segunda-feira, 19 de maio de 2014

O Fluminense não é qualquer um

Marcelo Grohe segura a bola antes que ela chegasse na dupla de zagueiros do Flu: atuação do goleiro foi destacada.
Foto: Ricardo Rimoli




A derrota de 1x0 para o Grêmio, em Porto Alegre, é um resultado normal, mas não no jogo de ontem, em que o Fluminense, em nenhum momento da partida, foi dominado pelo forte adversário, mesmo na casa dele.


Cristóvão Borges chegou para nos aliviar e mostrar àqueles que chamavam de "críticos que jogam contra", ou críticos inúteis, ou seja lá o que for mais, os que não compactuavam com aquele time retranqueiro, sempre atrás da linha da bola, acuado, acovardado, que jogava para não sofrer gols.


"- Futebol moderno é isso!", vociferavam. Não queriam enxergar que o Fluminense podia e devia lhe dar mais do que aquilo. Estavam equivocados e mesmo que não admitam, eu espero, pelo bem do Flu, que silenciosamente, isso ocorra. 

Eu os entendo. Principalmente porque a maioria só vê jogo do Fluminense e superam a depressão daquele horror de 90 minutos de retranca, com os momentos de êxtases que os títulos trouxeram, para justificar e aceitar ver nosso Tricolor jogar como se pequeno fosse.

Cristóvão orienta, com a mão esquerda, a última linha, e aponta para o ataque: técnico que mudou a postura do time.
Foto: Ricardo Rimoli


Cristóvão Borges chegou para lhes mostrar o que é atitude e postura de time grande. O que é o futebol moderno. E que esse, embora priorize mais o vigor físico e a marcação, não é feito de retranca como sistema de jogo e SOMENTE, em circunstâncias eventuais da partida. 


Vou enfatizar isso, para que entre na caixola dos tricolores, mesmo que por osmose, para que nunca mais aceitemos ver o Fluminense como vimos muitas vezes com Abel e sempre com Renato, para citar dois exemplos extremos...


Hoje, não teve uma matéria sobre a derrota de ontem que não enalteceu a atuação do time do Fluminense! 
Perdemos? Perdemos. Como se perde também, mesmo jogando como um time pequeno. 


Mas quando se perde jogando como um time pequeno, somos tratados como tal e resultado: os jogadores perdem a confiança, sentem-se piores que são; e a torcida perde a motivação. Isso para não falar que a imagem do clube se apequena também.


Cristóvão Borges chegou para chacoalhar a mentalidade de muitos torcedores do Fluminense. Ver um time jogar melhor que Grêmio, em Porto Alegre... não é para qualquer um. 


O técnico do Fluminense chegou para lembrar a todos aqueles tricolores que aceitavam aquele "futebolzinho muderno" de time pequeno, que o Fluminense não precisa jogar assim e mudando apenas a postura e atitude do time, mostrou o que é ter cara de time grande: o "futebol moderno é isso!". E o FLUMINENSE NÃO É QUALQUER UM.


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MAL DA CABEÇA

Diguinho evita que Fred chegue até o juiz após a expulsão: capitão perdeu a cabeça.
Foto: Ricardo Rimoli


Pessoal, ao lado de Dario Conca e Deco, Fred foi o melhor jogador do Fluminense nessa história recente do clube. Isso é inegável.

Além disso, sua importância e presença com uma liderança positiva tem feito a diferença tanto quanto seus gols. Igualmente inegável.

MAS...

O ciclo do capitão do time se aproxima do fim. Como admiradora, muito me dói pensar nisso, quanto mais escrever... o que tenho adiado, desde as informações de que após a Copa, ele sairá. Algo que acredito totalmente.

2014 tem sido mais um ano de muita luta para superar-se. Primeiro, fisicamente. Hoje o artilheiro, camisa 9 do Fluminense e da Seleção Brasileira, parece fisicamente recuperado. No entanto, a parte técnica está terrível de ver.

Ontem, pior que sua atuação técnica, com domínio de bola e passes equivocados, apesar de todo o esforço e importante presença, foi vê-lo pôr a mão no pescoço do adversário para empurrá-lo.

Já com cartão, e milésimos de segundos de ver o árbitro dar um amarelo ao jogador do Grêmio, no empurra-empurra da área, foi de pedir para ser expulso.

Mal tecnicamente, ontem, foi mal da cabeça também. Foi o segundo detalhe determinante para a nossa derrota.

POR ISSO...

Muito me dói dizer: que bom que ele está fora do jogo contra o São Paulo para que Walter possa jogar!


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WALTER DEVE ENTRAR DE TITULAR, NA QUARTA

Walter leva as mãos à cabeça lamentando um passe errado: jogador deve substituir Fred, expulso.
Foto: Ricardo Rimoli



Walter consegue ser um jogador extremamente perigoso, quando não sempre decisivo, em todas as partidas que entra, para jogar, o que significa dizer, por dez, quinze minutinhos. 

Muito melhor que Sóbis e Fred juntos, em mais de uma hora, no campo.

É verdade que os quinze minutos finais de um jogo de futebol são "os melhores" para se jogar porque é quando se abrem mais espaços já que o cansaço toma conta de todos. Para quem entra fresco e tem a habilidade e inteligência de Walter, é supimpa! 

Só que quarta será diferente: nosso querido Waltinho terá que roer o osso e nós, contamos com ele! (risos). 

Que ele faça uma partida que deseja e que esperamos. Pode não acontecer, afinal, o ritmo será mais puxado. Mas nada que derruba um touro de imenso talento.

Que jogador é o Walter! 

Walter, que NÃO PODE MAIS SER RESERVA DO FLUMINENSE.

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TOQUES RÁPIDOS:

- Além da expulsão (justa) do Fred, foi o erro de Diego Cavalieri, no gol de Rodriguinho, que determinou uma derrota (injusta). 

Nosso goleiro sentiu sim a não convocação para a Copa. Ou são os problemas pessoais. Ou sei lá o quê. Fato é que tem saído estranho e falhado mais do que sua capacidade. 

Ontem, abriu a seu canto direito e se jogou antes do arremate para o canto esquerdo, errando o tempo de bola e levando um gol numa bola defensável que um goleiro como ele não leva.

ERGA A CABEÇA, CAVA! Precisamos de você bem!

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E QUE VENHA O SÃO PAULO DE PAULO HENRIQUE GANSO...

Ao lado de Osvaldo (esq), Ganso comemora um dos seus dois gols.
Foto: Paulo Sergio\Lance


Quarta, às 22h (ai que horário ingrato comigo! risos), o Fluminense receberá o São Paulo, no Maraca.

Sem "Ganso na lagoa",  porque isso é coisa de mulambo! Não concordam???? 

Trocadilho horrível à parte, resultado da alegria compreensível que me toma, toda vez que o time do mal perde, jogo difícil, mas bom para vencer, porque, como o Fluminense, e diferente do Grêmio, o São Paulo joga e deixa jogar.

Isto quando esquece o Muricy...

Então, vamos, Fluzão! Vamos ganhar! Somos do clube tantas vezes campeão!

AO MARACA!

Abraços, 
fraternalmente,
Crys Bruno. 

3 comentários:

  1. Ótima análise e minha parte um apoio silencioso...

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  2. Meus olhos cansados agradecem aos números...

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    1. Risos.
      Ainda não consegui ver onde retiro as exigências para a publicação dos comentários.
      Peço desculpas. rsrs

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