quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

DOS ANOS 80 ATÉ JOSÉ MOURINHO: EXPOENTES DO MALEFÍCIO DO MARKETING





CONTINUA...

Na segunda metade dos anos 80, quando eu comecei a acompanhar futebol, e já assistíamos o Campeonato Italiano nas transmissões da Rede Bandeirantes, ainda pudemos ver outros dois talentos geniais: Roberto Baggio e Diego Maradona. Podíamos ver também grandes outros talentos e times de alta categoria. O Milan de Rudd Gullit, Frank Rijkaard e Marco van Basten,  gigantes da Seleção Holandesa, campeã da Europa em 88. A Internazionale dos alemães Lothar Matthaus, Brehme e Jurgen Klismann. 

Os anos 90 começaram e ainda conseguíamos ver estes e outros talentos em campo. MAS... coincidentemente às mudanças legislativas acerca da Lei do Passe, devido ao caso Bosman,  concomitantemente ao início do boom da Propaganda&Marketing, mesmo o futebol italiano que nos derrotou em 82 e nos inspirou ao longo daqueles anos tendo fracassado na Copa de 90, em casa (vale lembrar que Roberto Baggio, o gênio italiano, por opção do treinador, foi banco da Azzurra), mesmo a Seleção Canarinho, já inspirada no sistema defensivo italiano, atuando com 3 zagueiros, dois volantes e sem um camisa 10 clássico, tendo saído de maneira bisonha para a Argentina, começavam os primeiros anos para o início do que ouso chamar de trevas!

O primeiro grande sucesso dos "novos tempos" e "novos donos" do futebol me parece foi com nossa Seleção Canarinho: o Brasil voltava a ganhar uma Copa do Mundo, em 1994, com um já "renomado futebol moderno", sem o clássico camisa 10 (o grande Raí fora massacrado, aliás), com rigor físico defensivo e muita correria no ataque. O fim do século XX do Santos de Pelé, do Benfica de Eusébio, do Ajax de Cruyff, da Hungria de Puskas, o Real Madrid de Di Stéfano, para o Manchester United de Alex Fergunson (treinador), o Brasil de Parreira (treinador), o São Paulo de Telê, o Palmeiras do Luxemburgo...

Quase 20 anos depois disso, cá estamos: reverenciamos o treinador tanto ou por vezes mais que o atleta, o jogador, aquele que faz o futebol existir de verdade. O auge dessa treva nunca foi tão bem representada como vemos no atual Real Madrid. O Real de grandes times, de jogadores de talento, o Real Madrid eleito com justiça como o maior clube do século XX, não é mais o Real Madrid do Zidane, do Raúl, do Cristiano Ronaldo. Ele é hoje o Real Madrid de um treinador português, José Mourinho(foto). Fim dos tempos!...

AVE, BARCELONA DE LIONEL MESSI E XAVI! POR NÓS, APAIXONADOS POR FUTEBOL E ASSIM POR TODO AQUELE QUE FAZ O FUTEBOL SER ESTONTEANTE: a relação jogador com a bola. Quem sabe não teremos cá com o Barcelona o início do fim desse fim dos tempos?! TORCENDO!...


Abraços, pessoal!
Fraternalmente,
Crys.

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