segunda-feira, 2 de junho de 2014

E ficam as certezas.

Jean prepara o chute no lance do gol Tricolor: volante fez uma boa partida.
Foto: Rossana Fraga\LancePress



O Fluminense fecha as nove rodadas pré-Copa na vice-liderança do Brasileirão, com o mesmo time que ficou entre os últimos, em 2013, e disputou o Carioca com um futebol pobre, pouco inspirado, sofrendo para vencer até os times pequenos.


Milagre? Claro que não. Foi apenas a junção da nova postura tática, mais coesa e ofensiva, que Cristóvão Borges implementou e a receptividade de um grupo de jogadores que merece todos os elogios pelo comportamento; podemos reclamar do rendimento técnico dele, mas em nada, da falta de comprometimento e vontade de acertar. 


Assim, para que o time se tornasse mais compacto e para a subida das linhas defensivas, era necessário ter um meio-campo com qualidade no domínio e proteção da bola e, claro, no passe. Para conseguir isso, é o camisa 10, o meia ofensivo ou de criação, seja lá como chamem, o jogador primordial - como sempre foi e será num time de futebol. (P.S: não é à toa que os maiores de todos os tempos, como Pelé, Cruyff, Di Stefano, Puskas, Maradona, são da posição e incomparáveis, mesmos à grandes defensores ou atacantes).


Conca recua para buscar espaços, fugindo da forte marcação dos volantes colorados: sem Wagner para ajudá-lo.
Foto: Rossana Fraga\LancePress


Em nosso elenco, nós temos apenas dois jogadores com essas características: Dario Conca e Wagner. Pouco. Muito pouco para um time que quer voltar a disputar o título, jogando um futebol mais atrativo. Não vejo o Cícero como um meia-ofensivo, e sim, um baita segundo volante. 


Mas, por conta da pouca qualidade técnica no todo, atualmente, em nossos campos, e pelas qualidades que ele tem no chute, no passe e cabeceio, Cícero ajudará Conca e Wagner nessa função. 

  
Ontem, partida dentro de casa, que exige do time ser imponente, dono do território e dominar o meio-campo, só tínhamos o Conca. Ao lado dele, Jean, Diguinho e Chiquinho. Nenhum com as características de um camisa 10. 


Quando Jean e Chiquinho, condutores, carregadores de bola, perderam o fôlego, a bucha do balão apagou-se e naturalmente o ritmo do time caiu, porque, com um meio-campo com essa característica, é o fôlego, não a qualidade, que dita o ritmo, por não serem jogadores que protegem a bola e, sim, que carregam ou buscam logo o passe. 

  
Foi por isso que, no segundo tempo, o time perdeu o domínio do jogo e viu o Internacional ser melhor. É, por isso, que esse empate me trouxe a certeza de que Wagner é imprescindível, que o ideal seria buscar mais um camisa 10, mas que a vinda de Cícero já ajudará sobremaneira, para colocar o Fluminense no patamar técnico do Cruzeiro, já que tático, alcançamos.


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TOQUES RÁPIDOS:

Sóbis, em lindo lance, sofre penalti de Juan, ignorado pela arbitragem: atacante não merecia ser substituído.
Foto: Nelson Perez\Fluminense F.C.


- Cristóvão foi infeliz, ontem, nas substituições. Eu entendo que ao perder o fôlego e não ter esse camisa 10, ele tentasse algo com o menino Kenedy. Mas, nunca sacando Sóbis, porque se ganhou gás, perdeu em categoria na finalização. Depois, nosso comandante tentou consertar o erro e lançou o meia Gustavo Scarpa. Poderia funcionar contra um meio-campo do Bonsucesso, não contra um meio-campo do Internacional. 


Às vezes, eu fico com a sensação que ele faz essas substituições para mostrar por A + B a Celso "Barro$", que o time precisa de reforços para o meio-campo, não somente de zagueiros e do segundo atacante.

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FALANDO NISSO... Fabrício, o estreante da noite, fez boa partida. Realmente sua contratação, a descoberta do Marlon e mais a vinda do Henrique, dará ao nosso elenco uma qualidade que perdemos, ano passado, em nossa zaga.

POR FIM, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE...  que diferença entrar faltando 20, 30 minutos, quando os times estão desgastados, e por isso, abrem mais espaços e o jogo fica bom para ser jogado por quem entra. Não é, Walter? Nosso craque da camisa 9, ontem, assim como Fred, roeu um osso!!! Vou te contar!!!



