quinta-feira, 25 de junho de 2015

Meu dia 25 de junho de 1995

Renato vibra ao ver a bola entrar: eterno gol de barriga.
Foto: GloboEsporte.com\Reprodução.


Oi, pessoal!



O meu dia 25 de junho de 1995 foi na Vila, na casa da minha avó materna, num encontro da Família Bruno. Família esta que entre filhos e netos se dividia num FlaxFlu. Com mais tricolores. Assim também na festa daquele dia.

Na hora do jogo, não tínhamos TVA e a partida não foi transmitida pela TV aberta para o Rio, primos tricolores foram para o quarto da minha avó ouvir pelo Rádio. Boicotadores da FlaPress da Globo, ouvimos a Rádio Tupi com narração de Luis Penido: impossível uma narração ser mais dramática, monstra, "infártica" rs.

Vibramos muito nos gols do primeiro tempo. E o silêncio e angustia do tempo regulamentar foi algo indescritível. Lembro que no gol de empate do Flamengo, uma prima rubro-negra, que adoro, adoro!, entrou no quarto dos tricolores e xingou muito a gente e o Fluminense, "esse Flumizinho, timinho". Sua explosão era já uma nota aguda daquele já épico FlaxFlu. E ela, nem nenhum rubro-negro, imaginaram a estaca que levariam no seu coração mulambo.

Aos 41 minutos testemunhei aquele nosso inconsolável silêncio e angústia, transformarem-se num grito eufórico de loucura, e não consegui acreditar... lembro, como se fosse ontem, da minha primeira reação: aproximei meu ouvido no rádio, entre a histeria dos gritos no quarto, para ter a certeza que o gol era do Fluminense, porque não era possível, estávamos com nove jogadores.

Era possível. Era o gol do Fluminense. Mais outro jogador expulso antes do apito final. O time exaurido, exausto, com oito em campo. A tempestade que caía confundia-se com o suor daqueles jogadores. O Flamengo não podia empatar. Aquele Fluminense merecia ser o campeão. E assim foi.

Lembro que combinamos não mexer com nossos primos e tios rubro-negros. Não precisou. Eles haviam deixado a festa. Compreensível. Foi o que nos libertou para uma comemoração estupenda: buzinaços, o hino e a narração dos gols às alturas, repetidas vezes, noite adentro.

Sim, pessoal: das coisas menos importantes, o futebol foi a maior das invenções.
Sim, pessoal: o Fluminense é épico quando se supera, quando se vence.


Por fim,  deixo meu relato para o Panorama Tricolor sobre o jogo. 

Leia: O deus Fluminense (por Crys Bruno)

Abraços fraternos,
Crys.

E TAMBÉM: reveja o gol com a narração de José Carlos Araújo. Não achei do Penido. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário