"O Grito", quadro de Edvard Munch, o mais caro da arte, atualmente. E Gareth Bale, jogador galês, o mais caro jogador. Arte: Crys Bruno. |
77 milhões
e meio de libras ou R$ 248 milhões de reais, é o valor da atual obra de arte
mais cara do mundo: a pintura O Grito, do norueguês Edvard Munch. Considerada
um marco do expressionismo, pintada no fim do século XIX, a obra aborda a
angústia humana, mesmo num cenário solar, a vista do pôr-do-sol na doca de Oslofjord, em Oslo.
85 milhões de libras ou
R$ 302 milhões de reais, é o valor da maior negociação da história do futebol,
anunciada hoje, pelo presidente do Real Madrid: o galês Gareth Bale, 24 anos, é
a “obra de arte” mais cara, o novo galáctico do esporte bretão.
Diante de 30 mil torcedores, Bale se apresenta no Real Madrid e avisa: "Cristiano Ronaldo é o chefe. Eu venho ajudar." Foto: AP |
O britânico Gareth Bale nasceu na capital do
País de Gales, Cardiff, em 16 de julho de 1989. Iniciou sua carreira num clube
inglês, o Southampton, com impressionáveis 16 anos (por aqui, na Grã-Bretanha, sua
carreira começa com 20 anos, em média). Em sua primeira temporada, já fazia parte
das convocações da seleção do seu país,
o então lateral-esquerdo foi premiado como o jogador jovem do ano. Foi por isso
que o Tottenham o contratou por cinco milhões de libras, em 2007.
Gareth Bale, aos 16 anos, profissionalizou-se no Southampton. Nessa idade, também foi chamado para a Seleção. |
Na temporada 2010-2011,
por conta de uma série de contusões e desfalques no ataque do time, o então
treinador dos Spurs, Harry Redknapp, posicionou Bale mais à frente e o galês
iniciou assim uma temporada com lindos gols e assistências. Em 146 jogos pelo
clube londrino, fez 60 gols. Nas duas últimas temporadas, foi eleito o melhor
jogador do campeonato inglês e chega ao Real Madrid com números melhores que o
então mais caro jogador, Cristiano Ronaldo, realizou na mesma Inglaterra, pelo
Manchester United.
Por conta disso, as
expectativas sobre Gareth Bale são altas tanto quanto seu valor. E se você acha
que o futebol enlouqueceu e que Bale não vale 302 milhões de reais, lembre-se
que existe um mundo ainda mais insadecido que consome futebol e idolatria e que
movimenta um mercado bilionário. Lembre-se também de se perguntar se as
pinturas milionárias de Picasso e Munch valem o valor dado. E não se esqueça
que valor de mercado só existe no papel, que é o valor pago quem afirma o valor
real.
Em 2009, Cristiano Ronaldo também superou o quadro mais caro da época, então "Nu, folhas e busto" de Picasso. |
Por isso, a meu ver, se o
Real Madrid pagou 76 milhões de euros( mais de 200 milhões de reais) por
Zinedine Zidane, 92 milhões de euros para Cristiano Ronaldo ( 300 milhões de
reais) e hoje, cerca de 100 milhões de euros por Gareth Bale, é porque eles
mereceram, porque eles valem. Não pelo futebol em si, mas pela indústria
trilionária do futebol e da idolatria. Louco não é o Real Madrid. Longe disso,
aliás. Houve retorno com Zidane e Cristiano Ronaldo. Haverá com Bale.
OS PONTOS FORTES DE
GARETH BALE:
Com físico privilegiado,
no futebol de ritmo intenso como o jogado por aqui, sua resistência física e
técnica no passe e, especialmente, no arremate – Bale tem um chute preciso a
gol – são as características mais marcantes do galês. Isto aliado a um
posicionamento dinâmico – como ex-lateral, Gareth também sabe marcar bem – e seu
jogo agudo, sempre em direção ao gol adversário, fazem de Gareth Bale um dos
maiores nomes da história do País de Gales, do Tottenham, e muito
provavelmente, do Real Madrid.
Boa sorte ao rapaz de
comportamento sóbrio, profissional dedicado e jogador de equipe, pelo momento
de intensa felicidade, na realização do sonho em jogar num dos maiores clubes
do mundo. Ao lado de Cristiano Ronaldo, Gareth Bale deverá oferecer ao Real
Madrid um time que novamente despontará como um dos favoritos aos títulos da
temporada, ao lado do Barcelona e Bayern de Munique. O futebol agradece.
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O “FLAXFLU” DE LONDRES:
Arsenal x Tottenham Spurs.
Entrada do Estádio do Arsenal, em Londres: chegada tranquila para o clássico de maior rivalidade da cidade. |
Arsenal x Tottenham Spurs
fazem o maior clássico da capital inglesa e dividem uma das mais intensas
rivalidades do futebol europeu.
