domingo, 21 de fevereiro de 2016

O Fluminense voltou?

Diego Souza comemora um dos seus gols na atuação brilhante contra o Cruzeiro: camisa 10 é esperança tricolor no FlaxFlu




Oi, pessoal.

"Ausente" dos campos ultimamente e trôpego desde 2013, o Fluminense teve uma atuação de time grande na vitória sobre o Cruzeiro (4x3), no Mineirão. Entenda "atuação de time grande" como um time que enfrenta seu adversário com altivez, mesmo fora de casa.

Ainda longe do ideal e contando com a atuação individual brilhante do Diego Souza, que fez a função de Fred, a parede, a presença na área, o time não se intimidou com o gol sofrido aos quatro minutos, virou e mesmo após tomar o empate, conquistou a vitória que serviu para dar confiança aos jogadores e técnico, além de esperança ao torcedor.

Por sorte, ao invés de um jogo contra times pequenos do Carioca, teremos logo um FlaxFlu para descobrir se o Flu pode engrenar ou foi só mais uma daquelas boas atuações esporádicas, como temos visto.

Com a volta do camisa 9 tricolor, Eduardo Baptista acerta ao retornar Cícero para a cabeça-de-área, sacando Douglas, embora eu ache que Cícero precise de um companheiro naquele espaço mais ágil que Pierre.



Don Fredon volta ao time após cumprir suspensão na 1°Liga



Também não gosto da titularidade do Marcos JR, mas como ele joga aberto e marcando mais que atacando, nesse  4-4-2 do Eduardo, seu excesso de erro ofensivo diminui e ele compromete menos.

Pelo outro lado, Scarpa, que costuma ser fatal quando se infiltra pelo meio na grande área, é sacrificado para recompor a "maldita" segunda linha de quatro pela direita.

Cícero, Diego Souza e Gustavo Scarpa, por dentro, pelo meio, infernizariam qualquer defesa. Fariam o que o Corinthians fez com Elias, Jadson e Renato Augusto. Mas Baptista não abre mão do posicionamento que escolheu para trabalhar. Sua recomposição é para marcar na intermediária defensiva e, não, como um time grande faz, pressionar em bloco a partir do ataque.

Prefiro mesmo a ideia recuperada pelos europeus, leia-se Espanha,  do Brasil e da Argentina de antigamente, com dois tridentes flutuando no ataque e meio, os laterais sendo laterais ou, ao menos um deles, e um primeiro volante protegendo a zaga.

Mas Eduardo gosta de outro tipo de arrumação, prefere o quadrado do Alex Ferguson, sucesso absoluto nos anos 90. Paciência. Sua vantagem, sempre busco lembrar, é gostar de jogadores técnicos, que sabem jogar.

Seja como for, daqui há pouco, às 19:30h, o FlaxFlu nos dará a resposta mais importante dos últimos meses: o Fluminense voltou?


::TOQUES RÁPIDOS::


O TALENTO DO CAMISA 7:

- O que chamam de "polivalência", eu chamo de talento. Cícero é, para mim, o melhor jogador do Flu dos últimos dez anos, ao lado de Conca.

Ainda bem que Baptista não escalou Cícero de centroavante contra o Cruzeiro. É muito recurso, muita bola, muita categoria para ficar preso na área.

Diego Souza também não jogou fixo. São essas percepções sóbrias que fazem do nosso técnico um cara com mais noção que seus antecessores.


OS LATERAIS AINDA SÃO NOSSO GRANDE PROBLEMA:

- Nossos laterais não marcam ninguém e quando marcam, falham! Pior que isso, Wellington Silva é jogador ofensivo, normalmente não recompõe a tempo.

E Giovanni? Já que é titular, como venho pedindo desde os tempos das Cruzadas, o nosso lateral esquerdo deve ser PROIBIDO de ficar à frente da linha da zaga. Até porque nosso primeiro volante não é ágil... É o Pierre.


IMPORTANTE: Sai do gol, Cavalieri!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


E O MARACANÃ, HEIN?

- Eu nunca ouvi nem soube que, por conta de um evento, mesmo Olimpíada, Copa do Mundo, Copa das Confederações, um estádio precisasse fechar com sete, seis, cinco meses de antecedência. Alguém conhece algum exemplo?  É um deboche o Maracanã está fechado para o futebol.


