quinta-feira, 17 de julho de 2014

Pausa.

Oi, pessoal.
Eu precisarei tirar uns dias para uma pausa. 
Deixo aqui alguns textos meus que foram muito bem recebidos por vocês sobre a Copa do Mundo.
Super grata.
Fraternalmente, Crys Bruno.








terça-feira, 15 de julho de 2014

Por fim, o Brasil.




Oi, pessoal.


"Foi magnífico!", exclamou o repórter da BBC, ao se despedir com a última matéria sobre a Copa do Mundo, no tradicional jornal do meio-dia da segunda-feira. "- É, sem dúvida, a atmosfera mais amigável que já se viu numa Copa do Mundo", disparou Gary Lineker, artilheiro da Copa de 86, na transmissão da final.


Não foram poucos os elogios à hospitalidade e a alegria dos brasileiros e a satisfação de estarem no "país do futebol", fazendo os programas esportivos de bermuda, em plena praia de Copacabana. A surpresa foi ver tanta pobreza nas inúmeras visitas as favelas, especialmente, no Rio de Janeiro. 


Os problemas de infra-estrutura, com estádios inacabados, e serviços, em vários jogos faltaram alimentação, bebida e troco, ainda no intervalo, não foram esquecidos mas foram pouco mencionados. Motivo: os brasileiros. Foi a impressão que tive, aqui, na Inglaterra, onde acompanhei tanto a Copa de 2010, da África, quanto "a nossa."



Algumas imagens de torcedores do mundo todo, inclusive "os rivais" argentinos, curtindo e brincando na Copa.


Em 2010, o tom da TV Inglesa foi bastante crítico com a organização. Furtos nos hotéis e ingressos doados as pessoas para que o jogo não ficasse completamente vazio eram diariamente mencionados. Já com o Brasil, não. Pelo contrário. Não teve um dia em que eles não comentasse, maravilhados, a relação de paixão e alegria do brasileiro com o futebol.



Não pelos elogios em si, mas pelo dever cumprido. Era nosso dever iluminar. Somos o coração do mundo. E num momento histórico em que a violência, a corrupção e a criminalidade nos comandam, mandam e desmandam, o maior legado da Copa foi o reencontro do brasileiro com o brasileiro. Somos ainda, sim, o que sempre fomos: um povo do bem.


Parabéns e obrigada, meus compatriotas! 


MAS, NO CAMPO....O MAIOR FIASCO DA HISTÓRIA.





Uma pena que, no campo, a Seleção Brasileira protagonizou o maior fiasco já visto na história do futebol. Como eu escrevi nos últimos dias, o Brasil jogou a Copa como se carregasse um fardo insuportável. E até os que se salvaram tecnicamente, como Thiago Silva, mostraram um descontrole emocional completo. Primeiro, de comover; depois, de assombrar.



Um time com um sistema de jogo previsível, imóvel, tosco.  Um time sem nenhum talento no meio-campo, cheios de volantes que só marcam e mesmo assim, marcam mal, já que o meia ofensivo, Oscar, foi quem mais desarmou. Um time de Felipão: além de ter mais jogadores defensivos que ofensivos, estes últimos voltam na defesa para marcar. Um time pequeno. Assim foi o Brasil.



Bem, como falar da Seleção Brasileira tem doído, vou dizer apenas o que espero e torço, torço muito para que responsáveis consigam resgastar o futebol brasileiro "antigo", ou seja, o futebol que a Espanha copiou, de acordo com declarações de um dos seus principais e mais vitoriosos treinadores, Pep Guardiola. 


Scolari mostra seus números após vexame de 7x1: uma geração de técnicos ultrapassada.



O estilo de jogo brasileiro não tem nada a ver com o alemão. Nem nunca terá. E não há problema nisso. Não tem nada que ficar copiando nada! Não enlouqueçam! A Alemanha, segundo declarou um dos gestores dessa melhora, Paul Breitner, copiou o futebol do Barcelona. O futebol do Barcelona!! Aquele mesmo que seu treinador, Guardiola, declarou que se inspirava no futebol brasileiro "antigo". Então, não temos que imitar ninguém. Nós temos apenas que resgastar o que sempre fomos: o nosso toque de bola e habilidade individual.



Os alemães demoraram 10 anos para montar um time com todos os jogadores sabendo dar um passe, se deslocar, tocar de primeira, enfim, deram mais recurso técnico ao atleta. Não podiam mais ter craques como Ballack, jogando ao lado de maioria muito limitada, sem bom passe e dinamismo. Como futebol é coisa séria, não se brinca com paixão, eles se mobilizaram nesse sentido de melhorar tecnicamente seus jogadores naturalmente duros.


O Brasil não precisa desse trabalhão todo. É da nossa natureza latina o jeito para a habilidade com a bola. O trabalho da nossa parte será apenas, que seja pelo menos esse, da mudança de foco e valoração nas divisões de base, na formação de jogadores e nos times profissionais. Resumidamente, eu "ouso", com base na minha paixão e admiração por nosso futebol, sugerir:


- como por conta da violência e a tecnologia as crianças não jogam mais futebol na rua, onde historicamente desenvolvia a habilidade, nós não podemos ter professores de educação física nas escolinhas e na base, sem um ex-jogador para orientar o treino técnico.


- ter treino técnico. Futebol é uma arte. Quem quiser ser jogador, precisa aprender as técnicas do jogo, como o domínio de bola, o passe, o cabeceio, os deslocamentos, enfim, os fundamentos do futebol. Para isso, não se pode ter SÓ um professor de educação física que nunca jogou futebol ensinando os meninos. É como pedir um dentista que ensine piano. 


Ex-jogadores Narciso e Fernando Diniz são exemplos de bom trabalho na formação de jogadores.
O futebol brasileiro precisa de mais boleiros e menos marketeiros.



 - parar de elogiar, justificar e aceitar que nossos técnicos entupam nossos times de jogadores limitados. Mesmo se escolherem a retranca, jogar com quem sabe jogar bola é o mínimo que nos cabe exigir como torcedores, sócios e consumidores de futebol. E como a Copa mostrou na cara, futebol é muito simples: se seu time tem qualidade ou é grande, ataque; se seu time não tem qualidade ou não é grande, defenda. Se seu time não fica a dever nada a ninguém, cobre um futebol ofensivo. Até a Austrália atacou a Holanda! 


Ou resgatamos os nossos camisas 8 ( jogador de meio campo que saiba dar um passe frontal, armar, criar, como tivemos um Gerson, o Sócrates, o Delei, Zenon) e os camisas 10 (o ponta-de-lança, que arma como o 8 e também finaliza, define como um atacante) na base e no profissional, já(!) ou nada vai mudar nem adiantar nada e perderemos de vez, nos próximos dez anos, um dos nossos maiores e poucos orgulhos...


Tite deve ser o novo técnico do Brasil.
Mesma linha de Felipão e Parreira.



POR FIM MAS NÃO MENOS IMPORTANTE... 


Técnico estrangeiro só se for com perfil de jogo do futebol brasileiro "antigo". Guardiola, Bielsa, Perkeman são alguns nomes que me agradariam. É hora de baixar a crista e deixá-los reencontrar nossos camisas 8 e 10 que essa geração de treinadores brasileiros detesta. No entanto, eu acho difícil que a soberba das pessoas do nosso futebol aceite receber ordem de um técnico estrangeiro.

