O conhecido 4-3-3 do Barcelona - mesmo sem a bola. Foto: Captura de Imagem\SkySports.UK Arte: Crys Bruno. |
Com o perdão da captura desfocada (um pouquinho só, não? rs), não pude abrir mão dessa imagem que sintetiza como joga ou continua jogando o Barcelona, que não é de Guardiola, e sim, de Xavi, Messi e Iniesta: num futebol brasileiro "antigo", o 4-3-3.
O que gosto nessa imagem é notar que a posse de bola está com o Real Madrid. Ademais, o adversário é o Real Madrid, não o Osasuña ou Almeria... Ainda assim, o Barcelona não "povoa o meio-campo" com brucutus e simplesmente "linka" seus dois trios - do meio e ataque - na marcação, no efeito sanfona.
Foi assim, por vias holandesas (filosofia de atuar com dois pontas abertos da Holanda, implementada pelo já treinador Cruyff no início dos anos 90), que o Barcelona, um dos maiores e melhores times da atualidade, joga à brasileira, estilo que o Brasil abominou no mesmo período.
Com raras exceções e times, o futebol brasileiro foi envenenado por teorias do futebol força física de uma Europa que nunca criou Pelé, Didi, Julinho, Edu, Garrincha... E o conhecido "Bota ponta, Telê" defasou-se como nosso estilo.
Os companheiros do Neymar correm para abraçá-lo na comemoração do seu gol na vitória sobre o Real Madrid. Foto: Jornal A Marca. |
Falo isto apenas para dizer que entendo o sucesso de Neymar no Barça. Ele é exatamente aquele ponta da nossa escola: agudo, driblador, finalizador, passador. Com extremo talento, habilidade e alma coletiva, Neymar conquistou os jogadores e abraçado está sendo por eles.
É junto com o Bayer de Munique, o time a ser batido, visto, comentado... Os donos do melhor futebol do mundo. Porque, sim, o futebol moderno continua antigo para todos aqueles que sabem jogar futebol e em clubes que prezam isso, o espetáculo. Porque, sim, o futebol moderno continua antigo, continua sendo um espetáculo.
ENQUANTO ISSO, NO MAIOR CLUBE DO SÉCULO XX...
O Real Madrid do italiano Ancelotti: mais jogadores defensivos e não menos buracos. Foto: Captura de Imagem\Sky Sports UK Arte: Crys Bruno. |
Conte comigo: Arbeloa, Varane, Pepe, Marcelo, Sergio Ramos, Khedira e Modric são sete jogadores marcando numa linha de dez. Isso se você não esquecer que Gareth Bale é lateral, ou seja, jogador defensivo de origem. E levando em consideração que Modric é um marcador que sabe avançar, e não um criador ou meia-atacante... Resultado? O Real Madrid do técnico italiano Carlo Ancelotti jogou com apenas dois jogadores ofensivos: Cristiano Ronaldo e Di Maria.
Com perdão do trocadilho, algo ofensivo demais aos amantes do futebol, entre eles, certamente, a maior parte da torcida merengue, acostumada a grandes times. Chegou doer em mim, assistir ao Real Madrid no El Clasico de sábado...
Posicionado defensivamente e com jogadores defensivos, ainda assim, o time de Ancelotti ofereceu espaços ao adversário, o que desmonta a tese de que quantidade de marcadores no meio-campo garante marcação eficiente. Nem sempre.
O posicionamento em linha, na imagem acima, em duas linhas de quatro, mostra a liberdade e espaço que Lionel Messi tem (observe no quadrado amarelo), para criar a jogada, além do buraco entre Pepe e Marcelo, que será aproveitado por Fábregas. (Aproveitando a deixa... E ainda dizem que não existem espaços no futebol atual como antigamente...)
O Real Madrid tem escolhido treinadores de vestiário e escritórios, não, treinadores de campo. Isso é uma catástrofe para as características do galáctico clube da capital espanhola. E para quem cresceu vendo os merengues desfilarem a beleza do futebol técnico e destemido, vê-lo com a cara de José Mourinho e Ancelotti é sofrível!
E POR FALAR EM SOFREGUIDÃO....rs
O domingo de temperatura amena e de nuvens espassas levantou-me tenso. O meu Fluminense entrará em campo precisando desesperadamente somar três pontos. E apesar de assistir a outros jogos, ler, ouvir música, passear pelas ruas de Londres, maravilhada, a angústia pela peleja de logo mais é o tom do meu dia.
