segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A obra de arte Gareth Bale e o “FlaxFlu de Londres”.



"O Grito", quadro de Edvard Munch, o mais caro da arte, atualmente. E Gareth Bale, jogador galês, o mais caro jogador.
Arte: Crys Bruno.





77 milhões e meio de libras ou R$ 248 milhões de reais, é o valor da atual obra de arte mais cara do mundo: a pintura O Grito, do norueguês Edvard Munch. Considerada um marco do expressionismo, pintada no fim do século XIX, a obra aborda a angústia humana, mesmo num cenário solar, a vista do pôr-do-sol  na doca de Oslofjord, em Oslo.



85 milhões de libras ou R$ 302 milhões de reais, é o valor da maior negociação da história do futebol, anunciada hoje, pelo presidente do Real Madrid: o galês Gareth Bale, 24 anos, é a “obra de arte” mais cara, o novo galáctico do esporte bretão.



Diante de 30 mil torcedores, Bale se apresenta no Real Madrid e avisa: "Cristiano Ronaldo é o chefe. Eu venho ajudar."
Foto: AP



O britânico Gareth Bale nasceu na capital do País de Gales, Cardiff, em 16 de julho de 1989. Iniciou sua carreira num clube inglês, o Southampton, com impressionáveis 16 anos (por aqui, na Grã-Bretanha, sua carreira começa com 20 anos, em média). Em sua primeira temporada, já fazia parte das convocações da  seleção do seu país, o então lateral-esquerdo foi premiado como o jogador jovem do ano. Foi por isso que o Tottenham o contratou por cinco milhões de libras, em 2007.  


Gareth Bale, aos 16 anos, profissionalizou-se no Southampton. Nessa idade, também foi chamado para a Seleção.




Na temporada 2010-2011, por conta de uma série de contusões e desfalques no ataque do time, o então treinador dos Spurs, Harry Redknapp, posicionou Bale mais à frente e o galês iniciou assim uma temporada com lindos gols e assistências. Em 146 jogos pelo clube londrino, fez 60 gols. Nas duas últimas temporadas, foi eleito o melhor jogador do campeonato inglês e chega ao Real Madrid com números melhores que o então mais caro jogador, Cristiano Ronaldo, realizou na mesma Inglaterra, pelo Manchester United.



Por conta disso, as expectativas sobre Gareth Bale são altas tanto quanto seu valor. E se você acha que o futebol enlouqueceu e que Bale não vale 302 milhões de reais, lembre-se que existe um mundo ainda mais insadecido que consome futebol e idolatria e que movimenta um mercado bilionário. Lembre-se também de se perguntar se as pinturas milionárias de Picasso e Munch valem o valor dado. E não se esqueça que valor de mercado só existe no papel, que é o valor pago quem afirma o valor real.

Em 2009, Cristiano Ronaldo também superou o quadro mais caro da época, então "Nu, folhas e busto" de Picasso.


Por isso, a meu ver, se o Real Madrid pagou 76 milhões de euros( mais de 200 milhões de reais) por Zinedine Zidane, 92 milhões de euros para Cristiano Ronaldo ( 300 milhões de reais) e hoje, cerca de 100 milhões de euros por Gareth Bale, é porque eles mereceram, porque eles valem. Não pelo futebol em si, mas pela indústria trilionária do futebol e da idolatria. Louco não é o Real Madrid. Longe disso, aliás. Houve retorno com Zidane e Cristiano Ronaldo. Haverá com Bale.



OS PONTOS FORTES DE GARETH BALE:


Com físico privilegiado, no futebol de ritmo intenso como o jogado por aqui, sua resistência física e técnica no passe e, especialmente, no arremate – Bale tem um chute preciso a gol – são as características mais marcantes do galês. Isto aliado a um posicionamento dinâmico – como ex-lateral, Gareth também sabe marcar bem – e seu jogo agudo, sempre em direção ao gol adversário, fazem de Gareth Bale um dos maiores nomes da história do País de Gales, do Tottenham, e muito provavelmente, do Real Madrid.



Boa sorte ao rapaz de comportamento sóbrio, profissional dedicado e jogador de equipe, pelo momento de intensa felicidade, na realização do sonho em jogar num dos maiores clubes do mundo. Ao lado de Cristiano Ronaldo, Gareth Bale deverá oferecer ao Real Madrid um time que novamente despontará como um dos favoritos aos títulos da temporada, ao lado do Barcelona e Bayern de Munique. O futebol agradece.



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O “FLAXFLU” DE LONDRES: Arsenal x Tottenham Spurs.





Entrada do Estádio do Arsenal, em Londres: chegada tranquila para o clássico de maior rivalidade da cidade.





Arsenal x Tottenham Spurs fazem o maior clássico da capital inglesa e dividem uma das mais intensas rivalidades do futebol europeu.  