O fundamental então é ser alguém que busque o craque. Onde estão o Xavi, o Schweisteiger e o Pirlo brasileiros?! Onde estão? Cadê eles? Vêm! Voltem! Calcem as chuteiras! Mesmo nossos técnicos os detestando, os gramados brasileiros clamam por vocês! 

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E AMANHÃ JÁ TEM FLUZÃO! OBA!

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Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

Um show alemão



Jogadores alemães posam com a taça: campeões do mundo deram um show: de bola, desportividade e simpatia.






Oi, pessoal.


Um show! Um show de bola, um show de desportividade, um show de alegria e simpatia foi a Alemanha que arrebatou milhares de corações brasileiros e a taça. A taça do mundo é deles. Poucas vezes eu vi um time de futebol merecer tanto ser chamado de campeão como essa Alemanha.



Um show! Um show de bola!  Ao lado do Brasil e da Itália, a Alemanha é uma potência do futebol e sempre foi ofensiva. Se a Itália é conhecida como o rei da defesa e o Brasil era o rei do talento individual, do improviso, os alemães sempre foram conhecidos por unir força e técnica, mas sempre com ofensividade, "agredindo" o adversário, como um time grande deve jogar.



Gotze, a jóia alemã de 22 anos, marca um golaço na vitória do Tetra.




A Seleção que lhe deu o tetra é assim. Com a ofensividade de sempre, há força, uma questão da natureza física do germânico. Há técnica, uma busca que foi intensamente trabalhada nos últimos anos, na mudança de mentalidade na formação dos seus jogadores, como explicou um dos gestores, o ex-jogador Paul Breitner, em entrevista à ESPN-Brasil e também numa participação ao Arena SporTV, ano passado:



"- Nós entendemos que era preciso mudar o estilo de jogar porque o futebol que se jogava na década de 90 estava ultrapassado por conta do Barcelona. Saímos de só treinar fisicamente, de ter mais condicionamento físico e menos técnica. Então nós percebemos que tínhamos que voltar aos treinos técnicos tanto quanto físico, treinar habilidades. Então, começamos com os jovens."


Assiste o breve relato de Paul Breitner, em 2013.





Um show! Um show de desportividade! Desde quando chegaram no povoado de Santo André, em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, os jogadores alemães abraçaram o local e sua população. Dançaram com índios pataxó, jogaram futebol numa escola pública, doando R$ 30 mil reais aos primeiros e pagando a reforma de um centro esportivo para as crianças. No campo, ao aplicarem uma goleada humilhante na Seleção Brasileira, mostraram o quão grandiosos são, tratando seu adversário com respeito e carinho.




Em vários momentos, os jogadores alemães abraçaram o Brasil.


Um show! Um show de simpatia! Eles afirmaram que foram bem recebidos pelos brasileiros na Bahia, no entanto, foram os alemães que receberam os baianos com impressionante calor. Com isso, quebraram mitos que muitos de nós, brasileiros, costumávamos repetir, do tipo: "Alemão é frio."


Eles curtiram a Copa como ninguém. E levaram esse astral para dentro de campo, demonstrando o prazer de estarem lá. Ao contrário da Seleção Brasileira, que jogou uma Copa como se carregasse um insuportável fardo.


Schweisteiger: o meu craque da Copa.
Escolha de Messi: mico da FIFA.

Um show! Um show de bola, desportividade e simpatia.

Um show de futebol.

Que o Brasil tenha humildade para redescobrir seu futebol. Que o Brasil invista novamente e mais em talentos e menos nos brucutus. Que seja o fim da Era Dunga.

Parabéns, Alemanha! E obrigada. O futebol agradece.






Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.


quarta-feira, 9 de julho de 2014

Perplexidade e esperança

Mesmo com dois volantes de contenção, Brasil levou cinco gols no primeiro tempo, quatro deles em seis minutos.



Oi, pessoal.


Nosso maior vexame, a pior e mais humilhante derrota de todos os tempos, dentro do nosso país, está repercutindo, como se já não bastassem aqueles noventa minutos. O Brasil, pais do futebol, vive horas de perplexidade e dia em que virou piada mundial.


Hora de engolir a seco, juntar os cacos, identificar e consertar os erros. Como eu escrevi no último dia 4 de julho, eu não caio mais com tanta frequência em balelas do tipo, "foi problema emocional", "compramos ou vendemos a Copa", "foi apagão" e etc: o problema do Brasil é de postura e organização táticas, recurso técnico individual e falta de talento.


Ou consertamos esses erros, em nossos times e na formação dos nossos jogadores ou não adiantará nada sofrer uma derrota humilhante de SETE (!), dentro de casa, numa semifinal de Copa do Mundo!...


 Hora de resgatar nossa essência, porque "futebol moderno" é como a Alemanha joga e a Alemanha joga como um Brasil do "futebol antigo". Como costumo dizer, nada mais antigo que o futebol moderno e como a Alemanha nos mostrou, nada mais moderno que o futebol antigo.


Após sofrer maior vexame da história, técnico brasileiro voltou a mostrar sua qualidade, assumindo a responsabilidade.
Mesmo taticamente ultrapassado, Felipão não contou com mais jogadores de talento como Neymar.



Desde a derrota para a Itália, em 82, que os treinadores (de física) do Brasil, como Zagalo, Parreira, Claudio Coutinho, Lazaroni, trabalharam para descaracterizar nosso estilo de jogo. Eles conseguiram. Primeiro, acabaram com os nossos pontas; depois, com nossos armadores e, finalmente, nossos camisas 10. Hora de resgatá-los. Hora de reabrir as portas do campo para eles voltarem. Hora de voltar a valorizá-los.


E eu tenho esperança que isso irá acontecer, porque somos o Brasil, o pais do futebol, sim. E só diga o contrário quando algum país cravar no escudo mais estrelas que temos. Hoje eu estou assim: ainda perplexa, mas com esperança. Hoje eu não consigo escrever mais nada...


Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.

Clique aqui para ler o post do dia 4 de julho.


terça-feira, 8 de julho de 2014

Clássico é Clássico

As prováveis escalações de Brasil e Alemanha para o confronto de logo mais.



Oi, pessoal.



Demorei para descobrir porque o jargão futebolístico "Clássico não tem favorito" existia. À princípio, eu achava história de imprensa para motivar o jogo. Mas, não. Há uma verdade nisso também. E é quando duas equipes com história e camisa se enfrentam e mesmo um dos times sendo inferior tecnicamente, vence.


Hoje, Brasil e Alemanha vão disputar uma vaga na final da Copa sob esse contexto. Nitidamente a nossa Seleção é inferior tecnicamente mas, clássico não tem favorito. Dá para vencer a Alemanha. A questão é: qual o melhor caminho para isso? 


Luis Felipe Scolari é um técnico de time pequeno. Porque sua mentalidade de jogo preferida e a que ele sabe usar, é utilizada quando o time é o franco atirador, o azarão. Nos times brasileiros, pôde ser assim. Aliás, ainda pode.




Paulinho deverá ganhar nova chance.


Em 2002, ele soube usar a retranca sem vergonha de fazê-lo porque tinha três estupendos jogadores do meio-campo para frente para decidirem: Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Ronaldo. E assim foi. 


