quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O desprestigiado Luxemburgo.

Vanderlei Luxemburgo no Fluminense: grupo com baixa moral e ambiente adverso.
foto: Wagner Meier\Gazeta

Oi, pessoal.




Luxemburgo ainda é técnico do Fluminense. Pelo menos, por enquanto, após o presidente do clube, Peter Siemsen, passar os últimos três dias tentando demiti-lo e não conseguir, piorando o ambiente, já abalado do clube. Fato que expôs uma situação: Luxemburgo não tem ambiente nem apoio do presidente do clube e o casamento parece mesmo fadado à separação. 


O presidente do Fluminense decidiu por sua demissão, mas não a concretizou. Talvez, em fato inédito na história do futebol, um presidente de clube não foi capaz de demitir seu técnico sob o olhar de todos. 


Eu não discordaria com a mudança, mesmo sabendo que nenhum treinador seja capaz de fazer o time melhorar, tanto quanto Vanderlei, considerando esse time que se tem à disposição. Com isto, uma nova injeção de ânimo - e derradeira - seria compreensível se tentada.


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Jogadores do Fluminense treinam nas Laranjeiras para o FlaxFlu: caras fechadas em ambiente pesado.
Foto: Fluminense Oficial \Flickr


Em julho, se me perguntada pelo(s) presidente(s) do Fluminense, dentre  Cristóvão Borges, Ney Franco e Vanderlei Luxemburgo, aprovaria a vinda deste último. Aliás, aprovei. Porque eu via nele características que ajudariam: um treinador com experiência e banca para lidar com um elenco campeão, de moral baixa e futebol baixíssimo.


No início, foi isso que o Fluminense teve. Víamos, mesmo aos trancos e barrancos, o time jogar com personalidade, no entanto, a crise técnica dos atletas já era realidade difícil de ser revertida. Para piorar, perdemos Deco, Fred e Carlinhos e nunca tivemos no titularíssimo Rhayner o mínimo de qualidade.


Para piorar, tal qual a Lei de Murphy, seguidas suspensões e contusões impediram a repetição da escalação, o que impede dar forma ao time, e o rojão explodiu no colo dos meninos, bem verdes, talvez porque nunca foram aproveitados, nem mesmo no ignorado Campeonato Carioca.


Nesse cenário de crise técnica do time, Vanderlei Luxemburgo foi empurrando com a barriga, nas coxas, na experiência e cancha, fazendo o máximo que pode. E continuará. Ao menos até domingo, segundo a informação de... segundo.



Presidente Peter, ao fundo, Rodrigo Caetano: diretoria bateu cabeça essa semana.
Foto: Nelson Perez.


No momento em que passar confiança era obrigação, o mandatário Tricolor saiu "atirando", atrapalhado, mais preocupado em satisfazer seu grupo político do que com as consequências drásticas que poderia causar o insucesso da sua vontade: demitir Vanderlei.  


Não podia. Fritou o técnico pelas costas, mas teve que apagar o fogo, interrompendo o processo e impondo uma situação humilhante ao profissional que irá treinar, escalar e orientar o time para o próximo jogo, nada mais, nada menos, que um FlaxFlu. E, para piorar, não veio à público consertar a besteira. Deveria.


Vir à público, dar a cara à tapa, mesmo que não diga a verdade, assumindo a impossibilidade de concretizar a demissão do técnico, mas, ao menos, assumindo que as contínuas reuniões fizeram com que "TODOS" decidissem por dar um voto de confiança à comissão técnica. Deveria. 


Vir à público, ao invés de agir sorrateiramente, como um covarde. Porque passar confiança é obrigação. E o presidente Peter criou todo um escarcéu, aumentou a insegurança, piorou o ambiente e tirou o moral do comandante técnico do time. "Genial"! Não que sua vontade seja ilegítima, pelo contrário. Mas todos sabíamos que ela difícilmente seria concretizada. Deve vir à público.


Nós sempre soubemos que a contratação de Vanderlei Luxemburgo nunca foi aceita pelo grupo político que apoia o presidente Peter. Há sete jogos sem vencer, era natural e previsível que a repulsa se transformasse em ira, aumentando a pressão num clube já pressionado, assustado e surpreso com o fracasso que se segue ao longo de 2013. Peter deveria medir a consequência disso.


Às vésperas da eleição, ao contrário do necessário, Peter agiu com irresponsabilidade, coisa rara em sua administração e escolheu uma hora péssima para agradar seu grupo de apoio. O problema disso é que o tiro não foi só no seu pé e sim no pé do Fluminense, que já anda capenga... Mas não há de ser nada. Em todos os clubes, dirigentes vivem às trapalhadas. Peter é só mais um do mesmo.


