quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A tosca CBF, o mérito da raposa e o "novo" Bayern de Munique

Fluminense perde Diego Cavalieri, um dos seus mais importantes jogadores, para a Seleção jogar com  Coréia e Zâmbia...
Foto: Cleber Mendes\Lance

Oi, pessoal.

Nos próximos dias 12 e 15 de outubro, a Seleção Brasileira entrará em campo para disputar dois amistosos contra Coreia do Sul e Zâmbia, em Seul e Pequim, respectivamente. Até aí, nada demais. O Brasil precisa mesmo está atuando, visando a Copa do Mundo. MAS a Seleção não pode ou não deveria descumprir lei da FIFA, acuando seus clubes à uma subserviência cruel.

Um deles é o Fluminense. O Tricolor, atual campeão brasileiro, que luta para melhorar na tabela, espantar de vez o risco do rebaixamento, almejando, inclusive, uma vaga na Libertadores, não poderá contar com um dos seus principais jogadores, o goleiro Diego Cavalieri, por quatro jogos. E o pior? Conte: 


1° -  segundo a FIFA, os atletas devem se apresentar às seleções quatro dias antes dos jogos. O jogo do Brasil é dia 12 e o Fluminense queria que ele se apresentasse na segunda, dia 7, para poder enfrentar o Internacional, domingo, ou seja, cinco dias antes! 


2° - outros jogadores de Corinthians e Atlético-MG, convocados, poderão jogar no próximo domingo, mas a CBF não liberou Cavalieri, alegando que o jogo do Fluminense, em Caxias do Sul, atrasaria a apresentação do goleiro. Verdade. Mas por algumas horas. E falamos de um goleiro que nunca foi titular, nem será. 


3° - tem voo diário para o local do jogo, por que a CBF prejudica os clubes assim? Os clubes são a razão de ser do futebol, não a CBF. O futebol arrasta multidões de apaixonados por um clube, o clube. CBF, Luis Felipe Scolari, Carlos Alberto Parrreira, para que? Quanta falta de bom senso! Essa mentalidade tosca que governa o futebol - ou o país todo - desanima cada vez mais...


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FALTAM APENAS 13 JOGOS PARA O FIM DO BRASILEIRÃO 2013...

Borges: um dos "renegados" contratado pelo Cruzeiro.
Foto: Washington Alves/Textual



Líder do campeonato, o Cruzeiro já colocou a taça no colo. Somente uma hecatombe - ou desconcentração - para que a raposa azul perca o título. Nessa campanha incrível de 17 vitórias em 25 jogos e apenas 3 derrotas, o grande mérito do clube foi a avaliação técnica para montar praticamente um novo elenco, a começar pela escolha do perfil do treinador, o mineiro Marcelo Oliveira.


Graças à vendas de jogadores caros e improdutivos como Diego Souza e Wellington Paulista, inclusive, do seu principal jogador, Montillo, a raposa chacoalhou a toca e foi preciso na caça aos bons jogadores como Dedé, Nilton (Vasco), Everton Ribeiro (Coritiba), Ricardo Gourlart (Goiás), Borges, Dagoberto (São Paulo), William (ex-Corinthians e Metalist-UCR).


Um show administrativo no quesito técnico - avaliar o jogador, seu custo e benefício - que lhe renderá o título de campeão brasileiro, muito possivelmente. Como torcedora, eu fico me perguntando por que os diretores esperam o insucesso para remontar ou mexer em seu elenco? Fluminense e Corinthians, por exemplo, pagam esse preço por não terem coragem de mexer no elenco, ao identificar a queda de rendimento em campo. Uma pena, afinal, melhor fazer a tempo, antes de perder a temporada, podendo mudar gradativamente. Mas, não. Ao contrário disso, eles esperam a vaca atolar no brejo...



E eles - os dirigentes - ainda chamam isso de "planejamento"... Eu ainda fico com a incapacidade de visão e análise e a coragem em agir, ora por acomodação, ora por negócios firmados com agentes ou qualquer coisa dessa que o valha. Fato é que a administração dos clubes nesse aspecto técnico, tanto na formação quanto na avaliação, continua aquém da história dos nossos clubes e do país que é, ainda, o melhor do futebol no mundo.





