Amigos do FutFan, parabens ao CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA. Há muito uma conquista do Fluminense não se apresenta tão importante. Quanto a mim, mais ainda. Eu peço licença a cada CAMPEÃO, mais ainda ao torcedor fan de outros clubes, para dizer porque foi tão importante essa alegria dessa conquista e, principalmente, com essa vitória.
Quando eu saía de casa para ir ao Estádio ver o NOSSO FLUMINENSE, havia uma mulher loira, linda, deslumbrante e sempre para frente que me estimulava, me dizia palavras de esperança, vigor, força: minha mãe. Eu sou uma torcedora apaixonada de 35 anos, que sempre morou com os pais. Eu sou membro da camada Geração Jacaré. Simples: nenhum amor iria me preencher tanto quanto o amor de um pai e daquela mãe, daquela mulher.
Em 11 de dezembro de 2011, um ano após a maior alegria de minha vida, ver o FFC TRICAMPEÃO BRASILEIRO, três homens abordaram minha mãe, meu irmão e minha sobrinha, de 10 anos, na porta da minha casa. Houve gritaria, luta, e eles resolveram fugir. Mas, o motorista, talvez indignado pelo insucesso do roubo, viu uma senhora de 64 anos ainda na calçada da entrada da garagem de sua casa, tentando alcançar o portão, e decidiu dar marcha-ré com violência capaz de atingi-la tão profundamente que a tirou a vida, destruindo todos nós: 3 filhos, marido, 2 netos... Filho e neto que estavam lá nas arquibancadas do Engenhão, hoje, buscando voltar a sentir certa alegria, tanto como eu daqui, tão fisicamente distante, mas não desaparecida como ela de nós.
Lembro do jogo - ruim - contra o América-MG, em que ela, minha mãe, vítima da violância maldita do Rio de Janeiro, me falou: "- Filha, sempre fico preocupada quando o Fluminense joga contra esses times..." Era realmente muito ruim quando a intuiçao dela não era positiva. Falei que o Fred jogaria, ela, de súbito, retornou: - Ah, então está bom!" Não foi bem assim naquele jogo, MAS HOJE, AAAH HOJE... Sem dúvida, ela falaria a mesmíssima coisa no caso da final: "- O Fred vai jogar? Ah então está bom..." Mas não sei o que ela intuiria, apenas a certeza de que ela se aproximaria de Gravatinha para nos abençoar. Certeza concretizada! rs
Não quero aqui dizer que foi o Fred o cara da final. Não, não foi (DECO FOI NOSSO DIAMANTE). Fred, ainda lento, fisicamente pesado, só melhorou mesmo no segundo tempo do jogo. Mas aquela bola, aquele penalti era a bola do jogo, e o nosso centroavante artilheiro precisou ser o capitão Fred para abrir o placar e iniciar um tarde-noite memorável. Tudo para minha mãe dizer: "gol do Fluminense, foi o Fred, sempre ele". MAAAAS...... NÓS TEMOS UM TREINADOR MEDÍOCRE.
Num jogo que era somente manter o estilo de jogo, e substituir colocando outros de características iguais, não: ele tirou o melhor do time e do jogo, W. Nem, e colocou MAIS UMA VOLANTE, Jean, faltando ainda 25 minutos de jogo. O Vasco cresceu, obviamente. Mas ainda tínhamos o jogo nas mãos. Mas o pior do ABEL ainda estava por vir: tirou TN e colocou outro centroavante pesado, sem velocidade. Resultado? Quase demos a faca, o queijo e a taça de presente ao Vasco. MAAAAAAAAAAS... NÓS TEMOS GRAVATINHA.
Olhei para céu e pedi: olhai por nós! Gravatinha sorriu e de alguma forma ouvi a voz de minha mãe a sussurrar: "- É hoje o dia da alegria..." Diga espelho meu se há no mundo clube mais lindo que o meu? Não, não há. E por não haver, até ouso abusar da paciência de vocês para falar um pouco mais de mim: após ter que conviver com uma tragédia sem reparações, ter a primeira alegria porque o Fluminense existe, foi algo sagrado. Obrigada. Obrigada. Ao Deco, ao Nem, ao Fred e TN. Obrigada a você, torcedor do FFC, e a você, leitor. Obrigada.
Abraços,
Fraternalmente,
Crys,
@@@
PITONISA DO FUTFAN:
PARABÉNS, CRAVOU O TÍTULO DO FLUMINENSE ANTES DAS SEMI-FINAIS!
PODEROSA!!!!!!!!!!!!
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