segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Não posso fazer nada (por Henrique Motta).


Enderson gesticula na beira do campo: nao posso fazer nada. Será?


Confesso ser bem difícil falar algo após mais uma derrota surreal. Cobramos ataque e coragem ao Enderson. "Jogue como grande, Enderson.""Mude de patamar no cenário nacional."


Algumas horas depois, um pouco mais calmo, vos digo: Deu pena do Enderson. Sua entrevista foi, mais uma vez, sóbria: "- Dominamos o jogo o tempo todo de maneira segura, até que aos 35..."


Enderson usou de um eufemismo tão claro quanto a penalidade não marcada a nosso favor. Vou traduzir o que disse o Enderson.. NÃO POSSO FAZER NADA SE ESSES CARAS SÓ FAZEM M!



Foi exatamente isso. Que culpa tem o Enderson se Lucas, W. Paulista e cia erram lances de deixar políticos, em plena operação lava algo, corados de vergonha? Nenhuma. Alguns tricolores poderiam dizer o seguinte: Culpa é do Enderson que os colocou para jogar. Não concordo.



Lucas Gomes: peso da camisa



Observei, atento, vários vídeos do Lucas Gomes antes de estrear pelo Flu. Em um time pequeno, claro. Fiquei empolgado e lembro de figurões tricolores com a mesma empolgação. O atacante de velocidade estava chegando.


A camisa pesou, meus amigos. O cara até consegue criar, é rápido, mas na hora de finalizar, um desastre, treme. Não dá mais para o Lucas Gomes. Admito.


Além de Lucas, Enderson não contava com a letargia do ótimo Cícero, – faz gol em quase todo jogo – muito menos com a meia lua sofrida pelo Jean. Na meia lua citada, o jogador dos caras pediu um jornal e uma xícara de café antes de chutar e contar com o fogo amigo de Marlon. Fica difícil.


Perguntassem a mim, após o jogo, sobre uma possível troca de treinador, não pensaria duas vezes: Passou da hora. Eu diria: coisa de torcedor minutos depois do Fluminense acabar, em uma tacada só, com seu resto de domingo e sua segunda-feira.


Cícero marca o gol do Flu: ainda assim cobrado.


Enderson tem lá suas teimosias. Mas, como não estamos no dia a dia do clube, quem sabe não tenha suas razões.  Deixando de lado o ataque inoperante, o sono de Cícero e outras falhas individuais cometidas, pergunto o seguinte: Até quando os critérios de arbitragem serão diferentes quando for contra o Flu? E os comentaristas?


O jogador do time dos caras bateu asa dentro da área e sequer houve discussão sobre o lance. Mas, a orientação não era para esconder os braços e assim evitar a infração? Penalidade claríssima. Não para o Fluminense. Muito irritante a má vontade de todos com nosso time. Algo pode ser feito? Acho que não.

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Dois toques
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Mais do que provado que, para formar um time campeão, é preciso velocidade e ótimo preparo físico. E os craques? Estes, juntos, somente se estiverem em ótimas condições físicas.


Mas, se um craque estiver em ótima condição e veloz, não joga o brasileiro. Joga o espanhol ou o inglês. Então, nosso treinador precisa usar uma mescla cirúrgica para usar nossos craques. Mas, para isso, o Enderson teria que ter "caixa" de técnico campeão, estofo para lidar com vaidades.


Imaginem vocês R10 entrando no jogo de ontem. Faltando minutos para o fim – aos 32 min, eu diria. O adversário ficaria com os olhos bem abertos e o "apitador" pensaria duas vezes antes de marcar algo contra nosso time.


Prenderia a bola, orientaria os garotos. Quem sabe até não ensinaria o LG  a bater na bola? Não, amigos. Ronaldo não pode ficar no banco. Dito isso, Ronaldo fica descansando aqui na noite carioca. Se é para poupar, que o levem a TODA viagem. Assim se faz um time campeão.


Quarta não estará em Belém. Não entendo. E o Gérson, hein? Sem condições físicas, mas também pudera, o cara viaja demais assinando contratos e seus 18 anos estão pesando. Fiquei cansado só de imaginar.


Abraços tricolores,
Henrique Motta.

Imagens: Fluminense F.C. e LancePress

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