Nessa Copa, só Neymar é desse nível. O que fazer? Fechar mais a defesa ou melhorar tecnicamente o meio-campo? Para a mentalidade de Scolari, fechar mais a defesa e jogar por uma bola. Para hoje, seu trio será Oscar, Hulk e Fred. Paulinho, a grande decepção técnica do grupo, terá nova chance. Três volantes... e seja o que Deus quiser!


A escolha se justifica: Felipão sabe que o Brasil é inferior. A mentalidade não se justifica: somos o Brasil e tínhamos condição, com William no lugar de Paulinho, de ter um time mais leve e técnico, sem desguarnecer a defesa. 

MAS...

Jornais do mundo destacam o confronto da Semifinal da Copa


Clássico é Clássico. E num jogo assim, tudo pode acontecer, até o time inferior tecnicamente pode vencer. É assim no futebol. Por isso, muito axé para a nossa Seleção! E que venha a Alemanha!


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Toques Rápidos:


- Eu acho que a escalação de Klose será melhor para o Brasil. O centroavante alemão joga mais fixo e isso facilita nossa marcação, até porque, com Klose, Muller, o jogador de área alemão mais perigoso, vai para o lado do campo. 

- Ozil é um estupendo camisa 10 mas não faz uma boa Copa, sentindo a imensa cobrança da imprensa de seu país. Tomara que ele não decida jogar hoje...

- Seja como for, que lembremos de não tirar nunca de um desportista o direito de perder.

- Seja como for, que vença "o pior!" risos

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Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.

sábado, 5 de julho de 2014

Euforia e água fria

Neymar sofre uma joelhada nas costas, quebra uma vértrebra e está fora da Copa, mas voltará a jogar futebol.



Oi, pessoal.


Vencemos a Colômbia com a melhor apresentação da Seleção na Copa, especialmente, no primeiro tempo, com o time mais adiantado, marcando pressão, com intensidade de jogo.


No segundo tempo, a estratégia escolhida por Scolari e aceita pelos jogadores foi de "fechar a casinha". Com isso, o time ficou atrás da linha da bola, atraindo, perigosamente, a Colômbia em seu campo, para encaixar um contra-ataque. 


Com chutões , Neymar e Fred passaram a receber "melancias" e o Brasil nada criou na etapa complementar, até Hulk partir da defesa, fazer boa jogada e sofrer uma falta, que David Luiz cobrou com perfeição e beleza: um golaço! Lembrando as cobranças magistrais do lateral Nelinho! O Brasil explodia de alegria!


David Luiz explode de emoção ao marcar um golaço de falta.



Dois a zero. Com dois gols de bola parada, marcados pelos nossos zagueiros. Estava valendo e muito! Tínhamos o jogo controlado pela primeira vez na Copa e nem a pressão da Colômbia nos minutos finais após o pênalti convertido por James Rodrigues nos fez sofrer grandes riscos.


MAS... aos 41 minutos do segundo tempo, um lance que poderá mudar a sorte do Brasil na competição: o lateral colombiano, Zuniga, entrou de joelhos para machucar o adversário e conseguiu. Não esperava que alcançaria tamanha gravidade, não imaginava que, por centímetros, quase aleijou um companheiro de profissão. 


Zuniga sobe de joelhos sobre Neymar.



Neymar foi a sua vítima. Como já vinha sendo nos jogos do Brasil, um alvo de entradas pesadas. Ontem, a joelhada o tirou da Copa, fazendo o Brasil perder seu craque, um craque que tem a cara e a alma do futebol brasileiro, aquele futebol brasileiro de Pelé e Garrincha, sendo o talento do time no setor que decide. Lamentável. Dos males, o menor: Neymar voltará a jogar.   


Podemos vencer a Copa sem nosso maior talento? Claro. Mas complicou. Já estão afirmando, os devoradores da nossa paixão, que em 62 perdemos Pelé e fomos campeões ainda assim. Verdade. Só que tem um detalhezinho que não mencionam de propósito: o Brasil tinha muitos talentos. Hoje, só temos Neymar de jogador diferenciado.

MURO VERDE-E-AMARELO: Thiago Silva e David Luiz classificaram o Brasil para as semifinais.


 E, se para a torcida foi um banho de água fria, minutos após o fim da partida que classificou "os chorões" para a semi-final, imagino para os companheiros. Talvez o fato de faltarem SÓ duas partidas transforme o abatimento em força. Terça é semifinal. Que venha a Alemanha!


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TOQUES RÁPIDOS:


- Outra perda imensa foi Thiago Silva, que ontem, mais uma vez, fez uma partida brilhante. Nosso time está tão pilhado que ele tomou o cartão num lance estúpido, porque quis evitar que o goleiro adversário saísse rápido para nos contra-atacar. Pior mesmo foi ainda chutar a bola para o gol.... "Tá difiircirr" (by Leo).


- Paulinho destoou. No primeiro tempo, teve ao seu lado, Hulk, que fazia uma partida horrorosa, individualista, sem ter talento para isso. No segundo, nosso atacante melhorou. Paulinho, não. Continuou se omitindo dos lances para não se comprometer. Quando estamos sem a bola, corre para não chegar; quando estamos com ela, corre para perto de um adversário para não ser opção de passe. Paulinho tem me virado o estômago com isso. Não suporto jogador assim. 

- Fernandinho jogou demais!!! E Maicon, o bom marcador de sempre, fechou a lateral direita. 


Comovente: David Luiz e Dani Alves confortam James: colombiano merece aplausos.


POR FIM, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE:

A elegância e desportividade de um dos maiores jogadores da Alemanha esteve presente, ontem, no programa do SporTV. Lothar Mathaus, ex-jogador alemão, campeão do mundo em 90, opinou:

- Eu tive contato com a Seleção Alemã e todos lamentam muito o que aconteceu com Neymar e a gravidade da contusão. Nós queríamos pegar o Brasil com Neymar, com Thiago Silva. Jogamos para frente, mas se não vencemos, isso não abala, como parece que abalará o Brasil. O Brasil perde muito sem ele. Neymar é a cara do futebol brasileiro.


A partir da esquerda: Carlos Alberto Torres,  Mathaus,  Cannavaro e Passarela fazem programa para o canal brasileiro.


- Como  tem torcedor brasileiro esquisito... quando Neymar brilha, "é muito marketing, ele não é isso tudo!" Quando Neymar sofre, passa a ser acolhido. Eu, hein, gente estranha.


NA PRÓXIMA: "É possível vencer a Alemanha sem Neymar e Thiago Silva? Claro!" De cara, por duas razões bem simples: a Alemanha é mais time, mas não é imbatível; e é o Brasil jogando em casa.




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E HOJE SOU BÉLGICA DE NASCIMENTO! Porque, como eu tenho falado, aceito que percamos a Copa, mas não aceito Argentina sendo campeã em pleno Maracanã nem se tivesse um timaço, ainda mais só tendo Messi e Di Maria. Harzard (Ázar) para os hermanos!!!


As escalações de Argentina e Bélgica;

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MAIS TARDE, TEM HOLANDA E COSTA RICA:



Holanda deve ser a outra semifinalista, apesar de toda beleza da campanha dos costa-riquenhos. Será merecido por ser, ao lado da Alemanha, o time mais regular da competição. E para ser também, finalmente, um pedra grande no caminho fácil da Argentina, caso ela passe.


As escalações de Holanda e Costa Rica para o jogão das 17h!