Eu não gosto da escalação do Vanderlei. Reconheço nele um treinador dedicado, lutando por conhecer os 999 atletas do clube, pinçar alguém para ajudar nesse momento terrível. Reconheço o mesmo Luxemburgo de visão de jogo, que sabe avaliar um jogador e arrumar um time de acordo com isso.
Mas, não gosto dessa escalação de hoje. Explico: o meio-campo é algo assustador! Nenhum bendito que saiba armar, criar. Não, não, mil vezes não, Jean não é, nunca foi, nem nunca será um meia-atacante! É um volante que sabe chegar ao ataque, mas criar? Não! Não! Mil vezes não!
Por isso, abriria mão do Edinho - afinal, o Vitória é um time leve e jogará no contra-ataque, possibilitando com que Diguinho possa fazer essa cobertura - e entraria com Felipe ou Eduardo, ou seja, alguém com a característica de armação, que saiba se movimentar em X, rodar o jogo, dar passes de mais de cinco metros!
Não, não gosto da escalação de hoje. O time precisa vencer de qualquer jeito! Precisa fazer seu gol para tranquilizar-se em campo. Rafinha não é jogador ofensivo. É apenas outro Jean. Marcos Jr, por ser rápido e finalizador, deveria jogar aberto, como Biro Biro.
Não, não gosto da escalação de hoje, embora reconheça que Vanderlei Luxemburgo tem feito de tudo, tem sido dedicado, tem jogado junto. Que isso ajude. Que a torcida tricolor limpe os ares, ilumine o time que anda mal das pernas, ou melhor, dos pés e saiamos do Maraca aliviados!
Em nome do pai...
...do filho
...amém
....Ai, ai, ai...
Abraços, pessoal.
Bom domingo!
Fraternalmente,
Crys Bruno.
Eu não gosto da escalação do Vanderlei. Reconheço nele um treinador dedicado, lutando por conhecer os 999 atletas do clube, pinçar alguém para ajudar nesse momento terrível. Reconheço o mesmo Luxemburgo de visão de jogo, que sabe avaliar um jogador e arrumar um time de acordo com isso.
Luxemburgo treina o time do Fluminense. Foto: Edgar Maciel de Sá\Globo Esporte.com |
Mas, não gosto dessa escalação de hoje. Explico: o meio-campo é algo assustador! Nenhum bendito que saiba armar, criar. Não, não, mil vezes não, Jean não é, nunca foi, nem nunca será um meia-atacante! É um volante que sabe chegar ao ataque, mas criar? Não! Não! Mil vezes não!
Por isso, abriria mão do Edinho - afinal, o Vitória é um time leve e jogará no contra-ataque, possibilitando com que Diguinho possa fazer essa cobertura - e entraria com Felipe ou Eduardo, ou seja, alguém com a característica de armação, que saiba se movimentar em X, rodar o jogo, dar passes de mais de cinco metros!
Não, não gosto da escalação de hoje. O time precisa vencer de qualquer jeito! Precisa fazer seu gol para tranquilizar-se em campo. Rafinha não é jogador ofensivo. É apenas outro Jean. Marcos Jr, por ser rápido e finalizador, deveria jogar aberto, como Biro Biro.
Não, não gosto da escalação de hoje, embora reconheça que Vanderlei Luxemburgo tem feito de tudo, tem sido dedicado, tem jogado junto. Que isso ajude. Que a torcida tricolor limpe os ares, ilumine o time que anda mal das pernas, ou melhor, dos pés e saiamos do Maraca aliviados!
Em nome do pai...
...do filho
...amém
....Ai, ai, ai...
Abraços, pessoal.
Bom domingo!
Fraternalmente,
Crys Bruno.
Crys, o Luxemburgo deve entrar com o Felipe no segundo tempo. Vamos ver e rezar rsrsrs
ResponderExcluirST
Rezando Lili hehe
ResponderExcluirCrys, embeveço-me, com a sua sapiência acerca do nosso "esporte bretão".
ResponderExcluirTenho orgulho de tê-la como tricolor!
ST4
Maturana, querido. Puxa, obrigada. De coração. Maior barato receber a atenção e generosidade de vcs.
ResponderExcluir