Jorge Mendes é um dos mais influentes agentes do mundo da bola: UEFA entra na luta contra eles. |
Oi, pessoal.
Após a grande vitória do Fluminense sobre o São Paulo em pleno Morumbi - sempre que Conca e Wagner estão bem, jogamos bem - a grande notícia dos últimos dias para o mundo do futebol vem da FIFA. Na última sexta-feira, dia 26, a entidade maior do futebol anunciou a proibição de terceiros como donos dos direitos econômicos do jogador de futebol.
Com isso, o jogador do seu time não será mais do Wagner Ribeiro nem do Eduardo Uram, menos ainda de um grupo de investidores com nomes como 9INE. Após o caso Bosman que deliberou o fim do passe pertencente ao clube, mas que ao longo dos anos permitiu que o jogador fosse "escravizado" por esses terceiros, a nova norma será um novo divisor de águas no futebol, uma nova revolução. Espera-se.
A rápida decisão da FIFA decorreu, primeiro, da divulgação de uma investigação da INTERPOL que ligou grupos de investidores ligados ao futebol com crimes como evasão de divisas e lavagem de dinheiro, depois, a pressão e atitude da UEFA, que, segunda-feira última anunciou implementar a mesma norma, após investigações que envolveram o agente Jorge Mendes (foto acima), "dono" de jogadores como Cristiano Ronaldo, Di Maria, Falcão Garcia e técnicos como Mourinho, além do chefe executivo do Chelsea, um dos donos da UMBRO, Peter Kenyon.
Documentos da INTERPOL que o jornal britânico The Guardian teve acesso, indicam que Jorge Mendes levantou 100 milhões de libras da "Jersey Fund" (Grupo de investidores) para a compra de direitos econômicos de vários jogadores. Peter Kenyon pode ter usado da mesma prática. E esse montante não é declarado no imposto o que é ilegal.
Já sofrendo tórrida pressão acerca das acusações de que recebeu propina para nomear o Catar sede da Copa de 2022 e já com escândalos envolvendo compra de árbitros e manipulação de resultados de gente envolvida com essas casas de apostas, a FIFA tratou de se antecipar à UEFA e anunciar a proibição.
Só falta definir o tempo que a entidade dará para que os clubes e jogadores (e seus donos) desfaçam as negociatas. Segundo o diretor da FIFA, Jerome Valcke, o período de transição deverá ficar entre 3 à 4 anos.
E ATENÇÃO! ISSO CAIRÁ COMO UMA BOMBA EM NOSSOS CLUBES! Para que tenhamos uma idéia, 80% dos jogadores que disputam o Brasileirão têm agentes (ou grupos) donos de seus direitos econômicos (nome técnico ou apelido do passe).
Mas o pior não é isso: esses agentes são agiotas de muitos de nossos famigerados clubes, ajudam no pagamento de contas, e com isso, "escalam" seus jogadores no time e vendem para onde for para o retorno que chega a ser de 500% do que "investiu no atleta" se faça. Isso é conclusão do estudo da FIFA que afirma: "o clube fica preso num ciclo vicioso de dívida e dependência".
Com esse tempo, justo, dado pela entidade, ou essa gente (esses cafetões) descobrirá um contrato de gaveta ou terá que correr e vender os direitos desses atletas para não ficarem no prejuízo ou o que esperar mais ? Dinheiro que nossos clubes não têm. Como eles irão se safar? Estarão os jogadores livres deles mas, e os clubes? A conferir.
Além de sobreviver SÓ com um trabalho de QUALIDADE TÉCNICA nas divisões de base, o Brasil deverá repaginar sua legislação. O clube precisa de dinheiro, de fluxo e influxo, sem patrocínios e sem esses cafetões, surgirá a chance ÚNICA de deliberar sobre o caráter de empresa que nossos clubes precisam ter para pensar em sobreviver com dignidade e autonomia.
Assim, o dinheiro limpo dos investidores passa a ser para o clube, como na Inglaterra, o que passa a ser bom para o jogador que terá um empregador fortalecido e independente para escolher as pessoas.