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Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Quartas: quem segue?

Um jogão sem favorito porque a França está muito bem e a Alemanha sofre mais uma importante baixa: Gotze.


Oi, pessoal.


De cada 10 comentaristas de futebol, 10 colocavam a Alemanha como uma das principais favoritas ao título, com razão. Após perderam duas vezes para o tike-tika da Espanha, em 2010 e 2012, os alemães "acharam" um ataque leve, driblador, finalizador e rápido com o trio Reus, Gotze e Muller.


Esse trio deveria ser acionado por Ozil e Schweinsteiger. Resultado? Um timaço! MAS... Reus foi cortado dias antes da Copa por sofrer grave lesão num amistoso. Schweinsteiger sofreu uma lesão no pé durante os treinos e Gotze está fora das quartas. Isso para não mencionar os jogadores da defesa, como o zagueiro Hummels que fez muita falta contra a perigosa Argélia.


Com isso, a Alemanha é obrigada a ser "comum" em sua escalação para o confronto de daqui a pouco. Se escalar um centroavante fixo, Klose, abrirá o artilheiro Muller nas pontas, perdendo em mobilidade e imprevisibilidade no ataque, a melhor característica desse time. 


Se optar por Khedira, mesmo adiantando Kross ou Schweinsteiger, vai perder na frente um jogador mais finalizador. Conseguirá manter a intensidade de jogo ofensivo assim? 


Do outro lado, uma França equilibrada, um time em que um jogador completa o outro e faz uma Copa muito boa tecnicamente. É importante que seus jogadores estejam rendendo bem, porque, mesmos bons de bola, podem não jogar seu melhor. 

A França, não. Com uma zaga firma, Sacko e Varane fizeram grande temporada por Liverpool e Real Madrid, respectivamente; Debuchy e Evra, como laterais que marcam bem. E do meio para frente, bom passe, agressividade e leveza no jogo de Matuidi que completa Pogba, que completa Valbuena, que completa Griezmann, que fazem essa bola chegar redonda no estupendo centroavante Benzema.

A França será um osso duríssimmo para a Alemanha. E vice-e-versa! Jogão no mais bonito Estádio de futebol do mundo! 

IMPERDÍVEL!

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E MAIS: BRASIL: problema emocional ou arrogância?

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David Luiz vibra com o gol de Fred na vitória sobre a Corácia: discussão do momento é o fator emocional do time.

Oi, pessoal.


Responda rápido: você prefere os chorões Julio César, Thiago Silva, David Luiz e Neymar jogando em seu time ou aqueles que não derramam uma lágrima e não produzem nada como Luiz Gustavo, Paulinho, Hulk ?


É justamente o quarteto de chorões nossos melhores jogadores. Explica-se: eles sabem que recairá sempre nos melhores jogadores todo o inferno dessa nossa mania cruel de crucificar, apedrejar e abominar aqueles que escolhemos como Judas, em caso de derrota brasileira, como se não pudesse existir um adversário melhor que o Brasil. 



David Luiz chora após vitória nos pênaltis sobre o Chile.


Problema emocional dos jogadores ou nossa arrogância? Afinal, por que o Brasil não pode perder uma Copa do Mundo dentro de casa? Somos e continuaremos sendo uma das três maiores potências do futebol mundial, ao lado da Alemanha, que perdeu em casa, em 2006; e da Itália, que perdeu em casa, em 1990. Por que o Brasil não pode? De quem vem a cruel arrogância de tirar de um desportista o direito de perder? 

Quando perdemos em 1950, não éramos ainda uma potência no futebol e foi exatamente ali, com aquele time do genial Zizinho, que nos levou a primeira decisão, o início da trajetória que faz do Brasil, sessenta e quatro anos depois, o maior detentor de títulos do mundo.


Os arrogantes (imprensa e torcida) mudaram a vida de muitos daqueles atletas que foram perseguidos, ridicularizados. Naquele tempo, nossos jogadores só tinham nossos clubes para trabalhar e sofriam essas consequências cruéis com mais gravidade. Carreiras foram destruídas , interrompidas, vidas modificadas pela nossa arrogância. Não aprendemos sobre respeito nem humildade como jornalistas e torcedores.


Hoje em dia, não. Felizmente, a maioria dos jogadores da Seleção Brasileira é valorizada e tem espaço e emprego em clubes, especialmente da Europa. E não terão suas carreiras destruídas nem vidas modificadas pelos arrogantes jornalistas e torcedores brasileiros. Ave, futebol! ENTÃO, THIAGO SILVA, PARE DE CHORAR! DAVID LUIZ , JÚLIO CÉSAR E NEYMAR, PAREM DE CHORAR!!!



Thiago Silva é erguido por Felipão aos prantos após classificação.


Por que não podemos perder uma Copa dentro de casa, se não estamos em nosso melhor momento? Por que isso transformaria jogadores brasileiros em profissionais sem valor? Por que desmerecê-los? Esses rapazes são homens de história heroica, que nos representam, sim, como povo, porque saíram da pobreza, encararam os mais difíceis desafios, humilhações, privações, para realizarem o sonho de jogar futebol. Hoje, ou eles são protagonistas em grandes times ou escrevem, ainda assim, uma carreira limpa e consolidada.


E ao contrário do que dizem os invejosos e recalcados, que "jogador de futebol só quer saber de dinheiro, que não está nem aí se vai perder", essa Seleção se importa, se entrega, e, por saber que será devorada por nós,  alguns jogadores choram de alívio em cada derrota evitada. Mesmo já financeiramente bem de vida, situação conquistada com o suor do corpo de cada um, esses jogadores não querem perder a Copa. Os invejosos e recalcados estão errados: não há um desportista que não se importe em perder.


MAIS QUE ISSO... não há um campeão que não sofra derrotas. Mesmo os grandes como Michael Phelps, Usain Bolt, Roger Federer! Mesmo os grandes campeões não querem perder. Mesmo os grandes campeões perdem. Lembram-se do abatimento da atual campeã do mundo, Espanha? Jogadores campeões do mundo, ídolos mundiais, não superaram uma goleada na estreia e foram derrotados pela angústia da derrota, mais do que pelo Chile.



Por que eu irei desvalorizar um Thiago Silva? Um Julio César? Um Neymar? E até os que não estão bem, como Daniel Alves, Marcelo, Oscar ? Por que, se eles são, de fato, os menos culpados? Problema emocional deles ou nossa arrogância? E arrogância logo de um povo que diz ter repulsa por gente arrogante, gente que se julga superior... Como somos cruéis como torcedores de futebol!



Neymar chora e emocionado, Felipão vai em sua direção.



Nós estamos vendo os jogos e é o quarteto de chorões, que está constrangendo torcedores e a mídia brasileira, que vem segurando os rojões durante a partida e salvando uma Seleção de repertório técnico pobre e posicionamento tático ultrapassado. Nosso problema não é a choradeira, é a falta de talento e falta de um técnico que amenize isso, posicionando e escalando melhor o time. E ouso afirmar: é a falta de companheiros melhores tecnicamente e de técnico, a maior causa da descarga emocional do quarteto virar chororô!!! (risos)



Descompensados? Desequilibrados? Amarelões? Recorri, nos últimos dias, a textos e declarações de especialistas em psicologia do esporte e trarei uma consideração muito peculiar do presidente da associação de psicologia esportiva, José Ricardo Cozac: "O esportista precisa de um ativo. E a emoção é considerada um ativo."