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AINDA SOBRE LUXEMBURGO


Luxemburgo conversa com jogadores em treino dessa quarta-feira, 30.
Foto: Fluminense Oficial Flickr


Sem ambiente e muito menos identidade com o Fluminense, além de nunca ter contado com um elenco que seu antecessor teve por seis meses, mais qualificado com Fred, Wellington Nem, Thiago Neves, Carlinhos, Sóbis, Wagner, todos inteiros e com moral em alta, o trabalho de Vanderlei já estava fadado à separação. 





Por muitos, dentre os quais me incluo, Vanderlei foi um técnico maravilhoso. Ele chegou ao Real Madrid, nível que nenhum outro técnico brasileiro sonhou alcançar. Reportagens (Revista Espn-Brasil) sobre dívidas de jogo minaram sua carreira. Hoje, eu percebo o quanto ele deve estar precisando de dinheiro ainda. Porque se assim não fosse, ele - e qualquer profissional bom ou ruim - teria deixado o clube, na manhã de quarta-feira. 





Ele foi humilhado como profissional. Ainda assim, o conhecido treinador, chamado de arrogante, marrento e coisas do tipo, teve uma atitude profissional elogiável. Vestiu o uniforme, encarou a imprensa e os jogadores, mesmo em ambiente constrangedor.



E então, eu pergunto: e se vencer o Fla x Flu? Coisa absolutamente possível já que o adversário vive e respira Copa do Brasil e o Fluminense, teoricamente, não enfrentará outra retranca, tendo mais espaço para o jogo veloz de seu time que corre, transpira, e não pensa. Como ficará o "aviso prévio" até domingo, publicado em todos os jornais? Ai, ai, Peter... ... ...



POR FIM, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE...




Quando eu vi Luxemburgo escalar quatro volantes contra o Vitória, cheguei a conclusão: Luxemburgo, é hora de se aposentar dessa função. Ainda mais quando você conversa e ouve o filho de Antonio Lopes!! Logo você: o técnico destemido, ofensivo, que sempre soube montar times equilibrados e técnicos.


Dizem que o Palmeiras o quer em seu centenário, agora em 2014. Mas se eu fosse sua conselheira, eu diria: descanse, Luxa. Vire comentarista, empresário de jogador, dirigente, ou qualquer coisa que o valha. Será o melhor! 


E... foi você o melhor que vi o Brasil ter nos últimos vinte e cinco anos, MAS, TALVEZ, TENHA CHEGADO A HORA DE PARAR... 


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TORCEDOR PODE, MAS UM ADMINISTRADOR PROFISSIONAL NÃO PODE.



Abel Braga, técnico campeão brasileiro de 2012: Flu em queda este ano.
Foto: Reprodução\Internet




Abel é o terceiro técnico com mais jogos na história do Fluminense. Campeão carioca em 2005 e 2012 e Brasileiro, é querido por boa parte da torcida tricolor. 

MAS...

O insucesso do seu sucessor, Vanderlei Luxemburgo, não exime os erros que Abel Braga cometeu durante os sete meses, cujos seis meses, contando com um elenco que tinha Fred, "Deco", W. Nem, Thiago Neves, Carlinhos, Wagner, Sóbis, inteiros e ainda com moral em alta, porque vindo de um título brasileiro. Atmosfera, elenco e ambiente que Luxemburgo nunca teve. O que torna a comparação injusta e tosca. 


O erro de avaliação sobre o elenco, a falta de capacidade em fazer o time jogar um futebol com um pouco mais de repertório ofensivo e\ou omissão de Abel não serão apagados. Pode ser pelo torcedor. Nunca por quem administra o Fluminense. 


Foi Abel quem avaliou e montou esse elenco junto com Rodrigo Caetano. Era ele, Abel, a nossa voz ou a única voz capaz de modificar ou melhorar o time. Era dele a voz que seria ouvida por todos, exatamente por ser querido e respeitado, do presidente da patrocinadora ao porteiro. Fracassou. Não foi feliz como técnico do Fluminense, em 2013.


Hoje, esse elenco, montado e avaliado por Abel e Rodrigo Caetano, é nossa herança maldita. Nossa, não é? Afinal, quem sempre paga o pato? A panaca da torcida!



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QUEM VIRIA OU QUEM VIRÁ? CAIO JR é o favorito.




Caio Jr posta foto com Ancelotti, no Real Madrid.
Foto: Reprodução\Internet


Nas últimas 72 horas o Fluminense demitiu Luxemburgo. De repente, não mais. Depois, demitia de novo. E entre as cabeçadas e furadas da gestão do futebol, o atual treinador ganhou um "aviso prévio" até domingo. 


