Especial da Copa: Itália, "irmãos da Itália"

Junto com os companheiros e De Rossi (16), o maestro e craque Pirlo (21) vibra com seu gol nas Eliminatórias.
 Foto: Reprodução\Internet

Fratelli d' Itália, "soou a hora", "a Itália te convoca". Italiano, vá, cubra tua cabeça com o elmo de Cipião, calce as chuteiras, entre em campo e sangre o azul do seu altruísmo. Você é um tetracampeão. Isso porque você sempre esteve pronto para morrer... lutando.

Irmãos da Itália, que tanto o futebol honra, chegou a hora! A Copa do Mundo de 2014 vai começar! Italiano, vá, cubra-se do "elmo de Pirlo", calce as chuteiras provocativas de "Balo", proteja-se com as "mãos Da Vincianas" de Buffon, defenda-se com a frieza de Chiellini e ataque com a alma de todos os nossos carrascos. Eles estarão lá! 

E o mundo novamente se impressionará! Sabemos que o destino, cirúrgico e, não raro, incompreensível, colocou-te no "Grupo da Morte" somente para te levantar, já sabendo que vocês estão sempre prontos para ela.

Torcedor mirim da Azzurra: paixão pelo futebol.

E que venham Inglaterra e Uruguai! Sim, a Itália está pronta. Ela sempre está. 

Sem vergonha de jogar na defesa, sem se importar em dar campo ao adversário para atraí-lo no seu tradicionalmente forte campo de defesa, para um contra-golpe fatal, a Itália dos zagueiros e volantes craques de bola, como Baresi, Schirea, Facchetti, Maldini e Cannavaro, só para citar alguns que eu vi, é sempre Itália, devendo constar na lista dos candidatos ao triunfo maior. Foi assim em 2006. 

É por "culpa" da Itália, que joga assim desde do bi-campeonato de 34-38, que, preocupados em manter o emprego, cada vez mais rentável, a maioria dos técnicos usou "o mapa da mina" para evitar derrotas, prestigiando a murralha azzurra. Nunca porque, como eles propagaram, fosse o "futebol moderno".

Buffon: o melhor goleiro do mundo dá OK para as lentes.

O que importa isso agora? Niente!

Sim, a Itália está pronta. Como sempre. 

Azar dos uruguaios e ingleses....

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TÁTICA: Como vem a Itália

Itália vem no seu variável 4-4-2: os reis da marcação já estão no Brasil em busca do quinto título mundial.
Montagem: Crys Bruno.

A Azzurra vem com seu tradicional (e copiado) 4-4-2. E com único deslocamento de um dos seus quatro meio-campistas, o posicionamento se transforma facilmente ou em 4-3-1-2, 5-3-2, 4-1-4-1. Pois é, isso é Itália. 

Nesse atual time, quando precisa atacar - um "pouquiiiinho" (risos) - era Montolivo quem avançava para fazer o meia-ofensivo por dentro (corredor central). 

Cortado por lesão, seu substituto ainda é um mistério. Apostei em Thiago Mota, mais defensivo, mais marcador e que se transforma em terceiro zagueiro para compor uma linha de 5, somente porque a Itália estreia num clássico europeu, contra a Inglaterra.

Se seu treinador, Prandelli, optar por dar mais "agressividade" (arranque veloz) na transição para o contra-ataque, tanto o excelente jogador do Napoli, Insigne, quanto Crandeva, têm chances, jogando de médio-ala. Com isso, Marchisio fica fixo no centro.

O polêmico Balotelli: o finalizador da Azzurra,
Foto: Getty Images

Caso queira o óbvio, escolhendo um substituto com as mesmas carcaterísticas, é provável que Giovinco seja titular e siga à risca o papel de Montolivo. Na frente, o companheiro de Balotelli deverá ser Cassano, embora não será surpresa ver Insigne atuando ali.

Na defesa, embora a zaga Barzagli e Bonucci esteja longe da técnica e precisão dos últimos zagueiros italianos, como Cannavaro, Maldini e Nesta, ela conta com a proteção constante do meio-campo, que se compõe logo à sua frente e, também, claro, do seguro Chiellini, zagueiro improvisado na lateral esquerda.

Pirlo, "o arquiteto", é o craque, o maestro, o regente da Azzurra.
Foto: AP 

Junte seus tradicionais ingredientes ao talento extraordinário do il'architetto, Andrea Pirlo, e entenderá porque a Itália está pronta. Como sempre!

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PONTO FORTE: Buffon e Pirlo.

PONTO FRACO: os zagueiros são lentos e sem a técnica histórica dos defensores da Azzurra

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HOMENAGEM AOS ITALIANOS-BRASILEIROS OU BRASILEIROS-ITALIANOS

Há uma estimativa de que somos 30 milhões de descendentes italianos. Há intensa Itália em nós. E nesse dia, que a Seleção Italiana escreverá um capítulo junto com meu time de coração, o Fluminense, não consigo descrever esse orgulho bom que me arrebata. Viva a Itália!


E a todos os italianos e brasileiros que, como eu, têm ascendência, as imagens do TETRA, com narração da RAI, que deixa  tutto più vivace. 

Abraços,

fraternalmente,

Crys Bruno.