“Pode chorar, é uma forma de extravasar a emoção. Mas, antes de um momento importante e decisivo, ver o goleiro e o capitão chorando, e o treinador, em vez de acalmar e motivar, ficar na beira do campo reclamando da arbitragem e xingando adversários demonstram uma falta de controle emocional das mais perigosas”, alertou.

Cozac absolveu os jogadores, mas criticou o trabalho psicológico feito pela Comissão Técnica com o grupo. Há sim exagero na descarga emocional desses atletas, mas por culpa da falta de um trabalho mais sério e presente sobre o psicológico do time.  E se o trabalho tático e técnico está pífio, imagino numa área que não é de Scolari, Murtosa e Parreira? Não vai adiantar vir em público dizer que está arrependido de ter convocado um jogador, "tirando o seu da reta", porque conhece bem da nossa cultura arrogante e cruel de que se escolher um deles para pôr a culpa.



Capa de um jornal brasileiro destaca: "O choro não é livre."



Como disse ontem, eu não caio com a mesma frequência nessas balelas! O problema do Brasil é tático, é técnico, é de falta de talento, o que sobrecarrega os melhores do time que têm segurado um rojão, ou melhor, uma bomba, porque jogam por dois setores ou defesa e meio ou ataque e meio, sabendo que se o Brasil perder, eles, os melhores, serão "os escolhidos!" para serem arrasados pela arrogância dos jornalistas e torcedores brasileiros. E pelo visto, antes deles e de nós, serão vítimas do "paizão" Luis Felipe Scolari.



E então, se perdermos, será porque o jogador amarelou, aquele falhou, o outro perdeu o gol. Nunca porque o adversário foi melhor, como a Holanda, em 2010. Essa é uma atitude destrutiva porque desvia nossa atenção aos maiores erros que temos cometido. E aponto sem pestanejar, com o olhar simples de uma torcedora comum apaixonada e que acompanha futebol desde 1986 assiduamente, dois dos maiores erros: o tático e da formação do jogador.



Erros de postura tática: nossa Seleção, como nossos times, joga desequilibrada, com mais jogadores defensivos que ofensivos: seis para quatro. E dos quatro ofensivos, Oscar, Hulk e até Neymar são vistos com frequência no campo defensivo. Uma postura tática de time pequeno, não serve para o Brasil. Nem que tenha sido eficiente em 94 (Vale ressaltar que Bebeto e Romário não voltavam para marcar como fazem Hulk e Neymar!). Seleção com mais jogadores defensivos que ofensivos que falharam nós tivemos em 74, 78, 90, 2010... isso prova que são mais ineficientes que eficientes, além de não honrarem o nosso talento porque descaracterizam o nosso futebol "trigueiro".


Thiago Silva, ao lado dos companheiros e não isolado, joga-se no chão.
Neymar, também.
Alívio!



Erros na formação dos nossos jogadores, os mais graves para mim. Deteriorada por preparadores físicos que trabalham só condicionamento, servindo a empresários de atletas que não tem condições de jogar em time de pelada de rua, mas vestem camisas de grandes clubes com salários pomposos, quando ex-jogadores e boleiros deveriam ali estar, escolher e treinar esses meninos que perderam a rua (maior escola do nosso futebol) para a violência e precisam de orientação técnica mais do que física na base.


Se o Brasil, que tem coragem de falar de um zagueiro como Thiago Silva, que vem salvando o time dentro de campo, não tiver a mesma coragem, firmeza e certeza para revolucionar a formação dos jogadores na base, contratando ex-jogadores e boleiros para ensinar aos meninos como excecutar fundamentos básicos do jogo, vai deixar de resolver seu maior problema, atado à crueldade e arrogância que o reveste quando é torcedor de futebol. Cego e infame.


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E HOJE TEM BRASIL X COLÔMBIA!!!

É hora de cornetar o Felipão e escalar a Seleção que ele convocou!

SEM ARREPENDIMENTOS!
SEM PRESSÃO!
E CONFIANTE!
ISSO AQUI É BRASIL! (risos).

O que eu faria para melhorar a Seleção? Melhoraria a qualidade do passe do meio-campo com  jogadores leves no ataque




Se o problema do Brasil é o seu meio-campo, como melhorá-lho?, perguntam os torcedores, preocupados com nossas atuações, às vésperas do confronto contra a Colômbia, hoje, pelas Quartas.


O Brasil tem um meio-campo de jogadores sem talento, sem criatividade, para ajudar na marcação e liberar os laterais. Aliás, outro erro cometido por nossos técnicos que primeiro sacaram do time os pontas para encher o meio-campo de volantes; mas, depois, obrigaram os laterais a funcionarem como pontas; e, com isso, os técnicos sacaram os camisas 10 do time para colocarem mais marcadores no meio-campo a fim de cobrirem os laterais...que nunca serão pontas, porque são jogadores defensivos, não atacantes. (risos).



Jogadores cabisbaixos no fim do jogo contra o México.



Não foi isso?! Não satisfeitos, hoje, eles colocam Hulk, Oscar e Neymar vindo na lateral esquerda defensiva marcar... e engolimos isso porque queremos e, também, porque dizem que futebol é jogado assim agora. Bendita Copa no Brasil! Todos estão vendo que eles vêm mentindo! Quem joga assim são os times médios e pequenos, os azarões. Time grande, como o nosso time de coração e a Seleção Brasileira NÃO PODEM E NÃO JOGAM assim!


Está bem, está bem, mas o que importa agora é o que fazer para melhorar contra a Colômbia ? Eu colocaria Hernanes no lugar de Luiz Gustavo e William no lugar do meu querido Fred, que está muito mal. Concordaria até em sacar Daniel Alves, escalando Maicon, mais marcador, mas como não sei como ele está fisicamente, já que sentiu uma fisgada na coxa, mantive o Daniel...


Marcelo pula para cortar a bola: lateral é um dos mais criticados.



Buscaria, com isso, melhorar a qualidade do nosso passe, sem perder na marcação, aliás, até ganhar, já que Luiz Gustavo e Paulinho estão marcando mal. Também ganharíamos em experiência... Hernanes é um jogador acostumado com pressão e futebol marcador. Joga na Itália há anos. Defendeu a Lazio e hoje é titular da Inter de Milão. Não pode ser banco para os supracitados...



Na frente, precisamos de mobilidade, deslocamentos, técnica para tabelas, infiltrações. Como Fred não está bem, desfaz-se um ataque que jogue fixo, este facilita o adversário. Por isso, optaria em pôr um meia-ofensivo, leve e técnico, como o William, para empurrar o time mais à frente, fazer nossa marcação ofensiva, subindo nossas linhas. Algo que vimos contra a Espanha, ano passado, na final da Copa das Confederações.


Até admitiria sacar o Hulk e pôr Bernard, deixando o ataque rodando, sem posição fixa, entre os quatros rápidos e habilidosos atacantes: Bernard, Oscar, William e Neymar. Um time com jogadores com essas características colocaria o Brasil novamente no estilo "atual" do "futebol moderno". E, curiosamente, é o que mais elogiam na Colômbia!

Ignorado por Luiz Gustavo (17) que deixou o lance, Alexis Sanches entra livre na área para marcar o gol do Chile.