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COPA DO MUNDO, FÉRIAS TRICOLORES E PRÓXIMAS PARADAS:

O goleiro italiano, Buffon, com os filhos vestidos de Fluzão, há um ano atrás, durante a Copa das Confederações.
Amistoso Fluminense x Itália, confirmado para o próximo dia 8, em Volta Redonda.



Fluzão, em campo, pelo Brasileirão, agora só dia 16 de julho, em Santa Catarina, diante do Criciúma. Antes, no entanto, um amistoso de fazer nossa história ainda mais rica, mostrando a riqueza da nossa história está confirmado: Itália. O outro, que igualmente nos enche de orgulho bom, será dia 20 de julho, contra o time inglês Exeter City.


FLUMINENSE X ITÁLIA

No dia 8, no próximo domingo, em Volta Redonda, o Fluminense receberá a tetracampeã Itália. Com fortes laços com a pátria do renascimento, é uma alegria boa saber que Azzurra escreverá um capítulo de futebol com meu amado Fluminense. 

Confesso que adoraria ir ao jogo. Mas questões materiais, geograficamente falando, me impedem. Não será nada que me impedirá, metafisicamente falando, que lá estarei com minha alma das três cores que traduzem tradição e das três cores da bandeira italiana. Digamos assim. (risos).

MAS... para quem pode ir, eu deixo aqui as informações "direto" do site do Fluminense.

Vendas (Segunda a sexta-feira, das 10h às 20h; Sábado, das 10h às 17h)
Sócios – Bar dos Guerreiros (Parquinho)
Não Sócios – Bilheteria do Clube
Retiradas (Somente para quem já fez a compra do ingresso on line):
Segunda a sexta-feira, das 10h às 20h; Sábado, das 10h às 17h no Bar dos Guerreiros
Preços: 
R$ 100,00 
R$ 50,00 (meia entrada)

OBSERVAÇÕES:
Sócios terão de apresentar documento oficial com foto, carteirinha e pedido de compra impresso.
Quem não puder buscar o ingresso pessoalmente, enviar e-mail para sociofutebol@fluminense.com.br.
Meia entrada somente para a arquibancada, com documento que comprove o benefício e documento oficial com foto.
Somente o beneficiado poderá retirar seu ingresso.
Gratuidades somente no estádio, no dia do jogo, assim que os portões forem abertos.


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DEU NO DAILY MAIL:  RUMO AO RIO! EXETER CITY CONFIRMA AMISTOSO NO BRASIL COM O GIGANTE BRASILEIRO FLUMINENSE 

Read more: http://www.dailymail.co.uk/sport/football/article-2379011/Exeter-City-book-2014-trip-Brazil-friendly-Fluminense.html#ixzz33USW3w8g 


Diregentes do Flu e do time inglês, Exeter City, em confraternização, nas Laranjeiras.


É com muito orgulho que o Fluminense Football Club abre as suas portas para receber o Exeter City Football Club. Juntos, vamos celebrar o centenário de fundação da Seleção Brasileira. A equipe inglesa foi o oponente da partida inaugural, realizada no Estádio das Laranjeiras em 21 de julho de 1914, e retornará à nossa Sede para uma partida comemorativa, a ser realizada no dia 20 de julho, um domingo.
A fundação da Seleção Brasileira possui raízes verdadeiramente Tricolores. A partida que deu vida à Seleção foi realizada no Estádio das Laranjeiras, precisamente no dia 21 de julho de 1914, aniversário de 12 anos do Fluminense. O adversário foi a equipe profissional inglesa do Exeter City, que excursionava pelo continente. O Brasil venceu por 2 a 0 e o primeiro gol da Seleção foi marcado pelo atleta Tricolor Oswaldo Gomes, um dos maiores ícones de nossa história, e iniciou a trajetória da equipe nacional mais importante do Planeta.
Os detalhes de todo o evento comemorativo serão divulgados em breve. A partida em si não terá caráter de jogo oficial, mas centenas de torcedores ingleses do Exeter virão ao Rio para a ocasião e serão recebidos pelo Fluminense para conhecer a Sede Histórica e o campo, palco daquele episódio que mudou o curso do Futebol Brasileiro e Mundial.
Comunicação Institucional FFC
Foto: Divulgação FFC 

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Não me resta dizer nada, apenas e tão somente, ORGULHO DE SER TRICOLOR!

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E NO CLIMA DA COPA, MESMO QUE AINDA SEM CLIMA.

No Maracanã, Seleção comemora o título com a torcida: alegria.
Foto: GettyImages



Eu tenho ouvido dos meus familiares que o clima da Copa anda sem clima. Não há as tradicionais pinturas nas ruas, que desenham nosso carinho pela Seleção Brasileira. 