E, AÍ, CAPITÃO (Henrique Motta)!!

-Se vencermos o FlaxFlu, vamos ter o primeiro pós-jogo seu de 2016? Rá!


Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.


domingo, 14 de fevereiro de 2016

A cartolagem do Flu. Ou: Os "profissas" do Peter.

O vice de futebol, Mário Bittencourt (à dir) com o diretor Fernando Simone: gestão aquém de um Fluminense.





Oi, pessoal.


Abismada com o desrespeito da atual diretoria à história do Fluminense, que nos últimos trinta jogos venceu vergonhosos sete, agindo e se comportando com assustadora e indigna tranquilidade, como se aceitável, compreensível e contornável fosse esse rendimento, resolvi pesquisar sobre os conceitos de "Planejamento", palavra tão usada por ela.


Fiquei pensando comigo se pudesse ter surgido novos conceitos que superassem os tradicionais, de nomes como Fischmann, Bethlem  ou Thompson Jr. Eu não achei nenhuma novidade (se alguém souber, traga aqui na Arquibancada).


No geral, "planejamento"  continua exigindo do profissional responsável, não somente a organização mas, principalmente, a capacidade de prever acontecimentos futuros de forma prática e racional.


Nesse ponto, é surreal e inaceitável que um gestor de futebol não preveja a mudança de treinador. E pior: é surreal e inaceitável que a veja com o olhar de tempo, com um "timing" e "feedback" que se tem numa empresa. Empresa pequena e em início de funcionamento, claro!


Isso porque se a empresa tiver 113 anos(!!!) e atuar numa área de alta competitividade, como são o Fluminense e o futebol,  não há segunda chance quando se falha cumprir um bom rendimento. Na gestão do departamento de futebol do Peter não funciona assim.


O Fluminense, o nosso, que nos arrebata o coração, está ausente dos gramados há pelo menos uns três anos, desde aquela fatídica Libertadores de 2013, da qual fomos eliminados  sem ter ganho uma partida sequer no Rio, muito porque o time, então atual campeão brasileiro, no comando de Abel Braga, apequenou-se, temendo agredir ofensivamente os adversários, mesmo sendo melhor técnicamente.


Esse Fluminense de 2016 se mantém no fundo do poço que àquele nos deixou, como os times de 2015 e 2014.  Como torcedores, sangramos o sangue dos sem-sangue, dos sangue-sugas, dos "profissas" escolhidos pelo presidente para administrar e gerir um clube do tamanho do nosso. Não à toa, estamos, cada vez mais, refletindo o tamanho da pequenez dessa gestão que não se esforça a aprender com os erros.


Gestão de tamanho pequeno, sequer descobriram que os técnicos brasileiros, bons, medalhões ou mesmo nem tão bons, como  Abelão, costumam ter prazo de validade, e que um clube grande, no contexto do nosso futebol e nivelamento técnico, não suporta nem admite o rendimento pífio, ridículo, vergonhoso que estamos tendo.



Numa gestão realmente profissional, os atuais números do Fluminense não seriam toleráveis sequer por um mês que fará por seis! Na vida real, numa gestão profissional,  cabeças rolariam. Alguém duvida? Mesmo na hipótese do presidente e vice de futebol serem poupados, ao menos, o treinador, dentro do timing do futebol, não passaria de dezembro de 2015 (assim como Cristóvão, um ano antes, também, não).


Já o diretor de futebol, chamado de executivo, dentro do feedback (análise se as decisões tomadas foram acertadas), já teria a cabeça à prêmio nos primeiros meses de trabalho, quando trouxe Ricardo Drubscky para comandar um clube dessa grandeza.


Abrindo um parêntese para uma mea culpa a Fernando Simone, já que ele "só" trouxe o nome. Se o presidente e o vice de futebol não gargalharam, ou redirecionaram o funcionário com bom histórico no clube para exercer outra função e ainda por cima, contrataram o "professor" de técnicos da CBF, Simone não deve pagar sozinho por essa desmoralização da marca Fluminense.


Os últimos quatro treinadores do Flu: queda livre.