MAS... a realidade será outra e Felipão escolherá pôr mais um zagueiro e voltar com Paulinho, um rapaz que em três partidas não fez absolutamente nada! E ainda atrapalhou!


O terceiro zagueiro pode até funcionar, se David Luiz ficasse centralizado, atuando como um primeiro volante. Para justificar o terceiro zagueiro, só escalando mais um jogador ofensivo, não, mais dois volantes que não criam (Paulinho e Fernandinho). Isso apenas manterá o desequilíbrio e a falta de criatividade do setor, nosso maior problema.


Tudo bem, eu bem sei que ser técnico do Brasil é fácil... nas derrotas, a culpa é sempre do jogador. Julio César, em 2010, foi mais criticado que Dunga; Ronaldinho Gaúcho, esse gênio, não disputou as duas últimas Copas porque foi o culpado em 2006, por tocar tantã e cantar samba, enquanto Parreira foi absolvido, mesmo escalando dois centroavantes sem mobilidade, dois "Fredis"...



Fred disputa a bola no ar: centroavante joga isolado e está mal tecnicamente.



E agora, pela primeira vez em nossa história, será um problema emocional...esse time deve ser colegial..."o time procurou seu capitão para ganhar força e não o achou"... Coitadinhos dos companheiros desse capitão... todos colegiais, disputando, pela primeira vez, uma olímpiada na escola... deve ser.


Vocês já têm uma carreira consolidada e já são respeitados. Continuarão tendo e sendo, mesmo se perderem a Copa. PAREM DE CHORAR, THIAGO SILVA, NEYMAR, DAVID LUIZ, JULIO CESAR...


Poupe-me!

MAS NÃO POUPEM A COLÔMBIA! (risos).

P'RA FRENTE, BRASIL!


Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.

Brasil: problema emocional ou arrogância?

David Luiz vibra com o gol de Fred na vitória sobre a Corácia: discussão do momento é o fator emocional do time.

Oi, pessoal.


Responda rápido: você prefere os chorões Julio César, Thiago Silva, David Luiz e Neymar jogando em seu time ou aqueles que não derramam uma lágrima e não produzem nada como Luiz Gustavo, Paulinho, Hulk ?


É justamente o quarteto de chorões nossos melhores jogadores. Explica-se: eles sabem que recairá sempre nos melhores jogadores todo o inferno dessa nossa mania cruel de crucificar, apedrejar e abominar aqueles que escolhemos como Judas, em caso de derrota brasileira, como se não pudesse existir um adversário melhor que o Brasil. 



David Luiz chora após vitória nos pênaltis sobre o Chile.


Problema emocional dos jogadores ou nossa arrogância? Afinal, por que o Brasil não pode perder uma Copa do Mundo dentro de casa? Somos e continuaremos sendo uma das três maiores potências do futebol mundial, ao lado da Alemanha, que perdeu em casa, em 2006; e da Itália, que perdeu em casa, em 1990. Por que o Brasil não pode? De quem vem a cruel arrogância de tirar de um desportista o direito de perder? 

Quando perdemos em 1950, não éramos ainda uma potência no futebol e foi exatamente ali, com aquele time do genial Zizinho, que nos levou a primeira decisão, o início da trajetória que faz do Brasil, sessenta e quatro anos depois, o maior detentor de títulos do mundo.


Os arrogantes (imprensa e torcida) mudaram a vida de muitos daqueles atletas que foram perseguidos, ridicularizados. Naquele tempo, nossos jogadores só tinham nossos clubes para trabalhar e sofriam essas consequências cruéis com mais gravidade. Carreiras foram destruídas , interrompidas, vidas modificadas pela nossa arrogância. Não aprendemos sobre respeito nem humildade como jornalistas e torcedores.


Hoje em dia, não. Felizmente, a maioria dos jogadores da Seleção Brasileira é valorizada e tem espaço e emprego em clubes, especialmente da Europa. E não terão suas carreiras destruídas nem vidas modificadas pelos arrogantes jornalistas e torcedores brasileiros. Ave, futebol! ENTÃO, THIAGO SILVA, PARE DE CHORAR! DAVID LUIZ , JÚLIO CÉSAR E NEYMAR, PAREM DE CHORAR!!!



Thiago Silva é erguido por Felipão aos prantos após classificação.


Por que não podemos perder uma Copa dentro de casa, se não estamos em nosso melhor momento? Por que isso transformaria jogadores brasileiros em profissionais sem valor? Por que desmerecê-los? Esses rapazes são homens de história heroica, que nos representam, sim, como povo, porque saíram da pobreza, encararam os mais difíceis desafios, humilhações, privações, para realizarem o sonho de jogar futebol. Hoje, ou eles são protagonistas em grandes times ou escrevem, ainda assim, uma carreira limpa e consolidada.


E ao contrário do que dizem os invejosos e recalcados, que "jogador de futebol só quer saber de dinheiro, que não está nem aí se vai perder", essa Seleção se importa, se entrega, e, por saber que será devorada por nós,  alguns jogadores choram de alívio em cada derrota evitada. Mesmo já financeiramente bem de vida, situação conquistada com o suor do corpo de cada um, esses jogadores não querem perder a Copa. Os invejosos e recalcados estão errados: não há um desportista que não se importe em perder.


MAIS QUE ISSO... não há um campeão que não sofra derrotas. Mesmo os grandes como Michael Phelps, Usain Bolt, Roger Federer! Mesmo os grandes campeões não querem perder. Mesmo os grandes campeões perdem. Lembram-se do abatimento da atual campeã do mundo, Espanha? Jogadores campeões do mundo, ídolos mundiais, não superaram uma goleada na estreia e foram derrotados pela angústia da derrota, mais do que pelo Chile.



Por que eu irei desvalorizar um Thiago Silva? Um Julio César? Um Neymar? E até os que não estão bem, como Daniel Alves, Marcelo, Oscar ? Por que, se eles são, de fato, os menos culpados? Problema emocional deles ou nossa arrogância? E arrogância logo de um povo que diz ter repulsa por gente arrogante, gente que se julga superior... Como somos cruéis como torcedores de futebol!



Neymar chora e emocionado, Felipão vai em sua direção.



Nós estamos vendo os jogos e é o quarteto de chorões, que está constrangendo torcedores e a mídia brasileira, que vem segurando os rojões durante a partida e salvando uma Seleção de repertório técnico pobre e posicionamento tático ultrapassado. Nosso problema não é a choradeira, é a falta de talento e falta de um técnico que amenize isso, posicionando e escalando melhor o time. E ouso afirmar: é a falta de companheiros melhores tecnicamente e de técnico, a maior causa da descarga emocional do quarteto virar chororô!!! (risos)



Descompensados? Desequilibrados? Amarelões? Recorri, nos últimos dias, a textos e declarações de especialistas em psicologia do esporte e trarei uma consideração muito peculiar do presidente da associação de psicologia esportiva, José Ricardo Cozac: "O esportista precisa de um ativo. E a emoção é considerada um ativo."

“Pode chorar, é uma forma de extravasar a emoção. Mas, antes de um momento importante e decisivo, ver o goleiro e o capitão chorando, e o treinador, em vez de acalmar e motivar, ficar na beira do campo reclamando da arbitragem e xingando adversários demonstram uma falta de controle emocional das mais perigosas”, alertou.