Caso contrário, outros serão os cafetões... de repente uma Caixa da vida, com o dinheiro do povo e o populismo do governante para limitar a força de expansão e desenvolvimento dos clubes, quando apostarão mais nos de massa. Se seu clube não é de massa, como o meu, orai!
Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.
Com isso, o jogador do seu time não será mais do Wagner Ribeiro nem do Eduardo Uram, menos ainda de um grupo de investidores com nomes como 9INE. Após o caso Bosman que deliberou o fim do passe pertencente ao clube, mas que ao longo dos anos permitiu que o jogador fosse "escravizado" por esses terceiros, a nova norma será um novo divisor de águas no futebol, uma nova revolução. Espera-se.
A rápida decisão da FIFA decorreu, primeiro, da divulgação de uma investigação da INTERPOL que ligou grupos de investidores ligados ao futebol com crimes como evasão de divisas e lavagem de dinheiro, depois, a pressão e atitude da UEFA, que, segunda-feira última anunciou implementar a mesma norma, após investigações que envolveram o agente Jorge Mendes (foto acima), "dono" de jogadores como Cristiano Ronaldo, Di Maria, Falcão Garcia e técnicos como Mourinho, além do chefe executivo do Chelsea, um dos donos da UMBRO, Peter Kenyon.
Peter Kenyon: chefe do Chelsea e da Umbro |
Documentos da INTERPOL que o jornal britânico The Guardian teve acesso, indicam que Jorge Mendes levantou 100 milhões de libras da "Jersey Fund" (Grupo de investidores) para a compra de direitos econômicos de vários jogadores. Peter Kenyon pode ter usado da mesma prática. E esse montante não é declarado no imposto o que é ilegal.
Já sofrendo tórrida pressão acerca das acusações de que recebeu propina para nomear o Catar sede da Copa de 2022 e já com escândalos envolvendo compra de árbitros e manipulação de resultados de gente envolvida com essas casas de apostas, a FIFA tratou de se antecipar à UEFA e anunciar a proibição.
Só falta definir o tempo que a entidade dará para que os clubes e jogadores (e seus donos) desfaçam as negociatas. Segundo o diretor da FIFA, Jerome Valcke, o período de transição deverá ficar entre 3 à 4 anos.
E ATENÇÃO! ISSO CAIRÁ COMO UMA BOMBA EM NOSSOS CLUBES! Para que tenhamos uma idéia, 80% dos jogadores que disputam o Brasileirão têm agentes (ou grupos) donos de seus direitos econômicos (nome técnico ou apelido do passe).
Wagner Ribeiro: um dos mais influentes agentes do Brasil. |
Mas o pior não é isso: esses agentes são agiotas de muitos de nossos famigerados clubes, ajudam no pagamento de contas, e com isso, "escalam" seus jogadores no time e vendem para onde for para o retorno que chega a ser de 500% do que "investiu no atleta" se faça. Isso é conclusão do estudo da FIFA que afirma: "o clube fica preso num ciclo vicioso de dívida e dependência".
Com esse tempo, justo, dado pela entidade, ou essa gente (esses cafetões) descobrirá um contrato de gaveta ou terá que correr e vender os direitos desses atletas para não ficarem no prejuízo ou o que esperar mais ? Dinheiro que nossos clubes não têm. Como eles irão se safar? Estarão os jogadores livres deles mas, e os clubes? A conferir.
Além de sobreviver SÓ com um trabalho de QUALIDADE TÉCNICA nas divisões de base, o Brasil deverá repaginar sua legislação. O clube precisa de dinheiro, de fluxo e influxo, sem patrocínios e sem esses cafetões, surgirá a chance ÚNICA de deliberar sobre o caráter de empresa que nossos clubes precisam ter para pensar em sobreviver com dignidade e autonomia.
Assim, o dinheiro limpo dos investidores passa a ser para o clube, como na Inglaterra, o que passa a ser bom para o jogador que terá um empregador fortalecido e independente para escolher as pessoas.
Caso contrário, outros serão os cafetões... de repente uma Caixa da vida, com o dinheiro do povo e o populismo do governante para limitar a força de expansão e desenvolvimento dos clubes, quando apostarão mais nos de massa. Se seu clube não é de massa, como o meu, orai!
Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.