domingo, 27 de abril de 2014

De lavar a alma!

Cristóvão, o dono da bola: técnico implementa novo posicionamento ao time.
Nelson Perez\Fluminense F.C.

Quatro jogos, quatro vitórias, convincentes, vários gols marcados, nenhum gol sofrido, e isso tudo sem precisar jogar como time pequeno, com "oitocentos" jogadores atrás da linha da bola, encurralados na defesa.


Tem sido assim o Fluminense de Cristóvão Borges, o dono da bola, o técnico que, mesmo com apenas uma semana de trabalho livre, recém-chegado num clube em crise política e técnica, revolucionou a maneira de jogar do Fluminense.


Não mais um time apenas de contra-ataque, que só se defende, buscando encaixar uma jogada, achar o gol. Não! Agora, como um time grande deve jogar, um time que se impõe em campo, impondo respeito. 


Cristóvão conseguiu isso ao posicionar a defesa fora da área. No jargão do futebol, se diz: subir linhas. A primeira linha dos quatro defensores, setor defensivo, avança, ganhando aproximação do meio-campo e, com isso, a melhor cobertura dos volantes. 

Sóbis marca e Fluzão ganha mais uma: 1x0 no Palmeiras.
Nelson Perez\Fluminense F.C.



Corre riscos? Claro. Mas jogar todo na defesa, corre-se mais! Porque você dá campo ao adversário no setor que não deve dar nunca: o meio-campo. Graças a esse espaço, os times chegavam com facilidade dentro de nossa área, sufocando os laterais, zagueiros e volantes, que acabam mais vulneráveis as falhas.


Assim, não. Com os setores compactados, os volantes e zagueiros jogam mais próximos, há tempo da chegada do companheiro para a cobertura e ao roubar a bola, há opção de passe próximo. Isso tudo é a organização e o posicionamento que ajudam sobremaneira o rendimento técnico individual. 


Temos visto, pro exemplo, o Bruno indo mais à linha de fundo. Não corre mais 100 metros para marcar e atacar por 90 minutos. Reparem: o setor defensivo se posiciona na intermediária, isso faz com que Bruno e Carlinhos tenham mais pernas para a correria que se espera deles.


Com dois meias-ofensivos, sem posição fixa, como deve ser, Jean voltou a jogar bem. Claro. Não recebe mais a marcação que um meia recebe, sem ter as características de deslocamentos daquela posição que não é nem nunca foi a sua, como meia o jogador era facilmente desarmado.

Até o limitado Diguinho passa a errar menos.

E Gum e Elivelton, também.

Palmeirenses, desinformados ou maldosos, provocam o Flu.
Foto: Miguel Schincariol\Lance


A filosofia de jogo implementada por Cristóvão é uma revolução para esse time e grupo. Hoje, o Fluminense entra em campo para marcar - pressão - e  valorizar a posse de bola, criando e desenhando as jogadas. Entra para dominar o meio-campo. Entra, para vencer o jogo. 


Foi assim, ontem, na vitória por 1x0 sobre o Palmeiras, no Pacaembu. Era uma resposta que esperava: como seria nosso jogo em partidas fora de casa. Resposta recebida. Sinto-me grata.


Será assim, no próximo sábado, no Maracanã, diante do Vitória. E se tudo correr bem e a diretoria conseguir equilibrar esse elenco, ainda falho, será assim por todo campeonato. 


Após um 2013 vergonhoso, que colocou o Fluminense na mira de covardes e maldosos jornalistas e torcedores; e após engolir um início de 2014 sem técnico e sim, com um X9 do Celso Barros no comando do time, eis que surge Cristóvão Borges e faz o Fluminense jogar, horando tua grandeza e glórias, tua história limpa e a paixão de milhões de nós! 


Benditas derrotas para o Horizonte e Vasco! Bendito novo Fluminense! Está sendo de lavar a alma!


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TOQUES RÁPIDOS: DESTAQUES: O DONO DO JOGO:

Conca foi o dono do jogo.
Nelson Perez\Fluminense F.C.


O camisa 10 é aquele que tem que ser o arco e a flecha. O arco, vindo atrás para dar opção aos defensores na saída de bola e organizar o ataque. A flecha, deslocando-se em movimentos ímpares, agudos, em diagonal, não somente em linha reta, estando em todos os lugares do meio-campo e ataque. Por isso, o camisa 10 costuma ser o craque.


Ontem, nosso querido Conca deu mais um show na sua função. Não foi brilhante, mas foi brilhante. (risos). Como o Fluminense joga sem jogadores de velocidade do meio para frente, é graças ao deslocamentos dele que o time consegue progredir. Uma aula de futebol. Que jogador é o nosso Conquinha! O dono do jogo na vitória de ontem.


E sábado tem mais! No dia do aniversário da grande tricolor, a querida, Noira. Terno & Gravatinha em peso no Maraca, para celebrar seu aniversário e mais "um show do meu tricolor!" 


AVANTE, FLUZÃO!

#AindaMaisFortes


Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.


8 comentários:

  1. Uma crônica bonita de ler assim como foi bonito ver o Fluminense jogar ontem contra um adversário forte e jogando em casa.

    Parabéns ao Peter por bancar a contratação do humilde e competente técnico Cristóvão que virou uma unanimidade na torcida tricolor. ST!

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    1. Peter só perde para Celso Barros em mau gosto para escolher técnico. Dessa vez, valeu a escolha.

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  2. Bela vitória. Hoje, podemos dizer, que temos um time arrumado, que tem um ótimo trocar de passes.
    Reitero, o que tenho dito: reforçando à zaga, brigaremos pelo "caneco", pois não existem bichos-papões nesse campeonato.
    Um grande abraço e ST

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    1. Tb acho, Maturana. Tenho visto outros jogos e percebo isso. É claro que a Copa vai quebrar o ritmo e a janela pos-Copa redefinirá mta coisa. A conferir. rs

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  3. Ótima coluna!
    Acho que mais do que puro sonho, se continuarmos nessa forma de jogar , com os reforços e, as principais renovações, tem tudo para levar o Penta!
    Fluzão 2014

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  4. Boa, Crys!

    Corremos mais riscos com aquela postura defensiva, principalmente porque nossos jogadores nao possuem caracteristicas para jogar defensivamente, no erro alheio...

    Se eh para corrermos riscos, que seja jogando como protagonistas, com a posse da bola...

    Tah dando gosto de ver esse time!!!

    Saudacoes Tricolores!!!

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    1. Dá prazer em torcer, ao contrário do sofrimento dos últimos anos. rs Verdade, Mario. ST!

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