Nesse ínterim, os jornalistas, especialmente, Wilson Pimentel, da Rádio Tupi e Renato Maurício Prado, do O Globo e Fox Sports, correram atrás das informações, ocultadas pelo clube, mas descobertas por eles com fontes que não duvido sejam bem próximas dos presidentes Peter e Celso Barros, se é que você me entende...


E a informação que vazou é que seria ou será Caio Jr o substituto de Vanderlei. Caio JR não é técnico para um Fluminense. Mas, não é mau técnico. E dentre os nomes do escalão que aceitaria o absurdo de assumir um time por sete jogos com risco de ser rebaixado, o de Caio Jr me parece o melhorzinho mesmo.


Tentando evitar esse novo vírus ou moda nos comentários de futebol, quando está ruim só se joga pedras e não se compromete. Ou usando o exemplo do Vasco:

Fato 1 - "Dorival está perdido. O Vasco está sem técnico."

Fato 2 - Vasco demite Dorival e: "Adianta culpar o técnico? Essa atitude parece de desespero."

Fato 3- Vasco contrata Adilson Batista e: "Não tinha nome pior!"

Aí, o Adilson salva o Vasco do rebaixamento e eles falarão em MILAGRES...

Eu espero não pegar esse vírus. E para isto, conto com vocês! rs


Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A conta chegou. Qual preço a pagar?

A diretoria do Fluminense: Sandro Lima, Celso Barros, Rodrigo Caetano e Peter Siemsen: incompetência na avaliação.
Foto: Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com



Um grande campeão com um futebol de araque. Foi assim que conquistamos o digno tetracampeonato, em novembro de 2012. O ano virou e as pessoas do Fluminense bancaram a acomodação. O ano virou e as pessoas do Fluminense bancaram aquele time e seu futebol de araque. 


O ano virou, a folha salarial dobrou, sete milhões de reais por aquele futebol de araque. Reforços? Rhayner, um atacante do Náutico que não fazia gols há dois anos e Felipe, um jogador em final de carreira. Por quê? Não tinha mais dinheiro. Por quê? A folha salarial já havia dobrado para (super) valorizar aquele futebol de araque.


O ano virou e qualquer "Zé" ou "Maria", como eu, que acompanha futebol, sabia que o time não poderia continuar jogando aquele futebol de araque porque a exigência seria outra, seus adversários não mais o tratariam como azarão, o Fluminense jogaria contra retrancas e com aquele futebol de araque seríamos fatalmente bem marcados.


O futebol de araque, graças ao time não ser  favorito, conquistou o título jogando com oito homens atrás da linha da bola, o que proporcionou a linha defensiva total proteção e a Diego Cavalieri atuações dignas de Castilho ou Rodolfo Rodrigues. 


Assim, com a bola nos pés era hora dos contra-ataques: Thiago Neves e Jean acionavam os laterais ou o atacante de velocidade, Wellington Nem, e esses tinham que achar Fred: o dono do campeonato brasileiro de 2012 marcava uma em cada duas ou três bolas. Com isso, o Fluminense pouco precisava criar. Seu repertório era esse. Mais nada oferecia ou fazia além disso.  



Quando campeão, Fred pediu para não deixar ninguém sair e Rodrigo Caetano afirmou que o elenco era de "altíssimo nível." Natural. Compreensível. O companheiro de time querendo manter o grupo, o diretor de futebol valorizando o grupo. 


MAS... alguém, internamente, DEVERIA avaliar que a exigência seria outra, que nosso repertório, dentro de campo, era limitado para manter as conquistas em 2013. E se o problema era dentro de campo, a comissão técnica deveria dizer. Ninguém o fez. A avaliação técnica foi pífia. A arrumação técnica e tática do time, igualmente. 



E se lembrarmos que JÁ em fevereiro, por conta de uma goleada sofrida para o Grêmio, na Libertadores, em pleno Engenhão, o BRASIL INTEIRO viu que o repertório limitado do futebol de araque do campeão Fluminense não funcionava mais e que NADA foi feito, tem-se a prova do quanto bancaram o futebol de araque e atuaram com plena incompetência. 


E mesmo quando tentado, o técnico Abel quis dar volume de jogo ao time, buscou um 4-3-3. Abelão tentou. Talvez, dentre todos os culpados, ele tenha sido o único que não se acomodou, embora tenha tido a mesma incompetência como técnico que seus diretores tiveram como diretores. 


Thiago Neves e Wellington Nem foram vendidos em junho.
Abel contou com eles e Fred, um ataque que não temos mais nessa reta final.
Foto: Gilvan de Souza.