Uma pena. 

Éramos para chegar no ano de 2014 como todos os países em desenvolvimento chegaram, com crescimentos acima dos 5%, com a inflação controlada, com os gastos públicos bem direcionados. Nada disso ocorreu. 

Pelo contrário. 

O Brasil, nos anos do boom dos países em desenvolvimento, foi o único que cresceu muito pouco. Os gastos públicos são hemorrágicos, direcionados para fins políticos e a perpetuação dos mesmos no poder. E a inflação voltou a assombrar, algo inimaginável, na era do Real.


A Copa do Mundo expõe a cada um brasileiro o dispautério e covardia dos políticos com o NOSSO DINHEIRO. Sem cumprir com seus deveres em nos dar saúde, educação e segurança de qualidades, no mínimo. Para piorar, gastam o triplo do valor gasto pela África do Sul, na realização do evento. São mais de R$ 30 bilhões de reais.


E o pior: nada está pronto. Nada foi feito em termos de estrutura. E a realização da Copa se torna o maior escândalo de roubalheira e desfaçatez do governo brasileiro. Como ter clima? Não dá. Não aguentamos mais.


MAS... a paixão é irracional. No primeiro jogo da Seleção, ao ver o estádio lotado cantando o Hino Nacional mais bonito do mundo, o brasileiro vai sentir a benção do cruzeiro do sul fortalecendo seu orgulho de ser da pátria verde, amarela, azul e branco, não da Pátria de bandeira vermelha, dos martelos e das foices, opressivos, sobre nós.


Vai ser emocionante! Por ter essa certeza, nos próximos dias, continuarei a série sobre as Seleções Europeias, adversárias tradicionais e, claro, terminarei falando da nossa Seleção. Conto com tua leitura e comentários, mesmo sem clima...


VAI SER EMOCIONANTE! Porque temos, como povo, direito a ela, a emoção que o futebol nos dá. Vai ser emocionante (!!!!) porque somos brasileiros. Para aqueles que ainda não me entenderam, assista o video abaixo... para aqueles que me entenderam, assista também, claro! (risos).






Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.

8 comentários:

  1. Perfeita a sua análise política, social e futebolística interligadas que são. Parabéns pela coragem. ST!

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    1. Oi, queridão, temos que ter coragem com respeito e atitude com calma, não é? rs

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  2. Depois dessa, nunca mais falo contigo sobre futebol kkkkkkkkkkkkkk
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    Bela análise, parabéns pelo blog, sou fã da tua escrita e sabe disso!

    Sobre o Fluminense, time estava completamente desgastado,
    mas dpois da copa, vamos com garra e com raça de um campeão!

    Grande Bju e ST

    TT

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  3. Olá, Crys!
    Eis aqui a minha visão da 'peleja' de ontem:

    Fizemos um bom primeiro tempo, onde poderíamos ter saído em vantagem, se o soprador de apitos não anulasse o gol legítimo do Walter, ou então, desse o pênalti claro em cima do Sóbis.
    O nosso segundo tempo foi ruim demais, onde poderíamos perfeitamente ter perdido o jogo. No cômpito geral ficou de bom tamanho o pontinho ganho.
    Com às entradas de Cícero e Nem, cresceremos muito! Mas, é imprescindível, não perder jogadores.
    Abraço e ST

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    1. Oi Maturana, querido! É verdade. E ainda acho que precisamos de um reserva para o Carlinhos... Temos buracos no elenco ainda, né? Mas a reaproximação do Celso Barros com a diretoria, que conta com o experiente Angioni e o laborioso Mario Bittencourt, nos dá esperança de que tudo será feito e que voltamos aos trilhos. Beijão. ST!

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  4. Boa observação. Entrementes, Kennedy, Biro Biro, Fabio Braga, Leandro Euzébio, Diguinho, Matheus Carvalho, Marcos Junior, juntos, não dão 1/3 do Martinuccio. Não entendo o porquê de tamanha recalcitrância em darem multifárias oportunidades aos sobreditos jogadores, a meu sentir, fracos, e nenhuma a um excelente atacante que já é nosso a anos. A escusa salarial não convence, pois até o L Euzébio ganha 350 mil por mês. ST!

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    1. Oi Túlio, como vai? Pois é, você lembrou bem e me lembrou tb que esqueci de pautar o Martinuccio. rs "Falha nossa". Concordo com sua barca. risos. E tb o recrutaria. Mas sua avaliação passa mais pela equipe médica. Aí, já viu...rs ST4!

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