domingo, 31 de janeiro de 2016

Caia na folia no "Bloco do Tite", Eduardo!




Oi, pessoal!


Em ritmo de marchinha, vamos cantarolar: "Mamãe, eu quero! Mamãe, eu quero! Mamãe, eu quero ganhar! Faz o Eduardo! Faz o Eduardo! Faz o Eduardo pôr o Flu para atacar!"


No astral alegre, da camaradagem, a Arquibancada Cativa, cansada de perder e preocupada com essa postura retraída, engessada, deixa a dica de carnaval para o paulista Eduardo Baptista cair na folia: assistir o Corinthians de Tite, que soltou as rédeas da retranca para equilibrar o time, dando agressividade. 


Desinspirada pela derrota frente ao Atlético-PR, resgatei imagens do "Bloco do Tite", em jogo válido pelo Brasileirão 2015, na casa do mesmo Atlético, que nos derrotou em casa,  para monstrar, mesmo que ilusoriamente, ao comandante tricolor (e alguém da diretoria para cobrá-lo, caso não saiba ainda!),  como se posiciona um time de clube grande!


Repare nos quadros acima, quatro diferentes lances de saída de bola do adversário, que jogava em casa (sempre bom frisar!). O traço em preto marca a linha da bola. O círculo branco destaca o jogador do "Bloco do Tite." Peço sua atenção para contar quantos jogadores ficam pressionando o adversário no campo de ataque, em bloco (por isso meu trocadilho carnavalesco).



Pois é, o Corinthians rechaça a segunda linha de quatro, segurando sua zaga e seus laterais sob a proteção do primeiro volante, Ralf, literalmente um cabeça-de-área, enquanto os outros cinco jogadores, que são ofensivos, em bloco, "marcam" o passe, com três combatendo e dois sobrando, por zona. 


Nada de dar campo, esperar, cozinhar, fechar os espaços a partir da intemediária defensiva porque isso é coisa de time que se inferioriza, se apequena. 


Um time equibrado conta com cinco jogadores de marcação e cinco ofensivos. Um time equilibrado não recua os jogadores ofensivos, ou situa oito jogadores atrás da linha da bola, a patir da intermediária defensiva ou entre as duas intermediárias como um time de Totó!


Um time equilibrado faz o que Tite orientou fazer: pressiona por zona, forçando o adversário ao erro de passe - lembre que costuma ser baixa a qualidade técnica da defesa advesária, para  a recuperação da posse de bola.


Recuperando nossa posse, é igualmente fundamental que haja opções para o passe, jogadores que estejam à frente da linha da bola. Nesses momentos, de recuperação da posse, trago mais dois exemplos de como o "Bloco do Tite" é bem distribuído e marca forte sem se enfurnar na defesa.





Acima, o zagueiro do Atlético rifou e Gil tocou de cabeça para Ralf. Observe o volante (único círculo no campo defensivo), com os jogadores ofensivos na frente dando opção de passe e prendendo o adversário,que jogava em casa, na defesa.



É notório o quanto o Fluminense de Eduardo (de Enderson, de Drubscky, de Renato Gaúcho, de Cristóvão) se apequena em campo. Como ele não é proativo, como não toma a iniciativa, ocupando os três espaços do campo - setor de marcação, criação e finalização - como o Bloco do Tite... ou melhor, qualquer um, QUALQUER UM time grande brasileiro é obrigado a fazer.



Outro exemplo da recuperação da posse de bola pela linha de quatro com a saída do volante tendo várias opções à frente.



Outro ponto importante é a característica do jogador - e único acerto do Eduardo até aqui. É inegável que ele opta por jogadores mais técnicos no " sistema nervoso" de um time, o meio-campo, e posiciona no lado do campo, jogadores velozes, ao invés de"meias" lentos, como vimos o Enderson posicionar o Gérson.


Esse tipo de jogador, mais técnico, melhora o time, mas com uma postura ou proposta de jogo que aglomera oito jogadores, em duas linhas de quatro,entre as intermediárias, é postura de time, repito, que se diminui, o que num futebol com times parelhos como o nosso, é injustificável! Com perdão da redundância, mas a utilizando como mero reforço.


Entendo que nas aulas sobre táticas, Eduardo escolha essa para fechar espaços defensivos, no entanto, um time grande não se posiciona assim, Como Tite descobriu e implementou no Corinthians de 2015, fecha seu espaço defensivo com a uma linha de quatro, mais um cabeça-de-área protetor, enquanto os outros cinco jogadores, em bloco para evitar o desgaste e ter cobertura, PRESSIONAM, marcando o passe do adversário, o forçando ao erro, ao invés, de esperar seu erro.


Flagra da prancheta: 4-4-2 com pontas




Eu ainda acredito que, ao contrário dos seus antecessores, Eduardo Baptista tenha um naipe maior de conhecimento e possa, sim, se quiser, vencer o receio, modificar a proposta e postura de jogo que estão erradas! Não, Eduardo, não está bom, não! 


Por isso, a Arquibancada Cativa sugere ao comandante tricolor que aproveite o carnaval carioca para cair na folia no "Bloco do Tite", assistindo os jogos do atual campeão brasileiro para assimilar como um clube grande DEVE jogar. 


Porque, com todo respeito ao campeão de 1987, o Fluminense não é o Sport-RE, não é um azarão. O Fluminense se preparou para figurar entre os melhores times e, para isso, tem que jogar como favorito, se impondo, com postura de time grande. Não está sendo assim. E isso é trágico!