Esta diretoria que "arrota" profissionalismo e planejamento esperou o Fluminense entrar na Zona de Rebaixamento, em final de julho, para fazer algo, com uma surpresa e desculpismos apavorantes. Em nenhum momento observou a queda técnica do time e a necessidade de alterações. Baseou-se apenas nos números do passado, mesmo com os atuais já ruins, administrou o clube das telas frias do computador e não através do JOGO CHAMADO FUTEBOL, jogado dentro do campo. Um assombro!



Futebol não é jogado numa planilha! Futebol não é jogo de computador! Futebol não é um software! Futebol é jogado no campo. Futebol é jogado por homens, não máquinas. Futebol não é física. Futebol é qualidade técnica (Walter, atacante do Goiás, atleta acima do peso, é um dos destaques do ano, não à toa, porque tem qualidade técnica).  Eu torço e tenho paixão por um clube que não sabe disto...


O planejamento da diretoria do Fluminense foi de araque porque se contentou e bancou aquele futebol de araque. A conta viria. Quantas vezes eu disse? Várias. Tantas que, extenuada e extenuando, decidi parar de escrever só sobre o Fluminense. A conta viria, sabíamos muitos de nós, temiam outros.


A conta chegou. O atual campeão brasileiro padece porque apostou que aquele futebol de araque seria suficiente. Um futebol de araque NUNCA SERÁ. Como azarão, pode tornar azarões em vencedores de um campeonato, mas nunca na história do futebol, o futebol de araque sustentará outra nova temporada. Isso porque há coisas que nunca mudarão no futebol e a principal é que futebol é qualidade técnica.


Assim, repito: o planejamento da diretoria do Fluminense foi de araque porque se contentou e bancou aquele futebol de araque, porque vê futebol somente pelas telas do computador, em suas planilhas frias, sem o cheiro da grama e os pingos de suor do campo. Eu torço e tenho paixão por um clube que não entende de futebol. A conta viria. E agora saberemos qual será o preço a pagar...



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TOQUES RÁPIDOS:

Luxemburgo, técnico do Fluminense, orienta o time na derrota para o Vitória por 3x2.
Foto: Ricardo Ayres\Photocamera




- Como disse ontem, reconheço em Luxemburgo um treinador que tem tentado, jogado junto e feito coisas muito boas, entre erros e acertos, mais acertos, a meu ver. Dentre todos, é o que tem menos culpa. Mas ainda assim, eu não imaginava um meio-campo com quatro volantes. Tantos eram os volantes que nem com um a mais fez a diferença. O elenco exala o futebol transpiração sem inspiração, o mesmo futebol de araque de 2012, bancado e defendido pela diretoria e a última comissão técnica.

- E, então, eu lembrei que meia de criação, posicão mais importante e difícil do futebol, o Fluminense tem, hoje, no elenco, somente Wagner e Eduardo. 

- Mas volantes, nós temos aos montes! Volantes não faltam. Não me surpreendo: afinal, um clube que banca o futebol de araque, deve "amar" volantes! 

- Sem falar o principal: jogadores comuns com apenas condição física para correr atrás do adversário se produz facilmente e traz títulos ao treinador dos juniores (E viva Xerém!) que se mantém no cargo e facilmente o empresário o vende para a Austria, Bulgária, Catar, Ucrânia, por milhões! 

Jean, volante que passou a jogar de meia de criação, tenta um arremate.
Foto: Nelson Perez\Fluminense Oficial


- Jogador profissional que não treina fundamentos, não é profissional. Atacantes como Biro Biro e Marcos Jr devem treinar finalizações exaustivamente. Até Fred. Afinal, se um pianista, por mais virtuoso, passa a vida em horas de ensaio, como jogadores de talento comum ou mesmo algo talentoso, não treinam por horas?

- JEAN NÃO É MEIA!

- Igor Julião não pode mais jogar na esquerda. Ronan, também não. 

- Rafinha não é jogador ofensivo!  

- Leandro Euzébio não é mais jogador para Fluminense.

- Fred sempre se contudiu e ficou ausente a cada ano seu de clube. Um substituto para ele não foi "planejado" ou ouviram o avaliador de elenco, Abel Braga, que afirmou que Samuel era um jogador raro ?

- FALANDO NISSO... "O Fluminense tem zagueiros para uns seis anos.", Abel Braga, ex-treinador, que montou e avaliou o atual elenco.

- Pois é, vou ali me matar e volto quando confirmarmos a nossa permanência na Série A! rs


ANTES... Um toque  e um apelo:

Peter Siemsen, presidente do Fluminense: errou na escolha do seu departamento de futebol.
Foto: Reprodução\Internet

- O presidente Peter Siemsen deveria somente ser "presidente do setor jurídico" do clube. É excelente e heróico nas questões judiciais. Obrigada...Não, o sr. não precisa entender de futebol para ser reeleito e merecer o cargo máximo do Fluminense por mais três anos, mas escolher um nome do futebol - com visão do jogo dentro do campo - É OBRIGAÇÃO.


