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Reprodução Internet. |
Oi,
pessoal.
Como vai? Espero que tenham tido boas festas e desejo a todos um ano de 2014 repleto das melhores realizações e alegrias sob a égide da paz.
Antes de tudo, eu gostaria de me desculpar com essa certa ausência. Tenho tido muito pouco tempo de conexão - sim, isto ainda existe no mundo, até no Velho Mundo. rs.
MAS, assim recomeço, já em novo ano, a falar sobre futebol, sentadíssima nessa arquibancada onde sou cativa, como torcedora comum, como você.
Em "Que me desculpem os esforçados, mas talento é fundamental", eu falo de futebol...
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Pessoal, eu nunca vou
me acostumar... por isso, desde então, desculpo-me, se necessário for, pois que
me perdoem os esforçados ( e nosso poeta, Vinícius de Moraes): mas TALENTO é
fundamental.
Eu fui
criada num lar que sempre admirou o talento e a arte.
Por isso,
eu nunca vou me acostumar com coisas do tipo... um quadro borrado e disforme
tratado como um Renoir.
A arte foi
devastada pela mediocridade. Vivemos o
tempo das tecnologias e comunicação em gigabytes de desvario e alienação.
“A
propaganda é a ARMA do negócio, no nosso peito bate um alvo muito fácil”, canta
Humberto Gessinger com propriedade.
Bobagem
achar-se autoimune. Por mais que tentemos, por maior que seja nossa conciência,
em algum ponto, em alguma situação, circunstância, tema, somos atingidos e
tomados pela “ARMA DO NEGÓCIO”.
No futebol
não tem sido diferente e, no caso do Brasil, desde a conquista do
tetracampeonato mundial, isso se agravou. O tetra foi a nossa primeira
conquista mundial jogando como UMA SELEÇÃO EUROPÉIA, “´pisando” em nosso estilo,
deixando “o samba” morrer.
Isso tudo
em nome do “futebol moderno”, quiseram nos convencer. Convenceram muitos, mas
não todos.
Nunca a mim. Entupiram nossos clubes com jogadores sem a mínima
condição de se tornarem profissionais.
Enquanto
isso, paralelamente, criam “ídolos de barro” com uma maestria “gramsciniana”,
fazendo uma mentira tornar-se verdade que lhes convém: Kaká é craque e ídolo;
Robinho e Neymar são os novos Pelés... Romário é exemplo; Ronaldo é fenômeno...
e assim por diante.
Distorcem
fatos. Aumentam ou diminuem feitos como operadores da mentira modificada pelo
neon da propaganda, cujo poder perigoso é capaz até de fazer com que fatos sejam
esquecidos e ignorados.
Unem isso à
“promoção” do tipo, “compre dois e ganhe um”. E você fica feliz mesmo pagando
por sete.
E o humano
torna-se um boi muito mais que explorado em pasto, enganado em abatedouros,
porque eles não nos matam, mantém-nos vivos para a manipulação e exploração vitalícias.
No futebol
não é diferente. O futebol é a maior indústria de entretenimento do mundo e resiste
as crises econômicas que a economia sempre nos trará.
Isso,
graças a nossa paixão. Graças a paixão “desse gado”.
Mas é ela,
nossa paixão, que nos humaniza novamente quando estamos na arquibancada, quando
vestimos a camisa do nosso clube.
Através
desse sentimento pelo nosso time de futebol, sentimo-nos humanos em nossa
fidelidade, lealdade, honra, prazer, dor, lutas.
Não,
senhores jornalistas, publicitários, agentes, dirigentes e técnicos: não somos meramente um boi caminhando em gado
ansioso, temeroso, alienado, teleguiado por tendências e padrões tanto sobre-humanos
quanto sub-humanos.
Por isso,
não!, nunca vou me acostumar.
E que me
perdoem os esforçados, mas TALENTO é fundamental.
Enquanto
for futebol, nunca aceitarei a robotização do ser humano, como vemos nas
teorias do beisebol e do rugby, por exemplos.
Não. Nunca
vou me acostumar. Porque talento é fundamental.
Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.
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