Mas, a grosso modo, numa gestão profissional, Fernando Simone e Eduardo Baptista não estariam mais ocupando seus atuais cargos, para não mencionar o presidente e o vice de futebol. Isso é ser racional e prático, isso é profissionalismo. Goste ou não. O Fluminense de Peter Siemsen, no futebol, não é profissional. Infelizmente, há ali um desgraçado e permissivo grau de tolerância ao despreparo e ao baixo rendimento.


A paciência de Jó do Peter, embora não santa, também passa por uma espécie de receio aos formadores de opinião. Sejam estes da política do clube, das redes sociais ou da imprensa. Aliás, falando nela, eu acho uma graça quando os comentaristas criticam as mudanças de treinadores, como se não fossem cobrados ou corressem um risco imenso de demissão, em caso de não darem conta da função.


Evidente que eles só criticam quando não é um dos clubes populares que sustentam a audiência e, consequentemente, seus empregos. Por isso, todos nós, mortais, estudamos, nos preparamos, nos atualizamos, sendo chefes ou subordinados ou chefe e subordinado, por toda vida.


Voltando ao Simone, quando Peter o anunciou como diretor, eu achei bom apostar num funcionário da casa. Imaginei o quanto isso motivaria os outros do clube e o próprio, ao estudo e melhora na compreensão do futebol em termos técnicos, em busca da qualidade de jogo em campo e sua relação com o "patrimônio torcedor" e carinho com a instituição.


Ledo engano. Há quase quatorze meses no cargo, após bom desempenho na coordenação da base, dizem, Fernando Simone parece ter sido atropelado por não ter ainda as habilidades que o cargo exige e, ao invés de absorver a pressão como um processo motivacional para aprender e melhorar, escondeu-se na carcaça do injustiçado por torcedores irracionais, passionais, sem noção. Resultado? Estacionou. Conseqûência? Falhou. E falha.


Por tudo isso, após anos, concluo que a gestão Peter Siemsen no futebol nem é profissional nem é boleira, já que a escolha de Mário Bittencourt para Vice-Presidente de Futebol se fez com licença política e não pelo seu conhecimento sobre o assunto, o que obrigaria a nomeação de um profissional nesse perfil como diretor, como Peter fez, recentemente, na área de marketing.


Feito ou fato desesperador para nós, torcedores apaixonados. O reflexo acachapante dos gestores do futebol do clube são as atuações apequenadas, acovardadas e, assim, de irrisório rendimento do time em campo, ultimamente. O Fluminense de Peter, Mário e Fernando não pulsa mais.


 A conclusão é óbvia e embasada: o que o atual departamento de futebol do clube chama de "Planejamento" ou "Gestão Profissional, não passam de fantasia de carnaval para minimizar erros grotescos de um comando despreparado, amador, paneleiro, incapaz de analisar uma partida de futebol sem a ajuda de um programa de computador.


Ou alguém acha que Mario Bittencourt e Fernando Simone cobram dos técnicos algo do tipo: "- Drubscky, por que você posicionou um volante (Jean) como ponta esquerda?" Ou: "Enderson, mas o Gérson não tem velocidade para jogar aberto; Marcos Jr não tem técnica para ser o meia."


E ao Eduardo? "- Com um a mais contra o Madureira, faltando mais de vinte minutos para acabar o jogo que estava indefinido (3x2), ao perder Fred, contundido, você me coloca em campo um volante para segurar o resultado?! Não sabe que isso atrai o adversário? Por que, ao invés disso, não obrigou seus laterais jogarem onde devem jogar, no setor defensivo? E essa escalação?! Você quer dar intensidade escalando meias no lado do campo, sem velocidade, sem opção de passe ou com única opção que é tocar para o lateral?"  Precisamos de intensidade ofensiva. O time é apático. Jogadores jogam fixo. Parecem não saber o que fazem em campo. Falta de entrosamento não justifica falta de repertório, agressividade, postura."


Não sabem. Não fazem. E voltam a repetir os erros do ano passado com a mesma covardia, procrastinando as tomadas de decisões. Isso é tudo fruto de "profissas" inseguros que sabem que não sabem, mas mantenham a pose porque o "emprego" é muito bom.  Inseguros, se agarram ao ídolo e maior referência do clube, Fred. A opinião do camisa 9 é tomada como decisiva, normalmente. Ele também é o pára-raio da pressão do torcedor sobre a direção.