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O DESTAQUE DA SEMANA NO VELHO CONTINENTE


Abandonando o copiado 4-2-3-1, Bayern adota o 4-3-3 do Barcelona de Guardiola sem deixar de ser o Bayern.
Foto e arte: Crys Bruno.




O BAYERN DE MUNIQUE, atual campeão europeu usando um posicionamento em 4-2-3-1, que é a principal referência tática - ou febre! - para a maioria dos times no mundo, mudou sem mudar. Ironias do futebol, não é ? O time mais badalado, comentado e imitado da última temporada, com muita justiça, modificou sua tática.


Embora muitos duvidassem, era de se esperar, afinal, o titânico alemão contratou o treinador espanhol, que montou o mais fantástico time do Barcelona dos últimos tempos e que joga de uma maneira sutilmente diferente. Sutilmente porque bastaram apenas duas alterações para o Bayern adotar uma nova tática, o 4-3-3, sem perder sua identidade que encanta pela objetividade, jogando sempre em direção e na busca pelo gol e intensidade de ritmo, de bote, de marcação. 


Foi o que vimos na vitória por 3x1 sobre o bilionário e "sem fome", "sem tesão" Manchester City, aqui na Inglaterra, quarta-feira passada. A vitória conquistada com uma soberania, uma autoridade bávara, dominando e mandando em 80 minutos, até que Shweinsteiger e Ribery saíram, cansados, e o City colocou em campo David Silva e Negredo. 


Por isso, a pergunta que já pipoca nas resenhas é: Qual a melhor tática ou o melhor Bayern? Daqui da arquibancada, ouso responder: nem pior, nem melhor, porque o Bayern é o mesmo. Não mais com o germânico 4-2-3-1, a nova febre do futebol, mas o mesmo, tendo somente somado dois pingos de "molho espanhol", sem que alterasse seu original sabor.


As duas mudanças de Guardiola no já campeoníssimo Bayern foram: abrir mão do centroavante, o pivô ou o "homem de referência", papel que Mandzukic (ou Mario Gomez) desempenhava como autêntico camisa 9, estilo de jogador que o técnico não gosta de usar.  Em troca, um finalizador ágil, Muller, "faz às honras" na área. 


Outra foi no meio-campo: o extraordinário e então lateral, Lahm, virou volante, jogando centralizado, como o cão-de-guarda da zaga e conta com a colaboração constante de Kross e Schweinsteiger, com o primeiro mais armador e na contenção e o último, mais livre, agudo, tal como víamos em seu Barcelona entre Busquets, Xavi e Iniesta. 


Pronto. Sem macular o estilo do clube e dos alemães de jogo e para não fazer somente figuração por assumir um time pronto e campeão, Guardiola foi feliz na sutileza - e quantidade - de estilo espanhol. O Bayern de Munique agradece. E eu também gostei! Pronto. Como sempre. O titânico Bayern de Munique está pronto para buscar o bi-campeonato europeu. 


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Então, é isso, pessoal.

Espero que finalmente a caixa de comentários esteja disponível para que eu possa receber a opinião de vocês, o que tem feito bastante falta. 

Até a próxima.

Fraternalmente,
Crys Bruno.


3 comentários:

  1. Vamos lá, querida:
    1. Realmente, um absurdo essa convocação. Pior, a intransigência dos senhores Felipão e Parreira. A raiva é tanta que, não vou ver e, quiçá torcer para a seleção. Cavalieri vai viajar para passear. Total falta de noção. Ridícula a exigência da apresentação com tanta antecedência...

    2.Perfeito o que você falou do Cruzeiro. Não houve planejamento no Flu, independente da falta de grana para contratar. Curiosidade: você sabia que o Nilton( ex- Vasco) é primo de nosso Edinho??? rs

    3.Quanto ao Bayern, mais uma aula! Rs

    Bjs

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  2. Oba, funcionou! rs Crys Bruno

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