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SOBRE DELEY...

Deley, candidato à presidência tricolor, no programa do RMP.
Foto: Reprodução\FOX

O que mais gostei da entrevista do Deley foi o cuidado em falar na formação de jogadores de futebol e não em atletas de futebol. 

Visando a qualidade do jogador, alcançaríamos melhor qualidade de jogo, primordial para a sobrevivência do Flu no cenário disputado do Brasil. Qualidade de jogo, aliás, o grande e drástico erro da atual diretoria.

O que não gostei foi a mania de dizer que irá sentar e discutir com tudo e todos. Presidente do Fluminense não tem que discutir, tem que decidir. Discussão é para plenário legislativo.







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FALANDO EM DISCUSSÃO... MEU ÚLTIMO APELO: TRICOLOR, APOIE ATÉ O FIM!!!

Quase 30 mil tricolores assistiram a derrota para o Vitória-BA. Apoiem até o fim!
Foto: Nelson Perez\Fluminense Oficial



- TORCIDA TRICOLOR, especialmente, você, que também bancou o futebol de araque, que até julho de 2013, batia palminhas e justificava toda atuação ruim, também tem sua parte de culpa. Você bancou o futebol de araque se utilizando de conceitos teóricos e frios tanto quanto a diretoria do Fluminense fez: futebol não é programa de computador. Futebol não é planilha. Futebol é campo, grama. Futebol é qualidade técnica.

Ontem, a derrota inacreditável para o Vitória, foi mais uma prova disto. Aprendamos como torcida também.


- E não me venham espancar jogador na rua, pichar muros.

- O jogador não está de sacanagem. Se tem uma coisa que tenho ainda certeza é que esse grupo se entrega e se erra, é por falta de técnica.

E O PRINCIPAL: só eles poderão evitar o rebaixamento do Fluminense. Eles não vão render sem apoio, muito menos, na porrada, com perdão da palavra. APOIEM ATÉ O FIM! E aprendamos como torcida também.


POR FIM... A conta viria. A conta chegou. O preço a pagar? Não será o rebaixamento! Ainda dá...rs.


À bênção João de Deus...


Abraços, fraternalmente,
Crys Bruno.

PS: Pessoal, por questão de cuidados com minha saúde, física, mental e emocional, deverá ser este meu derradeiro post (novamente! rs) sobre o nosso Fluminense, esse ano. Conto com a compreensão de vocês e deixo meu sincero pedido de desculpas por me exigir entrar em férias forçadas.


domingo, 27 de outubro de 2013

El Clasico e o Fluminense




O conhecido 4-3-3 do Barcelona - mesmo sem a bola.
Foto: Captura de Imagem\SkySports.UK
Arte: Crys Bruno.

Com o perdão da captura desfocada (um pouquinho só, não? rs), não pude abrir mão dessa imagem que sintetiza como joga ou continua jogando o Barcelona, que não é de Guardiola, e sim, de Xavi, Messi e Iniesta: num futebol brasileiro "antigo", o 4-3-3.


O que gosto nessa imagem é notar que a posse de bola está com o Real Madrid. Ademais, o adversário é o Real Madrid, não o Osasuña ou Almeria... Ainda assim, o Barcelona não "povoa o meio-campo" com brucutus e simplesmente "linka" seus dois trios - do meio e ataque - na marcação, no efeito sanfona. 


Foi assim, por vias holandesas (filosofia de atuar com dois pontas abertos da Holanda, implementada pelo já treinador Cruyff no início dos anos 90), que o Barcelona, um dos maiores e melhores times da atualidade, joga à brasileira, estilo que o Brasil abominou no mesmo período. 


Com raras exceções e times, o futebol brasileiro foi envenenado por teorias do futebol força física de uma Europa que nunca criou Pelé, Didi, Julinho, Edu, Garrincha... E o conhecido "Bota ponta, Telê" defasou-se como nosso estilo.

Os companheiros do Neymar correm para abraçá-lo na comemoração do seu gol na vitória sobre o Real Madrid.
Foto: Jornal A Marca.


Falo isto apenas para dizer que entendo o sucesso de Neymar no Barça. Ele é exatamente aquele ponta da nossa escola: agudo, driblador, finalizador, passador. Com extremo talento, habilidade e alma coletiva, Neymar conquistou os jogadores e abraçado está sendo por eles.


