segunda-feira, 26 de março de 2012

Depois não reclamem.

Paus que Organizadas usam para matar



     "No domingo, o confronto entre 300 torcedores armados com revólveres, paus, pedras e barras de ferro deixou um palmeirense morto. Ele foi baleado na região da Avenida Inajar de Souza, na Freguesia do Ó, Zona Norte da capital paulista.  Andre Alves Lezo, de 21 anos, integrante da torcida organizada Mancha Alviverde, levou um tiro na cabeça e morreu no Hospital Estadual da Vila Nova Cachoeirinha." (G1)

     Ultimamente não me recordo de um clássico em São Paulo que não gere a mesma notícia. Confrontos pesados, envolvendo centenas, resultando em morte. Dentro do Estádio, um futebol previsível, sem grandes jogadores, apesar de ter o Corinthians um time correto contra um Palmeiras que luta para se formar através das vitórias criadas por Marcos Assunção e Barcos. Na arquibancada, aí sim, 30 mil pessoas. E os comentários de que encheu... 30 mil para um clássico agora é cheio?! Ah, está bem...


      Na contra-mão de revertidas leis, o prefeito do Rio proíbe a venda de cerveja nos arredores do Maracanã. O ápice do disparate dessa geringonça foi me ver, ao sair do estacionamento da UERJ, atravessando a rua Prof. Manoel de Abreu, sendo    parada por uma linha "de quatro beques" da Polícia, porque levava comigo uma lata de cerveja, para pisar no calçadão do Estádio, eu deveria livrar-me dela. Não podia pisar no outro lado da rua com aquela lata nas mãos. Enquanto isso, maconheiros e chincheiros passeiavam livremente pelo Estádio. Muitos daqueles frondosos rapazes que carregam esses delicados paus, (diria Freud por não tê-los?! Suponharia), como bandeiras de uma filosofia de vida chamada morte. 


      Enquanto isso, você, cidadão e torcedor comum, não pode beber sua cerveja, e cada vez menos, levar sua esposa e filhos aos jogos de futebol. E na contra-mão de revertidas ordens, o que mais queremos fazer no Brasil?! Afastar o torcedor mais e mais e mais? Pois é o que está acontecendo. O brasileiro tem ido cada vez menos aos jogos. No Rio, um Botafogo x Vasco teve um público de 11 mil pagantes. Público esse que não há muito tempo atrás era público pequeno para um jogo de um deles.


      Não reclamem depois dos torcedores comuns que, distanciados, passam a preferir jogar PlayStation, ver um jogo do futebol europeu, comprar a camisa do Barcelona, e ter como principais ídolos, ídolos de outras nacionalidades, porque dentro e fora de campo nosso espetáculo, que deveria ser o maior da terra, anda cada mais pobre, chato, caro e violento. Depois não reclamem!


    Abraços, 
da arquibancada do FutFan,
 C. Bruno.

contato: futfan10@gmail.com

     


      

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