sábado, 4 de janeiro de 2014

Que me perdoem os esforçados, mas TALENTO é fundamental.


Reprodução Internet.


Oi, pessoal.

Como vai? Espero que tenham tido boas festas e desejo a todos um ano de 2014 repleto das melhores realizações e alegrias sob a égide da paz.

Antes de tudo, eu gostaria de me desculpar com essa certa ausência. Tenho tido muito pouco tempo de conexão - sim, isto ainda existe no mundo, até no Velho Mundo. rs.

MAS, assim recomeço, já em novo ano, a falar sobre futebol, sentadíssima nessa arquibancada onde sou cativa, como torcedora comum, como você.

Em "Que me desculpem os esforçados, mas talento é fundamental", eu falo de futebol...


@@@
Adicionar legenda



Pessoal, eu nunca vou me acostumar... por isso, desde então, desculpo-me, se necessário for, pois que me perdoem os esforçados ( e nosso poeta, Vinícius de Moraes): mas TALENTO é fundamental.

Eu fui criada num lar que sempre admirou o talento e a arte.

Por isso, eu nunca vou me acostumar com coisas do tipo... um quadro borrado e disforme tratado como um Renoir.

A arte foi devastada pela mediocridade.  Vivemos o tempo das tecnologias e comunicação em gigabytes de desvario e alienação.

“A propaganda é a ARMA do negócio, no nosso peito bate um alvo muito fácil”, canta Humberto Gessinger com propriedade.

Bobagem achar-se autoimune. Por mais que tentemos, por maior que seja nossa conciência, em algum ponto, em alguma situação, circunstância, tema, somos atingidos e tomados pela “ARMA DO NEGÓCIO”.

No futebol não tem sido diferente e, no caso do Brasil, desde a conquista do tetracampeonato mundial, isso se agravou. O tetra foi a nossa primeira conquista mundial jogando como UMA SELEÇÃO EUROPÉIA, “´pisando” em nosso estilo, deixando “o samba” morrer.

Isso tudo em nome do “futebol moderno”, quiseram nos convencer. Convenceram muitos, mas não todos. 

Nunca a mim. Entupiram nossos clubes com jogadores sem a mínima condição de se tornarem profissionais.

Enquanto isso, paralelamente, criam “ídolos de barro” com uma maestria “gramsciniana”, fazendo uma mentira tornar-se verdade que lhes convém: Kaká é craque e ídolo; Robinho e Neymar são os novos Pelés... Romário é exemplo; Ronaldo é fenômeno... e assim por diante.

Distorcem fatos. Aumentam ou diminuem feitos como operadores da mentira modificada pelo neon da propaganda, cujo poder perigoso é capaz até de fazer com que fatos sejam esquecidos e ignorados.

Unem isso à “promoção” do tipo, “compre dois e ganhe um”. E você fica feliz mesmo pagando por sete.

E o humano torna-se um boi muito mais que explorado em pasto, enganado em abatedouros, porque eles não nos matam, mantém-nos vivos para a manipulação e exploração vitalícias.

No futebol não é diferente. O futebol é a maior indústria de entretenimento do mundo e resiste as crises econômicas que a economia sempre nos trará.

Isso, graças a nossa paixão. Graças a paixão “desse gado”.

Mas é ela, nossa paixão, que nos humaniza novamente quando estamos na arquibancada, quando vestimos a camisa do nosso clube.

Através desse sentimento pelo nosso time de futebol, sentimo-nos humanos em nossa fidelidade, lealdade, honra, prazer, dor, lutas.

Não, senhores jornalistas, publicitários, agentes, dirigentes e técnicos:  não somos meramente um boi caminhando em gado ansioso, temeroso, alienado, teleguiado por tendências e padrões tanto sobre-humanos quanto sub-humanos.

Por isso, não!, nunca vou me acostumar.

E que me perdoem os esforçados, mas TALENTO é fundamental.

Enquanto for futebol, nunca aceitarei a robotização do ser humano, como vemos nas teorias do beisebol e do rugby, por exemplos.


Não. Nunca vou me acostumar. Porque talento é fundamental.

Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.


Nenhum comentário:

Postar um comentário