É junto com o Bayer de Munique, o time a ser batido, visto, comentado... Os donos do melhor futebol do mundo. Porque, sim, o futebol moderno continua antigo para todos aqueles que sabem jogar futebol e em clubes que prezam isso, o espetáculo. Porque, sim, o futebol moderno continua antigo, continua sendo um espetáculo.


ENQUANTO ISSO, NO MAIOR CLUBE DO SÉCULO XX... 



O Real Madrid do italiano Ancelotti: mais jogadores defensivos e não menos buracos.
Foto: Captura de Imagem\Sky Sports UK
Arte: Crys Bruno.


Conte comigo: Arbeloa, Varane, Pepe, Marcelo, Sergio Ramos, Khedira e Modric são sete jogadores marcando numa linha de dez. Isso se você não esquecer que Gareth Bale é lateral, ou seja, jogador defensivo de origem. E levando em consideração que Modric é um marcador que sabe avançar, e não um criador ou meia-atacante... Resultado? O Real Madrid do técnico italiano Carlo Ancelotti jogou com apenas dois jogadores ofensivos: Cristiano Ronaldo e Di Maria.


Com perdão do trocadilho, algo ofensivo demais aos amantes do futebol, entre eles, certamente, a maior parte da torcida merengue, acostumada a grandes times. Chegou doer em mim, assistir ao Real Madrid no El Clasico de sábado...


Posicionado defensivamente e com jogadores defensivos, ainda assim, o time de Ancelotti ofereceu espaços ao adversário, o que desmonta a tese de que quantidade de marcadores no meio-campo garante marcação eficiente. Nem sempre. 


O posicionamento em linha, na imagem acima, em duas linhas de quatro, mostra a liberdade e espaço que Lionel Messi tem (observe no quadrado amarelo), para criar a jogada, além do buraco entre Pepe e Marcelo, que será aproveitado por Fábregas. (Aproveitando a deixa... E ainda dizem que não existem espaços no futebol atual como antigamente...)


O Real Madrid tem escolhido treinadores de vestiário e escritórios, não, treinadores de campo. Isso é uma catástrofe para as características do galáctico clube da capital espanhola. E para quem cresceu vendo os merengues desfilarem a beleza do futebol técnico e destemido, vê-lo com a cara de José Mourinho e Ancelotti é sofrível!


E POR FALAR EM SOFREGUIDÃO....rs
 x 

Fluminense x Vitória
18:30, Maracanã.



O domingo de temperatura amena e de nuvens espassas levantou-me tenso. O meu Fluminense entrará em campo precisando desesperadamente somar três pontos. E apesar de assistir a outros jogos, ler, ouvir música, passear pelas ruas de Londres, maravilhada, a angústia pela peleja de logo mais é o tom do meu dia.


Eu não gosto da escalação do Vanderlei. Reconheço nele um treinador dedicado, lutando por conhecer os 999 atletas do clube, pinçar alguém para ajudar nesse momento terrível. Reconheço o mesmo Luxemburgo de visão de jogo, que sabe avaliar um jogador e arrumar um time de acordo com isso.


Luxemburgo treina o time do Fluminense.
Foto: Edgar Maciel de Sá\Globo Esporte.com


Mas, não gosto dessa escalação de hoje. Explico: o meio-campo é algo assustador! Nenhum bendito que saiba armar, criar. Não, não, mil vezes não, Jean não é, nunca foi, nem nunca será um meia-atacante! É um volante que sabe chegar ao ataque, mas criar? Não! Não! Mil vezes não!


Por isso, abriria mão do Edinho - afinal, o Vitória é um time leve e jogará no contra-ataque, possibilitando com que Diguinho possa fazer essa cobertura - e entraria com Felipe ou Eduardo, ou seja, alguém com a característica de armação, que saiba se movimentar em X, rodar o jogo, dar passes de mais de cinco metros!


Não, não gosto da escalação de hoje. O time precisa vencer de qualquer jeito! Precisa fazer seu gol para tranquilizar-se em campo. Rafinha não é jogador ofensivo. É apenas outro Jean. Marcos Jr, por ser rápido e finalizador, deveria jogar aberto, como Biro Biro.


Não, não gosto da escalação de hoje, embora reconheça que Vanderlei Luxemburgo tem feito de tudo, tem sido dedicado, tem jogado junto. Que isso ajude. Que a torcida tricolor limpe os ares, ilumine o time que anda mal das pernas, ou melhor, dos pés e saiamos do Maraca aliviados!


Em nome do pai...
...do filho
...amém
....Ai, ai, ai...


Abraços, pessoal.
Bom domingo!

Fraternalmente,
Crys Bruno.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Qual será o destino?

Reprodução\Internet.


