


Um jogador da inteligência do Fred não pode confundir meia dúzia de torcedores de organizadas com uma torcida que há quase seis anos o coloca num pedestal. 

Por isso, envenenado em sua "vaidadezinha",  porque chateado com protestos de uma escória de torcedores, que EXISTEM EM TODOS OS CLUBES DO BRASIL, ficou "chateadozinho" e disparou com néctar de ingratidão e tosco orgulho: "O Cruzeiro é minha casa, minha torcida" 

Sem problemas ele gostar do Cruzeiro. Também eu tenho simpatia pelo "mar azul de Minas", mas não foram palavras para enaltecer o Cruzeiro e,sim, ofender o torcedor do Fluminense. Há seis anos as Laranjeiras é seu lar, e a graaaande maiora da  torcida Tricolor te apoia e endeusa. Esse ano, piada nacional, foram os tricolores que o defendeu. 


A declaração, nos dias atuais, onde a imagem do clube na mídia precisa ser tratada sempre com carinho e respeito, e só vemos jogadores babando por outros clubes no Fluminense, porque nada acontece, causa ainda mais indignação.

Como se não bastasse , Fred declarou que os jogadores "fizeram muito", dizendo que temos que lamber os beiços por terminar entre os dez primeiros. Isso num clube com elenco caríssimo. Com uma folha salarial absurda. Não disputar título algum. Ser eliminado de forma vergonhosa da Copa do Brasil, precoce na Sul-Americana e terminar em sexto, há oito pontos de um time mediano do Corinthians! perdendo as últimas chances de Libertadores após uma derrota acachapante para a Chapecoense em pleno Maracanã.


Se Fred é  nome cravado na história do Fluminense com muito mérito e qualidade, em 2014, deixou de morar no meu coração. Esse clube centenário teve ídolos como Preguinho, Castilho, Telê... Fred nunca entrará nesse hall mais. Uma pena.

Se a torcida do Fluminense mora no seu coração, Fred, você não mora mais no meu. Você foi a grande decepção de 2014. Lamentável.

POR FIM, Rafael Sóbis, quem tem que lamber os beiços por ter sido jogador do Fluminense, recebendo pela Unimed, é o senhor. Ainda mais em pisar no gramado de um Estádio que é Patrimônio Histórico do futebol. Mas, afinal, quem mesmo pagaria os mais de sete milhões ao clube árabe para repratiá-lo?

Cansada desses caras...


Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.