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Cristóvão, o dono da bola: técnico implementa novo posicionamento ao time. Nelson Perez\Fluminense F.C. |
Quatro jogos, quatro vitórias, convincentes, vários gols marcados, nenhum gol sofrido, e isso tudo sem precisar jogar como time pequeno, com "oitocentos" jogadores atrás da linha da bola, encurralados na defesa.
Tem sido assim o Fluminense de Cristóvão Borges, o dono da bola, o técnico que, mesmo com apenas uma semana de trabalho livre, recém-chegado num clube em crise política e técnica, revolucionou a maneira de jogar do Fluminense.
Não mais um time apenas de contra-ataque, que só se defende, buscando encaixar uma jogada, achar o gol. Não! Agora, como um time grande deve jogar, um time que se impõe em campo, impondo respeito.
Cristóvão conseguiu isso ao posicionar a defesa fora da área. No jargão do futebol, se diz: subir linhas. A primeira linha dos quatro defensores, setor defensivo, avança, ganhando aproximação do meio-campo e, com isso, a melhor cobertura dos volantes.
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Sóbis marca e Fluzão ganha mais uma: 1x0 no Palmeiras. Nelson Perez\Fluminense F.C. |
Corre riscos? Claro. Mas jogar todo na defesa, corre-se mais! Porque você dá campo ao adversário no setor que não deve dar nunca: o meio-campo. Graças a esse espaço, os times chegavam com facilidade dentro de nossa área, sufocando os laterais, zagueiros e volantes, que acabam mais vulneráveis as falhas.
Assim, não. Com os setores compactados, os volantes e zagueiros jogam mais próximos, há tempo da chegada do companheiro para a cobertura e ao roubar a bola, há opção de passe próximo. Isso tudo é a organização e o posicionamento que ajudam sobremaneira o rendimento técnico individual.
Temos visto, pro exemplo, o Bruno indo mais à linha de fundo. Não corre mais 100 metros para marcar e atacar por 90 minutos. Reparem: o setor defensivo se posiciona na intermediária, isso faz com que Bruno e Carlinhos tenham mais pernas para a correria que se espera deles.
Com dois meias-ofensivos, sem posição fixa, como deve ser, Jean voltou a jogar bem. Claro. Não recebe mais a marcação que um meia recebe, sem ter as características de deslocamentos daquela posição que não é nem nunca foi a sua, como meia o jogador era facilmente desarmado.
Até o limitado Diguinho passa a errar menos.
E Gum e Elivelton, também.
E Gum e Elivelton, também.
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Palmeirenses, desinformados ou maldosos, provocam o Flu. Foto: Miguel Schincariol\Lance |
A filosofia de jogo implementada por Cristóvão é uma revolução para esse time e grupo. Hoje, o Fluminense entra em campo para marcar - pressão - e valorizar a posse de bola, criando e desenhando as jogadas. Entra para dominar o meio-campo. Entra, para vencer o jogo.
Foi assim, ontem, na vitória por 1x0 sobre o Palmeiras, no Pacaembu. Era uma resposta que esperava: como seria nosso jogo em partidas fora de casa. Resposta recebida. Sinto-me grata.
Será assim, no próximo sábado, no Maracanã, diante do Vitória. E se tudo correr bem e a diretoria conseguir equilibrar esse elenco, ainda falho, será assim por todo campeonato.
Será assim, no próximo sábado, no Maracanã, diante do Vitória. E se tudo correr bem e a diretoria conseguir equilibrar esse elenco, ainda falho, será assim por todo campeonato.
Após um 2013 vergonhoso, que colocou o Fluminense na mira de covardes e maldosos jornalistas e torcedores; e após engolir um início de 2014 sem técnico e sim, com um X9 do Celso Barros no comando do time, eis que surge Cristóvão Borges e faz o Fluminense jogar, horando tua grandeza e glórias, tua história limpa e a paixão de milhões de nós!
Benditas derrotas para o Horizonte e Vasco! Bendito novo Fluminense! Está sendo de lavar a alma!
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TOQUES RÁPIDOS: DESTAQUES: O DONO DO JOGO:
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Conca foi o dono do jogo. Nelson Perez\Fluminense F.C. |
O camisa 10 é aquele que tem que ser o arco e a flecha. O arco, vindo atrás para dar opção aos defensores na saída de bola e organizar o ataque. A flecha, deslocando-se em movimentos ímpares, agudos, em diagonal, não somente em linha reta, estando em todos os lugares do meio-campo e ataque. Por isso, o camisa 10 costuma ser o craque.
Ontem, nosso querido Conca deu mais um show na sua função. Não foi brilhante, mas foi brilhante. (risos). Como o Fluminense joga sem jogadores de velocidade do meio para frente, é graças ao deslocamentos dele que o time consegue progredir. Uma aula de futebol. Que jogador é o nosso Conquinha! O dono do jogo na vitória de ontem.
E sábado tem mais! No dia do aniversário da grande tricolor, a querida, Noira. Terno & Gravatinha em peso no Maraca, para celebrar seu aniversário e mais "um show do meu tricolor!"
AVANTE, FLUZÃO!
#AindaMaisFortes
Abraços,
fraternalmente,
Crys Bruno.