segunda-feira, 10 de março de 2014

Operação WW

Walter (18) e Wagner se cumprimentam: dupla tem sido destaque do Fluminense, ao lado de Conca.
Foto: Nelson Perez\FFC


Oi, pessoal.

Certa vez, com muita propriedade, o ex-maestro tricolor, Deco, afirmou que futebol não tinha a ver com justiça, ao responder a conhecida pergunta jornalística: "O resultado foi justo?"


É verdade. Há inúmeras injustiças no futebol. Mas, paralelamente, há muita justiça (risos). Afinal, premiar os mais eficientes é uma espécie de justiça, e ocorre na maioria das vezes, no campo.


Por isso, seja por justiça ou por eficiência, fato é que Walter e Wagner, ao lado de Conca, têm sido os melhores jogadores do time nesse início de temporada e se futebol é momento, o momento é deles. 


Wagner, justamente muito criticado, ano passado, quando que para cada cinco partidas, mostrava o brilho do seu futebol em uma ou outra, tem jogado solto, com excelente deslocamento, acompanhando as jogadas ofensivas, infiltrando-se na área e desenvolvendo o melhor da sua característica: o meia criativo e finalizador.


Wagner domina a bola: meia merece a titularidade.
Foto: Nelson Perez\FFC


O Fluminense precisa ter no meio-campo outro jogador com essas características, não somente o Conca. Não há time grande, que dispute título no Brasil, que não jogue com dois meias ofensivos ou que jogue com TRÊS volantes.


Sim, tentaria um meio-campo com qualidade de passe e posse de bola, com Valencia, Jean, Wagner e Conca. Assim, obrigaríamos uma atenção e jogadores adversários mais presos em nos marcar, do que o contrário, e desafogaríamos um pouco a defesa.


Com posse de bola, o time todo se desgasta menos fisicamente e rende mais tecnicamente. 


Mas se Renato der essa chance ao Wagner, mas sacar Jean e não Diguinho, perderemos a chance de ter um segundo volante que saiba jogar, algo que tem sido o diferencial de grandes times no Brasil. 


E vale ressaltar duas coisas: ao lado de Valência e Diguinho, Jean é marcado como se fosse um meia-ofensivo e facilmente neutralizado, sobrando o seu corredor e espaço para Diguinho, que não tem sua qualidade com a bola. 


Foi como segundo volante, somente tendo Edinho ao lado, que Jean jogou muito e fomos campeões brasileiro, em 2012.


Eu apostaria nele. Já que Diguinho, que, normalmente, por questões de privilégio físico, todo início de temporada, parece voar, já, já, perderá o gás, além de não ter melhoramento técnico para apostarmos.


Ainda assim, também fomos campeões com Diguinho de segundo volante. Isso, claro, com ele quatro anos mais novo, o que, para seu estilo, "corredor", isso pesa sobremaneira. 


Bem, fato é que somente acredito num time se ele for escalado com equilíbrio, ou seja, número igual entre jogadores mais defensivos e ofensivos. No caso do nosso Fluminense, um meio-campo com dois volantes e dois meias é o ideal. 

Walter:  jogador é a alegria de jogar futebol do Fluminense.
Foto: Nelson Perez\FFC


E se você tem dúvida sobre a utilização dos meias-ofensivos Conca e Wagner, para um time que desejar ter Walter e Fred, ou melhor, um ataque sem jogador de velocidade, esteja certo que a presença deles é fundamental para que as bolas cheguem redondas e num espaço docampo mais difícil de ter jogo, por dentro, que a qualidade do passe faz TODA diferença.

Com três volantes, num ataque com Fred e Walter, estes não verão a cor da bola e essa só chegará nos tortos cruzamentos ou balãozinhos dos laterais. Que tal o filme? Cruzes!

ISSO PARA NÃO DIZER QUE...

... com três volantes e dois centroavantes, ainda mais pesados, não vejo nem time pequeno do Amapá escalar.



ATENÇÃO! ATENÇÃO! POR ISSO, OPERAÇÃO WW (Wagner e Walter) EM AÇÃO! "COPY?"


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FALANDO NISSO...

Ganso (à direita) comemora gol com Osvaldo.

Só para você, torcedor do Fluminense, ter ideia do excesso de jogadores defensivos do time do Renato... Muricy está jogando com APENAS UM VOLANTE (Souza), DOIS MEIAS (os "lentos" e que "não marcam ninguém" Ganso e Maicon) E TRÊS ATACANTES (Pabon, L. Fabiano e Osvaldo).



Foi assim que jogou e venceu o Corinthians. É assim que vem jogando e devolvendo ao torcedor do São Paulo a estima que uma temporada pífia retirou, quando quase foram rebaixados.

MURICY, HEIN??!!!

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TOQUE DE CRAQUE:

Neymar carrega no colo menino sul-africano que invadiu o campo no jogo da Seleção.
Foto: Reprodução Internet


A imagem dispensa legenda e qualquer comentário. Bem sabemos. Mas, não, um destaque. 


A espontaneidade, tão rara, até no meio futebolístico, nessa "era do excesso de marketing", foi determinante por um gesto genuíno e de beleza humana que Neymar nos proporcionou.


O menininho, em seu colo, tinha invadido o campo, ao final do jogo, e homens grandes e fortes logo correram para retirá-lo, com semblantes zangados. Conseguem. Mas recuam diante de Neymar que pede para soltar o menino, o pega no colo e leva até o restante dos jogadores.

O olhar de encantamento da criança é uma das cenas mais lindas que o futebol nos proporcionou. 

Nota mil, Neymar!

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Abraços, pessoal.

Fraternalmente,
Crys Bruno.

4 comentários:

  1. Perfeita a sua crônica Crys Bruno, o Renato Gaúcho deveria lê-la.

    Esse gesto humano e espontâneo do Neymar é bem demonstrativo do seu futebol alegre e descontraido.

    ST!

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  2. Oi, queridão, que bom que gostou!
    Renatão não irá ler, mas quem sabe ele capte nossa transmissão de pensamentos? risos
    Beijo saudoso.
    ST4!

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  3. É isso aí. Perfeitas colocações! Por acaso, você não é amiga do Dr Celso não? Pois se for, quem sabe você não substitui o Renight

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  4. Pena que não vi essa do Neymar! Lindo mesmo! Ele é um menino bacana!
    E, querida RG vai te ouvir! Rs

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