Eu tenho ascendência italiana por parte de mãe e portuguesa por parte de pai, que é português da cidade de Barcelos. Adivinhem? Cresci ouvindo bonitas histórias do Vasco da Gama, especialmente, por ter sido o primeiro clube carioca a lutar pela inclusão dos jogadores negros e de classes pobres. Como um bom português, meu pai ensinou-me a admirar e defender seu país com a beleza das letras de Luís de Camões.





Time do Vasco campeão de 1923: com negros e mulatos na equipe, pela primeira vez na história do Carioca.
Foto: Arquivo C.R.Vasco da Gama.



Mas meu genitor apaixonou-se pelo Fluminense, como meu tio Joaquim e contra os vascaínos, tios Cândido e Abel. Quando papai chegou ao Brasil, ainda criança, encantou-se pelo verde, branco e grená que vestiam o time de 1952, o lendário: "Castilho, Píndaro, Pinheiro, Jair, Édson, Bigode, Telê, Didi, Orlando, Marinho e Quincas" (Veja imagem abaixo). O Fluminense Football Club fundou o futebol no Rio de Janeiro, recebeu em seu campo o primeiro jogo da Seleção Brasileira, seu jogador marcou o primeiro gol do Brasil... 


Time do Fluminense, 1952: Castilho, Píndaro, Pinheiro, Jair, Édson, Bigode, Telê, Didi, Marinho, Orlando e Quincas.
Foto: Fluminense Oficial.

O tempo passou e os novos homens de  Vasco e Fluminense não serviriam para engraxar as chuteiras dos realizadores de suas histórias. Entre Eurico Miranda e Roberto Dinamite, Álvaro Barcelos e Roberto Horcades da vida, Vasco e Fluminense visitam constantemente o inferno: com o Fluminense "vivendo" mais tempo nele, tornando seu profundo conhecedor nos anos 1990, e o Vasco passando temporadas e flertando constantemente nos últimos anos.


Apesar disso, o confronto ganhou o nome de O Clássico dos Gigantes. Assim eles são. Não são esse pigmeu que a tabela e a campanha de 2013 insistem em esfregar na cara do seus torcedores. Eu ainda aposto que não. E aposto que nem Fluminense nem Vasco serão rebaixados. Como?!


Ontem eu vi o tecnicamente limitado time do Vasco mostrar ainda ter o que mais caracteriza o cruz-maltino: o BRIO. Levou dois gols em dois minutos, logo no início do jogo, mas no segundo tempo, com brio, conseguiu empatar e por muito pouco ou por culpa dos dedos do goleiro adversário, não virou o clássico diante do Botafogo.


Outro ponto a seu favor é a queda de times como o Bahia e Coritiba. Este último, adversário do Vasco, no Rio, daqui a duas rodadas, passou boa parte da competição sonhando com Libertadores. Era inimaginável um rebaixamento. Isso pode mexer mais com um elenco e ambiente do que os elencos daqueles que vivem essa realidade há meses.


Com o brio da sua história, da sua alma, do seu status, o Gigante da Colina deverá permanecer na Série A. 


Assim, também o Fluminense. "Basta" conseguir manter a espinha dorsal do seu time em campo. Mesmo encurvada devido a considerável queda de rendimento técnico do atual campeão brasileiro, Cavalieri, Gum, Jean, Wagner e Rafael Sóbis, formam um pilar de respeito. Com a presença de Fred em jogos que ainda serão fundamentais, especialmente, contra o Atlético-MG, na penúltima rodada e unindo-se ao gás dos jovens de Xerém, o Tricolor reencontrará as vitórias que o ajudarão a manter-se na elite.


Permanecendo na Série A então, que os torcedores e sócios de Vasco da Gama e Fluminense saibam honrar com as lindas histórias desses gigantes de alma, escolhendo homens que ao menos sejam capazes de varrer a calçada de São Januário e das Laranjeiras...





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COPA DO MUNDO.




Cristiano Ronaldo x Ibrahimovic: Copa do Mundo ficará sem um dos dois.
Source: Getty Images.
Arte: Crys Bruno.

Um sorteio realizado nesta segunda-feira, na Suíça, definiu o caminho das oito seleções europeias que duelarão na repescagem por quatro vagas na Copa do Mundo de 2014. E, em meio à expectativa de que Portugal e França poderiam se enfrentar, isso não aconteceu.


Os jogos acontecerão nos dias 15 e 19 de novembro. Definidos os quatro classificados da repescagem, a Europa terá seus 13 representantes para o Mundial no Brasil. Restarão então cinco vagas da África e duas da repescagem intercontinental: Jordânia x Uruguai e México x Nova Zelândia. Todas as vagas se definem no mês de novembro. 




JOGOS DE IDA, dia 15 de novembro:



Portugal x Suécia.