Abrindo um parêntese sobre a influência de Fred nas decisões. Absolutamente normal e NECESSÁRIO ouvir as principais lideranças do elenco. Quando se tem um ídolo como Fred, então, nem se fala! Entendo perfeitamente e faria o mesmo. O problema é quando a opinião de um jogador se torna a última palavra. Aí, é trágico! É o selo da falta de comando e despreparo.



Fred com seu amigo e empresário, Francis Melo.


E o que vemos é o Fluminense do Peter, Mário, Fernando e Fred sem pulso, respirando com ajuda de aparelhos. Os diretores de futebol que temos são fraquíssimos. Sem dúvida e, infelizmente, ilustram o nível da grande maioria dos dirigentes dos nossos clubes brasileiros: desconhecimento de futebol, nenhuma consideração ao clube e seu principal ator, o torcedor.


A impressão que nos passam é que trabalham no esporte atraídos só pela fortuna que ele movimenta, sem nutrir paixão, interesse nem respeito pelo meio, que lhe serve somente como ponte para massagear vaidades e o bolso.


Só que, em clubes como Corinthians, Palmeiras, Flamengo, eles (os dirigentes) sofrem uma pressão por título e por qualidade do futebol praticado em campo, tanto da torcida quanto da mídia formadora de opinião. Em clubes como o Fluminense, não.


No Fluminense,  é vida boa... A pressão pela qualidade de jogo, que atrai intere$$e e público, praticamente inexiste e por título, então, "rá!", nem pensar! Ainda mais se o maior ídolo e principal referência do elenco estiver no ouvido da diretoria bancando técnicos "parceiros". Fred erra mais uma vez. Foi assim com Cristóvão e Enderson. Está sendo assim com Eduardo. Mas quando não aguentou Drubscky (Graças!), este caiu em pouco tempo e aí todos os discursos prontos em defesa do técnico foram esquecidos.


Como se não bastasse ser indesejado pela mídia devido à ligação e ganho dela com os clubes mais populares, estamos assistindo a um filme de terror que dura três anos e desde dezembro de 2014 está sendo protagonizado pelos atuais "profissas" do Peter, em harmonia com o líder do elenco, Fred.


Diretoria essa que tacitamente rechaça a obrigatoriedade que todo clube grande tem, de praticar um bom futebol e disputar títulos, nesse pós-Unimed. Muito desconfio que talvez pela vontade (consciente ou não) de apequenar o Fluminense, o que só facilita a ideia mentirosa de serem bons gestores, "salvadores" de uma "massa falida", para se manterem lá.


Presidente Peter, que tem dado um show nas áreas de finanças e jurídica do Fluminense e tinha tudo para se tornar um dos maiores da nossa história recente, à nível de Francisco Laport e Manoel Schwartz, continua não tendo domínio suficiente para escolher pessoas capacitadas no futebol, nem como diretores, nem como treinadores.


Em 2016, o "calcanhar de Aquiles" do presidente Peter continuará fragilizando o Fluminense se mantiver essa mentalidade e postura, além de desmoralizar seus esforços e bom legado administrativo. Ainda há tempo, presidente, de fechar com chave de ouro sua gestão. SUA! Ainda é sua. Ao menos, contrate um profissional que tenha leitura da partida e, não somente, saiba negociar com empresários.


Profissionalize o futebol, Peter.  Ainda há tempo de salvar seu legado.


::TOQUES RÁPIDOS::

- No mesmo dia do anúncio que envolvia Danielzinho na transação pelo Wellington Nem, o menino, recém chegado ao profissional, virou titular absoluto.

No mesmo dia do anúncio da desistência da negociação, Danielzinho foi sacado do time.

Tire suas próprias conclusões...

- Que pena! Levir Culpi, igualmente mineiro, não é cliente do Francis Melo...

- E aí: Gustavo Scarpa é meia, ponta direita (uso a expressão "ponta" de propósito mesmo!), lateral esquerdo? Não vai demorar e irei vê-lo jogar de centroavante ou no gol. Técnicos brasileiros...

-  Mas o problema era o "desagregador" que sempre foi querido por onde passou, Barcelona, Milan, PSG, Ronaldinho Gaúcho... Rá!


Abraços fraternos e força na peruca, tricolor.

Crys Bruno.


Imagens: Reprodução\Internet