sábado, 19 de setembro de 2015

Antes tarde do que nunca. Ou: Esperança renovada.








Oi, pessoal.

O presidente Peter demorou demais para modificar a comissão técnica.  Novamente. E pela mesma razão: receio de ser criticado por uma mídia que, em regra, só deseja mal ao Fluminense.

Isso poderá custar caro, novamente. É preciso entender que se não é o ideal demitir técnico, é necessário quando este perde a mão e uma enxurrada de derrotas assola o clube. Inacreditável manter Enderson essas rodadas todas. Uma sabotagem mesmo.

Mas torço para que ainda dê tempo como há três, quatro rodadas atrás, de ainda brigar pelo G4, vencendo numa sequência boa. Com Enderson, impossível. Com um novo técnico, por que não?

O novo técnico escolhido foi Eduardo Baptista. Com o mesmo perfil "taticanocrata" dos seus dois últimos antecessores, só que, aparentemente, mais competente e maleável. Todo sistema, modelo, toda escolha precisa ter flexibilidade, ser maleável, caso contrário, se perde e se esgota.


Eduardo Baptista estreia como técnico tricolor na noite desse sábado: boa sorte ao novo comandante.


Eduardo Baptista não tem meu perfil preferido. Sua maneira de ver futebol é mais parecida com a do Tite. Mas ele cresceu no futebol e acompanhou as mudanças dos anos 80 aos dias atuais. Espero que entenda que elas são mudanças cíclicas e que o Brasil perdeu o fio da meada.

Quando ele diz que precisa encaixar o time numa tática (não o contrário, como equivocadamente fazem) e que o Fluminense é para brigar no topo da tabela, já se distancia da mediocridade que testemunhamos no Enderson, Drubscky, Cristóvão.

Não gosto do seu perfil mas o vejo como o mais capaz, ao lado de Dorival, que a gestão Peter contratou nos últimos dois anos. Hoje ele estreia. Acompanhei alguns jogos do Sport e vi um time com duas linhas de quatro sem a bola e, com ela, um time agressivo, que busca o gol.

Creio que ele fará do Ronaldinho Gaúcho o que fez com Diego Souza - com mais liberdade de ser o pêndulo, sem a obrigação de formar a segunda linha de quatro. Para esta, dois jogadores velozes no lado do campo, como deve ser e que hoje, acredito, veremos com Marcos Jr. e Scarpa.

Seus dois volantes sabem jogar. No Sport, Rithely e Wendel têm perfil mais próximo do Jean que do Edson. Como libera os laterais, um dos volantes ficam mais, protegendo a zaga num triplé defensivo. Esse volante tem que ser mais ágil.

O centroavante precisa segurar bem a bola para dar tempo do meio-campo chegar. Algo que Fred faz como poucos. E jogar pelos lados para chegar ao gol. Por isso, dificilmente, irei ver o absurdo de meias lentos pelos lados do campo como Cícero e Gerson.

Desejo muito boa sorte ao novo treinador. Desejo, acreditando que ele, apesar do perfil contrário ao que prefiro, será competente e eficaz, recolando o time nos trilhos, num caminho coerente e, quem sabe, ainda encostar no G4 e até fazer frente ao igualmente correto time do Grêmio, na Copa do Brasil.

Que venha a vitória hoje mas retomarmos o moral e Eduardo estrear com o pé direito. Eu acredito!

Abraços fraternos,
Crys Bruno.



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