Conhecido como o clássico
do norte de Londres, tudo começou quando o Arsenal, em 1913, time dos
trabalhadores de uma fábrica de armas, mudou-se de Woolwich, sudeste da cidade,
para Highbury, norte, fixando-se num estádio muito próximo do White Lane, casa
do Tottenham Spurs, cujos torcedores receberam com repulsa os novos vizinhos.
A rivalidade ganhou
proporção intensa quando em 1919, por conta da primeira guerra mundial, o campeonato
inglês sofria mudanças. A primeira divisão deveria receber mais dois novos
clubes, além dos que conquistaram o acesso. Chelsea e Tottenham deveriam ser
rebaixados, por terem sido o penúltimo e último, respectivamente.
Mas em votação polêmica, a
federação de futebol inglesa deu as vagas ao Chelsea, rebaixando o Tottenham, e
ao invés de dar o acesso ao terceiro colocado da segunda divisão, o Barnley,
escolheram o Arsenal para a disputa da série A. A história dessa votação
polêmica que ascendeu o Arsenal e rebaixou o Tottenham, é contada com horror
até hoje pelos fãs do Spurs. A explicação dos torcedores do Arsenal, no entanto,
explica as razões da FA: assim como o Chelsea, o clube tinha sofrido baixas de
jogadores que estavam servindo o país na guerra, o que sucitou a simpatia dos
que votaram a favor do Arsenal.
Times em campo: os vermelhos do norte, Arsenal, venceu os brancos do norte, Tottenham Spurs: 1x0. |
Ontem, mais uma partida
foi realizada pelos dois. E se já não bastasse o anúncio da perda de seu maior
ídolo e melhor jogador, Gareth Bale, a torcida do Tottenham viu seu time perder
para o Arsenal por 1x0.
Eu estive lá, ao lado de mais 60 mil torcedores. E ainda
como convidada. Na “aba do chapéu” da indústria petrolífera, assisti uma
partida de futebol no camarote pela primeira vez. Que loucura! (há,há). Já
havia estado no Emirates Stadium, atual casa do Arsenal, na temporada passada,
para assistir um empate sem graça e sem gol entre os Gunners e o Chelsea.
Ontem, não.
Além de ter sido um jogo
muito corrido e disputado, presenciei a atmosfera que envolve a rivalidade,
naquele que é o maior clássico da cidade de Londres. Vindo de uma classificação
convicente para a chave de grupos da Champions League, o Arsenal se impôs e
numa partida excelente do tcheco Rosicky e do inglês, Walcott, bateu seu arquirrival
por 1x0, gol do francês Giroud.
Um dos sagões num dos camarotes do Emirates Stadium: conforto que todo torcedor merece ter. |
Hoje, os Gunners
anunciaram a contratação do meia-atacante alemão, Mesut Ozil, por 42 milhões de
Libras, junto ao Real Madrid. Um baita jogador. E todos esperam que Ozil traga
ao Arsenal um espírito de campeão, para superar a maior crítica feita ao time
nos últimos anos: a de que os jogadores são acomodados, sem ambição de brigar
por títulos.
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TÁ ROLANDO NO BRASIL...
Kaká volta ao Milan. Um dos destaques do último dia para transferência, na Europa. Foto: Reuters. |
- Kaká retornou para o
Milan, de onde nunca deveria ter saído. Li há pouco, no twitter, o jornalista
André Plihal comentando que o Milan é ruim e ele não sabe “se Kaká ainda
consegue carregar um time nas costas”. Algum dia, Kaká carregou? Eu, hein...
- Segundo torcedor
vascaíno que reside próximo ao Mineirão, o preço do ingresso da torcida
visitante custava R$ 120,00 reais. E o torcedor do Cruzeiro não pagou menos de
R$ 70,00 reais para assistir Cruzeiro 5x3 Vasco. Extorsão é pouco!
- E Fred, hein? Cismou em
bater uma falta, que nunca foi característica do seu jogo, mesmo tendo ao lado
especialistas como Sóbis e Wagner, e se contundiu gravemente. Vai entender...
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INTERESSANTE...
Frank Ribery corre em direção a Pepe Guardiola em comemoração ao gol contra o Chelsea de José Mourinho. Foto: Getty Images |
- Ribery, eleito o melhor
jogador europeu, marcou um gol para o Bayern de Munique sobre o Chelsea, na
conquista da Super Copa da Europa (campeão da Champions x campeão da Liga Euro),
e correu enlouquecido para abraçar seu treinador, Pepe Guardiola, que chegou ao
clube alemão “ontem”. O craque francês, após a partida, explicou o gesto: “-
Dediquei o gol a ele, Guardiola, e contra o José Mourinho (atualmente treinador
do Chelsea).” Para bom entendedor...
Então, é isso, pessoal.
Abraços,
Fraternalmente,
Crys Bruno.
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