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Extremos: Fluminense de Cristóvão segue o ano entre atuações maravilhosas e bisonhas. |
Oi, pessoal.
E que 2014! Há muito nosso Fluminense não demonstrava tamanho "transtorno bipolar" entre exibições de causar pânico e um deja vu de 2013, quando ficamos regularmente entre os últimos do campeonato, e exibições de encher os olhos: um futebol atrativo, atraente, vistoso e vitorioso.
Se o seu Zyprexa, Abilify, Seroquel, Risperdal ou Geodon estão em dia, você compreende o time nesse ano; caso contrário, você, como eu, quer saber o que acontece? As mais fáceis respostas falam sobre "má vontade de jogador, que está de sacanagem e só pensa em dinheiro" ou no "péssimo planejamento da diretoria..." ou "o técnico está inventando" ou " Quem manda depender de jogador da Unimed, cambada de mercenários" e etc.
Todas estas questões soam comuns, vazias, não solucionam nada, porque seguem apenas o script de todo torcedor de todos os clubes. Bobagens com até, muitas vezes, muita leviandade. Mas mesmo sendo "sacanagem de jogador", quando este entra em campo, quer é vencer! Em regra.
Assim, o que acontece? Por que esse extremo entre atuações maravilhosas e bisonhas?! Num dos últimos jogos, a Nathália comentou algo na Radio TT que me chamou a atenção: "- Eu não entendo esse Fluminense." Como sua característica, Nath conseguiu resumir todo sentimento da torcida. Desde então, fiquei buscando respostas... risos. O resultado dessa minha aventura?
Assim, o que acontece? Por que esse extremo entre atuações maravilhosas e bisonhas?! Num dos últimos jogos, a Nathália comentou algo na Radio TT que me chamou a atenção: "- Eu não entendo esse Fluminense." Como sua característica, Nath conseguiu resumir todo sentimento da torcida. Desde então, fiquei buscando respostas... risos. O resultado dessa minha aventura?
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Pessoal, antes de tudo, um detalhe que considero importante:
- Cristóvão não montou esse elenco e não teve o campeonato carioca para encaixar o time. O elenco tem volantes e centroavantes demais, poucos meias e só Biro-Biro de atacant de velocidade, além de ser escasso nas laterais. Ontem, contra o Palmeiras, dois jogadores do meio-campo estavam improvisados nas laterais (Rafinha e Chiquinho).
A luta de Cristóvão de jogar no 4-5-1 ou o 4-2-3-1, como queiram, dando ao time mais jogadores de qualidade no meio-campo, setor mais importante do time, que tanto pedi nos últimos anos, compensa todos os reveses.
Para isso, ele precisa de jogadores com características que ele não tem o suficiente para fazer o time andar, especialmente, na criação e ataque. Dos meias, apenas Conca "acelera" o jogo, tem o drible frontal (dribla para frente), desloca-se em facão com agilidade. Outro que fazia isso muito bem era o Thiago Neves. Não à toa, razão da dinâmica do time de 2008.
Wagner não é ágil como Thiago Neves, embora seja um meia-atacante de qualidade acima da média do escasso Brasil de camisas 10. Cícero é lento e não é meia. Joga adiantado por ter uma qualidade técnica com recursos ofensivos muitos bons - finalização, deslocamento (mesmo lento), cabeceio,. Mas não é meia.
Para o esquema do Cristóvão funcionar, ou precisaria de um meia que acelerasse o jogo ao lado de Conca (Como tem o Cruzeiro com Everton Ribeiro e Ricardo Goulart) ou ter o atacante que caísse pelos lados do campo, como nas melhores atuações do time, tentava fazer o Sóbis.
Fred, e me dói admitir isso, por toda consideração que tenho por ele, é um centroavante que se arrasta em campo e joga em linha reta, não cai pelos lados, porque não tem condição física para isso. Ao sair em linha reta, ele bate de frente com os meias, trazendo a marcação dele, ele marca os meias e embola o time. Tanto na saída de bola quanto no ataque.
Eu tive a chance de gravar Fluminense 3x3 Cruzeiro que foi transmitida na TV portuguesa. Mas ao vivo eu assisto pela internet, através do MasterTV. Veja a imagem que mostra o que quero dizer:
Repare que Diguinho fica sem saída pelo lado do campo porque os laterais têm próximos dois adversários e, por dentro, Jean também está marcado. Por isso, toca para o zagueiro. Quando Henrique recebe, o cruzeirense que estava cercando Jean, vai pressioná-lo. Sem recurso, ele rifa a bola.
- Cristóvão não montou esse elenco e não teve o campeonato carioca para encaixar o time. O elenco tem volantes e centroavantes demais, poucos meias e só Biro-Biro de atacant de velocidade, além de ser escasso nas laterais. Ontem, contra o Palmeiras, dois jogadores do meio-campo estavam improvisados nas laterais (Rafinha e Chiquinho).
A luta de Cristóvão de jogar no 4-5-1 ou o 4-2-3-1, como queiram, dando ao time mais jogadores de qualidade no meio-campo, setor mais importante do time, que tanto pedi nos últimos anos, compensa todos os reveses.