::TOQUES RÁPIDOS::


- Estreamos, hoje, às 19:30h, contra o Volta Redonda, lá na cidade do aço. Campeonato Carioca do Rubinho e Eurico deverá servir, apenas, para dar cancha ao time. E, quiçá, fazer o Fluminense ter postura mais ofensiva, tomando a iniciativa do jogo, ao invés, dessa mesmice "Eduardina"


- Ah, não acreditei que Richarlison vai ficar fora por três meses. Essas fraturas no pé podem ser por causa de chuteiras? Não é possível!


- Mesma escalação é bom para dar entrosamento mas, se a atitude for a mesma falta de atitude, não adiantará o time ser bom nem entrosado.


Abraços, 
fraternalmente,
Crys Bruno.



quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

PÓS-JOGO: A pior agressão

"Visão" da partida entre Fluminense x Atlético-PR... 





Oi, pessoal.


E, infelizmente, em nosso primeiro post desse ano (aliás, bom ano a todos!), começamos 2016 como terminamos 2015: falando de derrota. Um tipo de derrota que nos deixa de orelha em pé.


Pior que a agressão estúpida de Fred ao zagueiro adversário, pior que (mais uma!) falha ridícula do Diego Cavalieri, que não atacou a bola aérea no gol de Vinícius, pior que um pênalti mal cobrado e perdido pelo Cícero, foi ficar o jogo inteiro sem atacar, sem pressionar, encurralar ou dominar o Atlético-PR.


É isso que mais me incomoda, me deixa preocupada, indignada. Um clube como o Fluminense, jogando em casa, não agredir o adversário, não assustar, criar chances de gols, nada! É um cartão de visitas de timeco ou um cartão para o visitante se sentir a vontade e não temê-lo.


Durante o primeiro tempo todo, nós vimos o Fluminense se aglomerar entre as duas intermediárias, tática de diminuição de espaços que, igualmente, diminui a criação. Os meias porque ficam presos à linha, sem poderem fazer o X, com receio da recomposição não funcionar, somem porque a saída de bola fica a cargo do zagueiro ou volante e, na frente, o último passe caberá ao lateral para o chuveiro na área.


O Fluminense joga esse maldito futebol há anos. Hora sem organização, hora, como ontem, super, hiper organizado, típico time de rugby, aglomerado na parte central do campo. Detestável. Uma agressão ao torcedor que esperava, ao menos, gritar "úh!", ver um time disposto a vencer, criando, atacando ao invés de APENAS jogar no erro deles.


Erro que Diego Cavalieri cometeu. Como em 2015, o goleiro, campeão brasileiro de 2012, parece mesmo enferrujado ou trincado seus pés em pedras de cimento, qual goleiro de Totó. É inadmissível que Cavalieri mantenha-se assim. Tem que ser cobrado e, exaustivamente, treinado para esse jogo aéreo, mas com jogadores na área e não, como os goleiros treinam, sem ninguém.


Apesar do pênalti perdido, Cícero foi o melhor ou o mais lúcido em campo. Enquanto seu companheiro Edson distribuía seus pontapés e Danielzinho não acertava mais um passe, após errar os primeiros lances (normal nos garotos), Cícero desarmava e lançava com sobriedade e precisão. Uma pena que numa noite em que os laterais, a única válvula de escape do time, estavam errando todas.


Mais uma expulsão: Fred perde a cabeça e agride adversário.


Sobre Fred, já está cansativo falar... Que ele refresque a caixola porque teremos aí mais um ano de futebolzinho, cuja proposta é jogar por uma bola, um erro do adversário, como todo time inferior, como um Osasuna enfrentando um Barcelona, o que não é nosso caso nem o caso dos times que enfrentamos.


Essa é a pior agressão para mim! Essa atitude medíocre! Que o Eduardo Baptista não se saia um Enderson Moreira melhorado porque isso será muito pouco para o tremendo investimento e sacrifício que o clube assumiu para esse ano.


Que, por fim, Eduardo Baptista seja cobrado para dar mais ofensividade ao Fluminense, como seria CERTAMENTE se técnico de um Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Cruzeiro, e até de um Santos. Esse é o tamanho do Flu. Que a diretoria o cobre isso e ele livre o time desse fixo, previsível e chato esquema tático.


A conferir.

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: TOQUES RÁPIDOS::


- Ayrton leva muito jeito, mas ainda não está pronto para assumir a titularidade. Léo Pelé sai muito na frente. Com Giovanni em último, por Deus!

- É fundamental mencionar que jogamos com a dupla de zaga reserva. É fundamental exigir que Henrique barre Gum. Nogueira foi muito bem e merece beliscar até a titularidade.

- Danielzinho ficou preso nesse esquema de linhas, tipo Pebolim, Pacau...Um meia não pode jogar só na vertical como um lateral ou volante. Gustavo Scarpa teve igual dificuldade para se deslocar. Nem Dario Conca conseguiria!

- Outro que sofreu foi Felipe Amorim. Seu maior erro foi a pressa. Tentou jogar de primeira sempre visando Fred, quando poderia dominar, pensar a jogada para concretizá-la melhor, com capricho. Vou dar um voto de confiança porque o vi ano passado no América. Mas, se ele não souber lidar com a pressão...

- Enquanto o time estiver preso nesse esquema tático, não vejo melhora. O Fluminense só jogou alguma coisa depois que se desprendeu dela: nos minutos finais dos três jogos desse ano.

- Não está bom, Eduardo!


Abraços fraternos,
Crys Bruno.


Imagem - Totó\Reprodução Internet
Imagem - Nelson Perez\Fluminense Oficial.