domingo, 10 de maio de 2015

Não inventa, Drubscky!

O barrado Vinícius comemora o gol que deu a vitória ao Fluminense: vencer foi fundamental.
Foto: Paulo Sérgio\LancePress



Oi, pessoal.


Vencemos! (sucks,FlaPress!). O gol de Vinícius, golaço, aliás, salvou o Fluminense de um constrangimento: empatar em casa contra um time que vem da Série B e que jogava com um a menos desde os vinte do primeiro tempo.


Essa dificuldade se deu por algumas razões e destaco, primeiro, a falta de um driblador em linha reta; em segundo, as invenções do treinador tricolor, Ricardo Drubscky. 


É legal estudar as táticas. Aliás, muito importante. Ainda mais quando temos cada vez menos jogadores que sabem jogar futebol, assim, raros são os que num lance individual definem o jogo, como historicamente sempre tivemos. 


Por isso, igualmente, torna-se fundamental conhecer a característica de cada jogador do seu elenco, unindo os melhores para montar uma tática que os encaixe. Não o inverso. Nunca o inverso.


Para Ricardo Drubscky, Jean é meia que pode jogar de ponta-esquerda e Wagner é meia que pode jogar de volante e lateral. Tudo bem, numa emergência. Não foi esse o caso ontem.


Mesmo sem o curso de treinador da CBF, qualquer "Zé Mané" ou no meu caso, "Maria Mané", sabe que Jean é um dos cinco melhores volantes que jogam no Brasil e pode, no máximo, ser um eficiente lateral direito.


Também sabe-se que Wagner não tem velocidade para jogar no lado do campo, é meia-atacante e quebra um galho, sem muita eficiência, quando posicionado naquele corredor.


Também qualquer "Zé" ou "Maria" que acompanha o Fluminense identifica que o forte do elenco são os meias atacantes. Para jogar com dois pontas (não abro mão da nomeclatura dos anos 80!), num elenco sem jogador de velocidade, dois volantes e só um meia-atacante por dentro, abre-se mão de dois dos três melhores jogadores desse ano: Vinicius e Gerson, porque eles disputam uma vaga.


Nenhum deles pode jogar no lado do campo. Mas Drubscky posicionou ali até o Jean. Se pela direita, até aceitaria, porque como lateral, Jean conhece aquele corredor. Mourinho joga com Ramires assim no Chelsea. Mas, pela esquerda?! Todo torto!! Foi, de uma tacada só, abrir mão de uma meia e perder Jean. 


Drubscky faz experimentações na sua estreia.
Foto: Paulo Sérgio\LancePress


Inventando "químicas" para encaixar o jogador no seu estático 4-2-3-1 (que nada mais é que o 4-3-3 com os pontas recuados), Drubscky teve no fator "um a mais" a sorte de, numa tacada individual do barrado Vinícius, achar o gol do alívio e da importantíssima vitória. 



Pela característica do nosso elenco, o losango ou os meias por dentro, usando o lado do campo para o deslocamento,melhor aproveitaria o que temos de melhor. Com esse posicionamento, podíamos ver os três melhores jogadores da temporada juntos em campo, como DEVE ser: Jean, Gerson e Vinícius.  


Inegavelmente, Drubscky estudou e conhece todas as "variações táticas", mas só tem usado uma. Pior: a mesma que Cristóvão insistia em jogar e deu errado. O atual treinador só é melhor que seu antecessor na leitura de jogo e, consequentemente, substituições. 


"As argumentações táticas, variáveis, sistêmicas e argumentativas" me assustaram ontem. No segundo tempo não funcionou, mesmo com um a mais, e a "argumentação tática" foi o bumba meu boi, um valha-me, Deus! O salvador foi Vinícius. 


Drubscky deveria repensar o posicionamento do time em relação a característica do jogador. Faça o "feijão com arroz", comandante! Primeiro, escale os melhores; depois, arrume eles em campo de acordo com a tática. Ontem, inventando, o senhor foi apavorante. 


Por favor, não invente mais! Porque até agora o seu profundo conhecimento tático só serviu para prepará-lo para ser analista de futebol e comentar na TV, como na declaração em sua coletiva pós-jogo nos mostra: "-Um time que fez mais ou menos 700 passes e acertou 95%... chutamos 24 bolas no gol." 




O que é isso?... Técnico de futebol ou o Galileu Galilei?




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TOQUES RÁPIDOS:

Hora do Pó-de- arroz! Torcida Tricolor comparece em bom número.
Foto: Paulo Sergio\LancePress


- Kenedy é centroavante. De ponta, só corre. Tiraria o Kenedy, melhor reserva do Fred, para escalar o Magnata. E você? 


- Por que vaiar o Giovanni? Wellington Silva deu uma pixotada num lance, deu um cruzamento para o céu e a torcida não chiou. O que o Giovanni fez além de não colaborar com a caixinha e errar tanto quanto o lateral direito erra?


- Quem é Robert? Menos, Robert, bem menos.


- O Fluminense 2015 é Jean, Gerson, Vinícius e mais oito. Qualquer coisa diferente disso será altamente prejudicial, num ano que tem um Deco nem um Conca para desequilibrar.


- OBRIGADA, MUITO OBRIGADA, Vinícius!


- Dia 17 voltamos em campo contra o Galo, em Brasília! Vai que é sua, tricolor da capital!


- POR FIM, MAS NÃO MENOS IMPORTANTE: Mais de 21 mil tricolores cantaram animados. Estava com saudade de ver nossa torcida assim. 



Bom domingo a todos com um beijo carinhoso a todas as mães tricolores!

Fraternalmente,
Crys Bruno.



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