Cozac absolveu os jogadores, mas criticou o trabalho psicológico feito pela Comissão Técnica com o grupo. Há sim exagero na descarga emocional desses atletas, mas por culpa da falta de um trabalho mais sério e presente sobre o psicológico do time.  E se o trabalho tático e técnico está pífio, imagino numa área que não é de Scolari, Murtosa e Parreira? Não vai adiantar vir em público dizer que está arrependido de ter convocado um jogador, "tirando o seu da reta", porque conhece bem da nossa cultura arrogante e cruel de que se escolher um deles para pôr a culpa.



Capa de um jornal brasileiro destaca: "O choro não é livre."



Como disse ontem, eu não caio com a mesma frequência nessas balelas! O problema do Brasil é tático, é técnico, é de falta de talento, o que sobrecarrega os melhores do time que têm segurado um rojão, ou melhor, uma bomba, porque jogam por dois setores ou defesa e meio ou ataque e meio, sabendo que se o Brasil perder, eles, os melhores, serão "os escolhidos!" para serem arrasados pela arrogância dos jornalistas e torcedores brasileiros. E pelo visto, antes deles e de nós, serão vítimas do "paizão" Luis Felipe Scolari.



E então, se perdermos, será porque o jogador amarelou, aquele falhou, o outro perdeu o gol. Nunca porque o adversário foi melhor, como a Holanda, em 2010. Essa é uma atitude destrutiva porque desvia nossa atenção aos maiores erros que temos cometido. E aponto sem pestanejar, com o olhar simples de uma torcedora comum apaixonada e que acompanha futebol desde 1986 assiduamente, dois dos maiores erros: o tático e da formação do jogador.



Erros de postura tática: nossa Seleção, como nossos times, joga desequilibrada, com mais jogadores defensivos que ofensivos: seis para quatro. E dos quatro ofensivos, Oscar, Hulk e até Neymar são vistos com frequência no campo defensivo. Uma postura tática de time pequeno, não serve para o Brasil. Nem que tenha sido eficiente em 94 (Vale ressaltar que Bebeto e Romário não voltavam para marcar como fazem Hulk e Neymar!). Seleção com mais jogadores defensivos que ofensivos que falharam nós tivemos em 74, 78, 90, 2010... isso prova que são mais ineficientes que eficientes, além de não honrarem o nosso talento porque descaracterizam o nosso futebol "trigueiro".


Thiago Silva, ao lado dos companheiros e não isolado, joga-se no chão.
Neymar, também.
Alívio!



Erros na formação dos nossos jogadores, os mais graves para mim. Deteriorada por preparadores físicos que trabalham só condicionamento, servindo a empresários de atletas que não tem condições de jogar em time de pelada de rua, mas vestem camisas de grandes clubes com salários pomposos, quando ex-jogadores e boleiros deveriam ali estar, escolher e treinar esses meninos que perderam a rua (maior escola do nosso futebol) para a violência e precisam de orientação técnica mais do que física na base.


Se o Brasil, que tem coragem de falar de um zagueiro como Thiago Silva, que vem salvando o time dentro de campo, não tiver a mesma coragem, firmeza e certeza para revolucionar a formação dos jogadores na base, contratando ex-jogadores e boleiros para ensinar aos meninos como excecutar fundamentos básicos do jogo, vai deixar de resolver seu maior problema, atado à crueldade e arrogância que o reveste quando é torcedor de futebol. Cego e infame.


@@@
E HOJE TEM BRASIL X COLÔMBIA!!!

É hora de cornetar o Felipão e escalar a Seleção que ele convocou!

SEM ARREPENDIMENTOS!
SEM PRESSÃO!
E CONFIANTE!
ISSO AQUI É BRASIL! (risos).

O que eu faria para melhorar a Seleção? Melhoraria a qualidade do passe do meio-campo com  jogadores leves no ataque




Se o problema do Brasil é o seu meio-campo, como melhorá-lho?, perguntam os torcedores, preocupados com nossas atuações, às vésperas do confronto contra a Colômbia, hoje, pelas Quartas.


O Brasil tem um meio-campo de jogadores sem talento, sem criatividade, para ajudar na marcação e liberar os laterais. Aliás, outro erro cometido por nossos técnicos que primeiro sacaram do time os pontas para encher o meio-campo de volantes; mas, depois, obrigaram os laterais a funcionarem como pontas; e, com isso, os técnicos sacaram os camisas 10 do time para colocarem mais marcadores no meio-campo a fim de cobrirem os laterais...que nunca serão pontas, porque são jogadores defensivos, não atacantes. (risos).



Jogadores cabisbaixos no fim do jogo contra o México.



Não foi isso?! Não satisfeitos, hoje, eles colocam Hulk, Oscar e Neymar vindo na lateral esquerda defensiva marcar... e engolimos isso porque queremos e, também, porque dizem que futebol é jogado assim agora. Bendita Copa no Brasil! Todos estão vendo que eles vêm mentindo! Quem joga assim são os times médios e pequenos, os azarões. Time grande, como o nosso time de coração e a Seleção Brasileira NÃO PODEM E NÃO JOGAM assim!


Está bem, está bem, mas o que importa agora é o que fazer para melhorar contra a Colômbia ? Eu colocaria Hernanes no lugar de Luiz Gustavo e William no lugar do meu querido Fred, que está muito mal. Concordaria até em sacar Daniel Alves, escalando Maicon, mais marcador, mas como não sei como ele está fisicamente, já que sentiu uma fisgada na coxa, mantive o Daniel...


Marcelo pula para cortar a bola: lateral é um dos mais criticados.



Buscaria, com isso, melhorar a qualidade do nosso passe, sem perder na marcação, aliás, até ganhar, já que Luiz Gustavo e Paulinho estão marcando mal. Também ganharíamos em experiência... Hernanes é um jogador acostumado com pressão e futebol marcador. Joga na Itália há anos. Defendeu a Lazio e hoje é titular da Inter de Milão. Não pode ser banco para os supracitados...



Na frente, precisamos de mobilidade, deslocamentos, técnica para tabelas, infiltrações. Como Fred não está bem, desfaz-se um ataque que jogue fixo, este facilita o adversário. Por isso, optaria em pôr um meia-ofensivo, leve e técnico, como o William, para empurrar o time mais à frente, fazer nossa marcação ofensiva, subindo nossas linhas. Algo que vimos contra a Espanha, ano passado, na final da Copa das Confederações.


Até admitiria sacar o Hulk e pôr Bernard, deixando o ataque rodando, sem posição fixa, entre os quatros rápidos e habilidosos atacantes: Bernard, Oscar, William e Neymar. Um time com jogadores com essas características colocaria o Brasil novamente no estilo "atual" do "futebol moderno". E, curiosamente, é o que mais elogiam na Colômbia!

Ignorado por Luiz Gustavo (17) que deixou o lance, Alexis Sanches entra livre na área para marcar o gol do Chile.



MAS... a realidade será outra e Felipão escolherá pôr mais um zagueiro e voltar com Paulinho, um rapaz que em três partidas não fez absolutamente nada! E ainda atrapalhou!


O terceiro zagueiro pode até funcionar, se David Luiz ficasse centralizado, atuando como um primeiro volante. Para justificar o terceiro zagueiro, só escalando mais um jogador ofensivo, não, mais dois volantes que não criam (Paulinho e Fernandinho). Isso apenas manterá o desequilíbrio e a falta de criatividade do setor, nosso maior problema.