Para isso, ele precisa de jogadores com características que ele não tem o suficiente para fazer o time andar, especialmente, na criação e ataque. Dos meias, apenas Conca "acelera" o jogo, tem o drible frontal (dribla para frente), desloca-se em facão com agilidade. Outro que fazia isso muito bem era o Thiago Neves. Não à toa, razão da dinâmica do time de 2008.
Wagner não é ágil como Thiago Neves, embora seja um meia-atacante de qualidade acima da média do escasso Brasil de camisas 10. Cícero é lento e não é meia. Joga adiantado por ter uma qualidade técnica com recursos ofensivos muitos bons - finalização, deslocamento (mesmo lento), cabeceio,. Mas não é meia.
Para o esquema do Cristóvão funcionar, ou precisaria de um meia que acelerasse o jogo ao lado de Conca (Como tem o Cruzeiro com Everton Ribeiro e Ricardo Goulart) ou ter o atacante que caísse pelos lados do campo, como nas melhores atuações do time, tentava fazer o Sóbis.
Fred, e me dói admitir isso, por toda consideração que tenho por ele, é um centroavante que se arrasta em campo e joga em linha reta, não cai pelos lados, porque não tem condição física para isso. Ao sair em linha reta, ele bate de frente com os meias, trazendo a marcação dele, ele marca os meias e embola o time. Tanto na saída de bola quanto no ataque.
Eu tive a chance de gravar Fluminense 3x3 Cruzeiro que foi transmitida na TV portuguesa. Mas ao vivo eu assisto pela internet, através do MasterTV. Veja a imagem que mostra o que quero dizer:
Imagem: Sport.TV\Portugal. |
Repare que Diguinho fica sem saída pelo lado do campo porque os laterais têm próximos dois adversários e, por dentro, Jean também está marcado. Por isso, toca para o zagueiro. Quando Henrique recebe, o cruzeirense que estava cercando Jean, vai pressioná-lo. Sem recurso, ele rifa a bola.
Se tivéssemos um Maicon Bolt, Emerson Sheik, Wellington Nem (atacantes que caiem pelos lados do campo e que ajudaram nas campanhas de 2009, 10,12), poderíamos ter o contra-ataque, mas com Fred afunilando com os meias, que não têm velocidade para aproveitar o lado do campo (espaço livre - círculo verde), o time emperra. E emperra mesmo.
Dos centroavantes, Sóbis é o único que busca o lado do campo com melhor desenvoltura. Dos meias, Conca é o único que acelera. Por isso, o time não encaixa. Ontem, na vitória de 3x0 sobre o Palmeiras, o meia-veloz que jogava de lateral, Chiquinho, foi o desafogo. Depender SÓ dos laterais para ter jogada de linha de fundo é de chorar!
E lateral, nesse esquema, tem que ser lateral, ou seja, defensor, sobretudo. Ficar noventa minutos atacando e defendendo, nem Usain Bolt aguentaria, que fará Bruno, Carlinhos, Chiquinho...
Não é falta de espaço, espaço tem. É a ausência ou de outro meia rápido como o Conca ou de um atacante de velocidade. Cristóvão tentou, sem sucesso, improvisar o Sóbis no espaço do Wagner. Não rola. Nem adianta. Sóbis não tem os recursos e características de um meia como Wagner para jogar ali, especialmente, na qualidade do passe, em saber "esconder a bola" até a hora certa de passar, virar o jogo e etc.
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Veja em nova ilustração o quanto o posicionamento do Fred que sai da área para afunilar com os meias, atrapalha Conca, Cícero e Wagner; e como Cícero não é jogador de lado de campo, não abre, explorando o espaço que o Cruzeiro oferecia (círculo verde).
Com isso, os meias ficam apenas com a opção dos laterais, que como não tem motores no bumbum, nem sempre conseguem arrancar para dar opção. Resultado? Ou o meia desacelera e volta o lance (o que dá tempo ao adversário se ajeitar) ou tenta uma jogada individual. Na figura abaixo, Conca arriscou o chute. Menos mal.
Com um centrovante pivô que não cai pelos lados do campo, os meias do Flu têm apenas os laterais para fluir uma jogada. |
Mas como barrar o Fred? Não vai dar. Fred é um ídolo em fim de carreira. Jogador referência pela liderança dentro de campo e goleador. Hoje, menos. Seu corpo responde cada vez menos.
Ele tenta, no nome, na inteligência, mas, para voltar a marcar com frequência, ou ter mais chances de gol, recebendo essa bola dentro da área, precisaria que Wagner e Cícero tivessem a velocidade de Wellington Nem e Chiquinho. (risos) Ou que Bruno e Carlinhos tivessem o passe do Wagner e Cícero na hora de cruzar. No fundo, em geral, ficam todos esperando pelo Conca. Se ele estiver bem, o time roda, de alguma forma; caso contrário, se Conca estiver num dia mais ou menos, o time emperra.
Por todas essas razões.
O que fazer? Pela qualidade individual do meio-campo que temos hoje, já que Jean, Cícero, Conca e Wagner formam um baita meio-campo, podemos confiar na Libertadores, mesmo com altos e baixos. A torcida comprou a briga. Eu também. Conseguindo isso, ano que vem, Cristóvão terá o Carioca para acertar a característica dos jogadores dentro do esquema muito legal que ele propõe e "Ripa na chulipa!"
No próximo episódio, hora de falar do filme de terror protagonizado por Elivelton e grande elenco. (risos).
Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.
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