Ucrânia x França. 


Grécia x Romênia.


Islândia x Croacia.




Ou não teremos Cristiano Ronaldo ou não teremos Ibrahimovic. Mas teremos o "Yo Co Shi Shu" do 


Japão, que se classificou com vitórias sobre "as fortes e tradicionais" Omã, Iraque e Jordânia...



VERGONHA!



Padrão Fifa? Tô fora!




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COPA DO BRASIL DEFINE SUA SEMIFINAL.





Pessoal, esperança de alguns dos mais importantes clubes do país para alcançar a Libertadores, o Copa do 


Brasil define sua semifinal nessa quarta e quinta.



Botafogo, Vasco, Flamengo, Corinthians, Gremio, Internacional, Atlético-PR e Goiás disputarão as quatro 


vagas, destaques para o clássico carioca Flamengo x Botafogo e uma reedição de final, no confronto 


Grêmio x Corinthians.



Outro confronto é sulista: Atlético-PR recebe o Internacional precisando de um empate sem gols ou vitória 


simples. Repetindo o 1x1 do jogo de ida, a partida vai para os pênaltis, aliás, muito mais humano e correto 


do que a prorrogação, que acho desumano com os atletas.



Por fim, quinta-feira, o Vasco jogará com o Goiás, precisando de uma vitória simples de 1x0. Após vencer 


por 2x1 o Goiás joga pelo empate no Rio.




Acompanhe os confrontos:




 x 

Jogo de ida:1x1
O vencedor se classifica. Em caso de novo empate, em qualquer número de gol, decisão por pênalti.
Maracanã: 21:50h






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Jogo de ida: 0 x 0.
O vencedor se classifica. Novo empate de 0x0, decisão por pênalti. Empate com gols, dá Corinthians.
Arena Grêmio, RS: 21:50h




Jogo de ida: 1x1
O vencedor se classifica. Repetição do placar (1x1), decisão por pênalti. Empate de 0x0, dá Atlético. Empate com 2 ou mais gols, dá Internacional.
Dorival de Brito, PR. 21h:50


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Jogo de ida: 2x1 Goiás.
O Esmeraldino joga pelo o empate ou derrotas por um gol de diferença tendo marcado 2 (3x2, 4x3...).
O Vasco joga por uma vitória simples de 1x0 ou vitórias com mais de dois gols de diferença (3x1, 4x2...).
Uma vitória do Vasco por 2x1 leva a decisão para os pênaltis.
É o único jogo da quinta-feira. Por isso, o horário muda. 
Maracanã: 21h.





E O TWITEER PIU...



Puta qui pareeeeo... “: ‘O problema dos clubes é a má gestão dos dirigentes’, diz Eurico Miranda.
Arsene Wenger - Economic mind
Jose Mourinho - Intelligent mind.
Brendan Rodgers - Tactical mind.
David Moyes - Never mind! xD

Hoje, o futebol argentino recupera o clássico Rosário Central x Newell's Old Boys. Tomara que seja uma várzea:





1 - Destaco a reação do cronista Rica Perrone à declaração do ex-presidente do Vasco, 

Eurico Miranda, que culpou a má gestão como razão da pindaíba dos clubes.




2 - Um troll divertido - coisa rara - que brinca com o início de David Moyes, novo técnico do 


Manchester United, que faz uma campanha pífia no Inglês. Citando com elogio os técnicos do Arsenal, 


Chelsea e Liverpool, diz "Never mind" (Esqueça!) para o escocês que substitui Ferguson.




3 - Após três (longos) anos, o clássico rosarino entre New Old Boys e Rosário Central voltou a rolar no 


sólo hermano. A matéria mostra o video de uma pelada na várzea entre torcedores e ex-jogadores dos dois 


clubes, como o ex-botafoguense Loco Abreu. Muito bonito! Assista: http://youtu.be/9Ntzlf7VbHU






E POR FIM, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE... SERGIO TRIGO na Fox Sports!




Hoje, 21/10/2013, no canal Fox Sports, às 20:30, vai ao ar a participação de Sergio Trigo no programa A Última Palavra, falando sobre seu livro relançado na Bienal do Livro de 2013 'A Verdadeira Maquina Tricolor!'

Autor que une paixão com categoria em obra que faz justiça ao mais vitorioso time da história recente do Fluminense, o time de Romerito, Ricardo Gomes, Delei, Branco e Tato, Tricampeão Carioca e Campeão Brasileiro em anos que bateu o mais badalado time do cenário nacional, o Flamengo de Zico.



Imperdível! Parabéns a FOX!



Então é isso, pessoal.


Até a próxima!


Fraternalmente, Crys Bruno.