Conhecido como o clássico do norte de Londres, tudo começou quando o Arsenal, em 1913, time dos trabalhadores de uma fábrica de armas, mudou-se de Woolwich, sudeste da cidade, para Highbury, norte, fixando-se num estádio muito próximo do White Lane, casa do Tottenham Spurs, cujos torcedores receberam com repulsa os novos vizinhos.



A rivalidade ganhou proporção intensa quando em 1919, por conta da primeira guerra mundial, o campeonato inglês sofria mudanças. A primeira divisão deveria receber mais dois novos clubes, além dos que conquistaram o acesso. Chelsea e Tottenham deveriam ser rebaixados, por terem sido o penúltimo e último, respectivamente.




Mas em votação polêmica, a federação de futebol inglesa deu as vagas ao Chelsea, rebaixando o Tottenham, e ao invés de dar o acesso ao terceiro colocado da segunda divisão, o Barnley, escolheram o Arsenal para a disputa da série A. A história dessa votação polêmica que ascendeu o Arsenal e rebaixou o Tottenham, é contada com horror até hoje pelos fãs do Spurs. A explicação dos torcedores do Arsenal, no entanto, explica as razões da FA: assim como o Chelsea, o clube tinha sofrido baixas de jogadores que estavam servindo o país na guerra, o que sucitou a simpatia dos que votaram a favor do Arsenal.  


Times em campo: os vermelhos do norte, Arsenal, venceu os brancos do norte, Tottenham Spurs: 1x0.



Ontem, mais uma partida foi realizada pelos dois. E se já não bastasse o anúncio da perda de seu maior ídolo e melhor jogador, Gareth Bale, a torcida do Tottenham viu seu time perder para o Arsenal por 1x0.



Eu estive lá, ao lado de mais 60 mil torcedores. E ainda como convidada. Na “aba do chapéu” da indústria petrolífera, assisti uma partida de futebol no camarote pela primeira vez. Que loucura! (há,há). Já havia estado no Emirates Stadium, atual casa do Arsenal, na temporada passada, para assistir um empate sem graça e sem gol entre os Gunners e o Chelsea. Ontem, não.



Além de ter sido um jogo muito corrido e disputado, presenciei a atmosfera que envolve a rivalidade, naquele que é o maior clássico da cidade de Londres. Vindo de uma classificação convicente para a chave de grupos da Champions League, o Arsenal se impôs e numa partida excelente do tcheco Rosicky e do inglês, Walcott, bateu seu arquirrival por 1x0, gol do francês Giroud.



Um dos sagões num dos camarotes do Emirates Stadium: conforto que todo torcedor merece ter.





Hoje, os Gunners anunciaram a contratação do meia-atacante alemão, Mesut Ozil, por 42 milhões de Libras, junto ao Real Madrid. Um baita jogador. E todos esperam que Ozil traga ao Arsenal um espírito de campeão, para superar a maior crítica feita ao time nos últimos anos: a de que os jogadores são acomodados, sem ambição de brigar por títulos.



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TÁ ROLANDO NO BRASIL...


Kaká volta ao Milan. Um dos destaques do último dia para transferência, na Europa.
Foto: Reuters.



- Kaká retornou para o Milan, de onde nunca deveria ter saído. Li há pouco, no twitter, o jornalista André Plihal comentando que o Milan é ruim e ele não sabe “se Kaká ainda consegue carregar um time nas costas”. Algum dia, Kaká carregou? Eu, hein...



- Segundo torcedor vascaíno que reside próximo ao Mineirão, o preço do ingresso da torcida visitante custava R$ 120,00 reais. E o torcedor do Cruzeiro não pagou menos de R$ 70,00 reais para assistir Cruzeiro 5x3 Vasco. Extorsão é pouco!




- E Fred, hein? Cismou em bater uma falta, que nunca foi característica do seu jogo, mesmo tendo ao lado especialistas como Sóbis e Wagner, e se contundiu gravemente. Vai entender...




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INTERESSANTE...

Frank Ribery corre em direção a Pepe Guardiola em comemoração ao gol contra o Chelsea de José Mourinho.
Foto: Getty Images



- Ribery, eleito o melhor jogador europeu, marcou um gol para o Bayern de Munique sobre o Chelsea, na conquista da Super Copa da Europa (campeão da Champions x campeão da Liga Euro), e correu enlouquecido para abraçar seu treinador, Pepe Guardiola, que chegou ao clube alemão “ontem”. O craque francês, após a partida, explicou o gesto: “- Dediquei o gol a ele, Guardiola, e contra o José Mourinho (atualmente treinador do Chelsea).”  Para bom entendedor...



Então, é isso, pessoal.


Abraços,
Fraternalmente,
Crys Bruno.

    











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