Tudo bem, eu bem sei que ser técnico do Brasil é fácil... nas derrotas, a culpa é sempre do jogador. Julio César, em 2010, foi mais criticado que Dunga; Ronaldinho Gaúcho, esse gênio, não disputou as duas últimas Copas porque foi o culpado em 2006, por tocar tantã e cantar samba, enquanto Parreira foi absolvido, mesmo escalando dois centroavantes sem mobilidade, dois "Fredis"...



Fred disputa a bola no ar: centroavante joga isolado e está mal tecnicamente.



E agora, pela primeira vez em nossa história, será um problema emocional...esse time deve ser colegial..."o time procurou seu capitão para ganhar força e não o achou"... Coitadinhos dos companheiros desse capitão... todos colegiais, disputando, pela primeira vez, uma olímpiada na escola... deve ser.


Vocês já têm uma carreira consolidada e já são respeitados. Continuarão tendo e sendo, mesmo se perderem a Copa. PAREM DE CHORAR, THIAGO SILVA, NEYMAR, DAVID LUIZ, JULIO CESAR...


Poupe-me!

MAS NÃO POUPEM A COLÔMBIA! (risos).

P'RA FRENTE, BRASIL!


Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Brasil: bastará ter camisa?

Thiago Silva sobe mais alto e corta a bola: pobre futebol da Seleção Brasileira gera surpresa e preocupação.

Oi, pessoal.

Hoje é dia de falar do Brasil. Nos dias dos jogos, percebo que sou tomada pela emoção além do que devo. Hoje é dia de falar com a razão, ou melhor, com o que eu tenho dela.


Nossa Seleção não tem talento. E é justamente no principal setor de um time que mais sentimos falta dele. Nosso meio-campo conta com três jogadores: dois jogam a um passo dos zagueiros, o outro, Oscar, joga aberto pelas pontas, deixando um espaço para o adversário no setor. 


Nosso ponta, Hulk, não é ponta e virou lateral defensivo pela esquerda para ajudar um lateral defensivo que marca mal. Para completar, Fred joga abaixo do aceitável e Luiz Gustavo finge mais que marca do que marca de verdade (observe como ele deixa Alexis Sanchez e se afasta do lance, no gol chileno).


Ainda assim, acreditamos no título. 


Jornal Inglês pede para o Brasil voltar ser brilhante como o Brasil: "Inventamos o futebol, mas o Brasil aperfeiçoou."



Nossa Seleção não tem repertório, não tem jogadas, tabelas, infiltrações. Isso porque não tem talento no seu meio-campo. Seus jogadores mais respeitados e comentados são zagueiros. Não são eles que definem, que decidem, que conquistam a vitória. No máximo, e como tem sido, evitam o gol adversário. Nosso craque é um menino de 22 anos, espécie de "o último dos moicanos".


Mal posicionada, nossa Seleção se espalha no campo, abrindo um buraco entre os seis defensores e os quatro atacantes. Oscar corre feito um condenado para lugar algum. Não pode ser nosso 10. Nem ele nem nenhum jogador que só conduz a bola, que não tem um o drible e passe frontal e este, longo, de mais de dez metros, que não saiba lançar.


Oscar ainda é sacrificado porque precisa voltar para marcar, marcar e marcar, tornando-se o que mais desarma, função obrigatória para os volantes Luiz Gustavo, Paulinho e, agora, Fernandinho.


Luiz Gustavo ajuda Marcelo na marcação: o Chile foi superior ao Brasil.



O que mais me incomoda nisso - fazer os meias ofensivos e atacantes virem na defesa para marcar, ajudando os defensores - é que os volantes que não jogam nada não são cobrados a saberem dar um passe frontal, que seja apenas de cinco metros(!!!), nem são cobrados a criar e finalizar, enfim, como os sacrificados jogadores ofensivos são obrigados a cumprir funções que não são deles.



Jogador ofensivo sempre marcou. No ataque. Na saída de bola do adversário. No seu espaço no campo. É o que o novo "futebol moderno" resgatou e apresenta em nossos campos, nas "nossas barbas"! Marcação pressão no ataque. Raros são os times brasileiros que jogam assim. Atualmente, somente o Cruzeiro. E Cristóvão Borges tenta implementar no Fluminense. 



Sim, encheram nossos times de volantes que não têm todos os recursos técnicos para jogar num meio-campo e retrancas (jogar com no mínimo oito jogadores atrás da linha da bola). Culpa dos treinadores obsoletos, que preferem a retranca para evitar a derrota visando manter seus empregos e dos empresários, pós Lei do Passe, que enriquecerem colocando para jogar em nossos times jogadores medíocres, com salários surreais.


Luiz Felipe Scolari: técnico querido pelo seu estilo espontâneo e simples mas com tática ultrapassada.



Aceitamos. Mídia, analistas, torcedores. Tem sido assim nos últimos 20 anos. Até o ápice negativo de chegar numa Copa, em nossa casa, sem ter um camisa 10, um meia de criação, um organizador de jogo, um cérebro, um maestro, porque preferimos descaracterizar nosso estilo. E o pior: nos últimos dez anos, pós geração de Ronaldinho Gaúcho, Rivaldo e Alex, só criamos Diego e Paulo Henrique Ganso.


Aceitamos. Mídia, analistas, torcedores. Por isso, culpar ou fazer de um desses jogadores um vilão será de uma covardia monstruosa. 


Aceitamos. Agora é aceitar que nosso time não é o melhor, não tem jogado bem, buscar entender por que, onde erramos, que processo precisa ser alterado que nos privou chegar numa Copa com um Zizinho, Didi, Gerson, Rivelino, Sócrates, Falcão, Zico, Bebeto, Rai, Rivaldo, Alex, Ronaldinho Gaúcho...


Isso aqui é Brasil. Não podemos ser pobres nem medrosos. Tivemos medo de México, Chile e tememos a Colômbia. Somos o Brasil, gente! Mas nossa Seleção é ruim tecnicamente. Temos apenas quatro jogadores que estão segurando o rojão: Julio César, Thiago Silva, David Luiz e Neymar.


Problema emocional? Não caio com a mesma frequência em balelas. Somos uma Seleção ruim tecnicamente para nível de Brasil. Simples como um pão com manteiga.


Nossos laterais não sabem marcar e não estão apoiando porque com um meio-campo que inexiste, o adversário passa a marcá-los, tirando deles o corredor para o apoio. Não adiantamos as linhas do time. Algo impensável até para a Austrália diante da Holanda - "Meninos, eu vi!"  Algo inaceitável em qualquer time grande do mundo.


Jogamos com uma postura lamentável para um Campeão do Mundo, que fará Pentacampeão. Ou mudamos isso para o jogo contra a Colômbia e voltemos ao menos a ser um time astuto, agressivo, marcando pressão, com intensidade, como esse time foi contra a Espanha, na final da Copa das Confederações, ou... só nossa camisa poderá nos salvar! 

Isto é triste. E, além de ser triste, deixa uma pergunta: bastará ter camisa ?


@@@

E AMANHÃ, eu falarei sobre o que considero nossos principais erros e o que podem ser as melhores soluções, tanto na escalação da Seleção quanto no nosso futebol como um todo.

Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.